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Crédito habitação: Taxa fixa ou variável?

O artigo de hoje é sobre a opção entre taxa fixa e variável, no crédito habitação. Saiba qual é a melhor opção. A quantidade de questões que recebemos sobre este tema, leva-nos a pensar que é útil abordá-lo.

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Crédito habitação: Taxa fixa ou variável?

O artigo de hoje é sobre a opção entre taxa fixa e variável, no crédito habitação. Saiba qual é a melhor opção. A quantidade de questões que recebemos sobre este tema, leva-nos a pensar que é útil abordá-lo.

A escolha entre taxa fixa e taxa variável é essencialmente uma escolha entre estabilidade ou incerteza. Como em quase tudo, a estabilidade vem associado a um potencial de poupança menos significativo do que a incerteza. Em termos concretos, quando escolhemos um crédito a taxa fixa vamos saber quanto pagaremos mensalmente (durante um período alargado de tempo - 5, 10 anos), enquanto num de taxa variável o valor da prestação altera com maior frequência (para cima ou para baixo, tipicamente a cada 3 ou 6 meses). 

Em suma, taxa fixa é positivo quando se prevê que as taxas subam, taxa variável é positivo quando se prevê que as taxas desçam. 

Mas não se resume a isto: 

  • Nos créditos de taxa fixa os custos por amortização ascendem a 2% do valor amortizado; 
  • Nos créditos de taxa variável os custos por amortização ficam-se pelos 0,5% do valor amortizado. 

Explicadas as diferenças entre os tipos de crédito, resta a pergunta, qual escolher? Sem querer fazer futurologia, parece-me que a taxa variável será preferível, até porque as taxas de juro estão em níveis muito altos e adotar taxa fixa nesta altura poderá não ser a melhor ideia, caso se assista à previsível descida dos juros. Contudo, se vive numa situação orçamental muito delicada e não se pode dar ao luxo de comportar qualquer aumento inesperado na prestação da casa, opte antes pela taxa fixa. A prazo pode poupar menos, mas terá a certeza que o seu orçamento não ficará deficitário. 

A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.

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53 comentários em “Crédito habitação: Taxa fixa ou variável?
  1. olá

    No ano passado em agosto fiz o meu primeiro crédito habitação, numa altura em que as taxas não paravam de subir e para ter alguma estabilidade económica optei por fazer um crédito de taxa fixa por 5 anos no Millenium BCP.
    Infelizmente para mim essa foi uma má decisão tendo em conta que poucos meses depois as taxas desceram drásticamente.

    As minhas condições actuais são:
    taxa fixa a 5 anos = 5,5%
    spread a 3 meses = 0,6%
    prazo de 44 anos

    Tentei alterar o contracto para taxa variável mas o banco não o aceita, sem cobrar os 2% associados à liquidação do total em dívida e uma possível subida do spread.
    Já estou a tentar negociar com eles à cerca de um mês mas nunca têm uma resposta concreta, dizem ter vários casos semelhantes à espera de resposta.
    Entretanto dirigi-me a outros bancos e aquele que parece oferecer melhores condições para uma transferência de crèdito é o Santander Totta, que diz pagar os 2% da liquidação da dívida assim como as despesa de registo, processo….. referentes ao crédito habitação.
    Passando então para um crédito de taxa variável, com o euribor a 6 meses e um spread de 1%, com o prazo de 43 anos.
    Mas para dificultar mais as coisas tenho associado a este crédito habitação um crédito multifunções sobre o qual teria eu de suportar todas as despesas; os 3% por liquidação antecipada e algumas despesas de processo, registo…. ainda são cerca de 2.000,00 euros.
    A minha grande dúvida é, se devo arriscar mais uma vez? se a descida vai se manter? compensará alterar para um spread de 1% durante os prox. 7 anos? será que consigo recuperar os 2.000,00 euros de despesas e ainda lucrar? ou arrisco-me a daqui a uns meses voltar à situação do ano passado?
    Ouvi falar de uma nova lei, onde diz que apartir de outubro os créditos associados ao crédito habitação devem ser tratados da mesma forma. O que quer isto dizer?
    Alguém me consegue dar uma luz sobre o que devo fazer?

    Estou a ficar desesperada por perceber que já perdi bastante dinheiro, e posso não estar a aproveitar algumas possibilidades….!!!???

    Obrigado

    1. Boa tarde,

      Em 2008 fiz um credito habitação com taxa fixa 5 anos..
      A prestação n. 61 vence agora em Julho, pelo que estou a contar pagar a prestação indexada á Euribor..
      No entanto, a questão que coloco, é se o meu banco não sera obrigado a informar o valor da nova prestação.. Hoje é dia 26 e ninguém no banco me sabe informar..
      Não serão obrigados a informar?
      Obrigada pela ajuda

  2. Viva

    Gostava de saber, se quem está em situação de Desemprego oficial fica isento do pagamento de 0,5% de penalização do CH própria e permanente por amortização total ou parcial.

    Obrigado

  3. Tenho neste um empréstimo no BPI com taxa váriável indexada a Euribor a 3 meses, acrescida de 0.6% de Spread. Pensei nesta altura, Agosto de 2009, alterar para taxa fixa, em virtude de as taxas estarem consideravelmente baixas. Valerá a pena

  4. @Andreia

    Pessoalmente sou a favor da diminuição de prazo e amortizações antecipadas.
    Ainda agora passei o meu contrato de 30 para 18 anos.
    Relativamente às questões que coloca, acompanhe este raciocínio:
    Taxa fixa a 5 anos +/- 2,5%
    Spread passa para 1 a 1,1 %
    É só somar…
    Pedindo a alteração de prazo não lhe mexem em taxas de referência (euribor 3M) e no spread.
    Quando vir que é demais, faça a operação inversa.
    Mas para quem já esteve a pagar taxas de 5%…
    Cumprimentos.

  5. Cara Andreia,

    Eis a minha opinião:

    Tens um bom spread. Não lhe mexas. Se quizeres passar para taxa fixa, de certeza que o banco vai rever o spread para um valor bem superior.

    Com os 200 euros mensais da Euriborzinha podes fazer 2 coisas:
    1- Um pé de meia para o que der e vier e até mesmo para algumas amortizações antecipadas.
    2- Se esses 200 euros não te fizerem diferença, podes juntá-los às prestações mensais, diminuindo o prazo do contrato.

    Convido-te a ler a minha história, que partilhei neste blog:

    http://www.pedropais.com/amortizar-emprestimos-sim-ou-nao-244.html#comment-37007

  6. Boa tarde Pedro Pais,

    Adquiri em Abril de 2008 a minha primeira casa e depois de algumas idas a vários bancos e vários tipos de simulações associadas a umas pesquisas na net.

    Decidi fazer no BPI com as seguintes condições: taxa variável, por um período de 40 anos, euribor a 3M e spread 0,3%. Na altura apesar de a euribor estar a subir tudo fazia indicar que poderia cair e foi esta a decisão que tomei.

    Nada arrependida 🙂 pois o que especulei concretizou-se e como estava habituada ao esforço financeiro que tive até Fev/2009, decidi na revisão de Março que a diferença para o valor máximo iria colocar numa poupança 🙂

    Por incrivel que seja dá-me um enorme prazer que até a este momento tenha quase 1000€ (5 meses apenas) nessa poupança à qual decidi chamar de euriborzinha 🙂

    Como no próximo mês tenho nova revisão mais uma vez fiz umas pesquisas na net para verificar se detectava alguma coisa que pudesse levar a mais poupança para a euroborzinha 🙂

    Descobri por acaso este site maravilhoso e depois de umas simulações fiquei baralhada, se possivel gostaria que me esclarecesse as seguintes dúvidas e se possivel um conselho:

    • Se contactar o BPI neste momento para alteração para taxa fixa, que valor será praticado?
    • O valor da euribor a 3M que é a que eu tenho mais o spread e talvez mais uma comissão?

    • Ou é um valor de referência que eles têm e baseado em quê?

    • é que fiz um mapa das pretações (a 1,7% que foi taxa da minha ultima revisão já com spread) e passando o crédito para taxa fixa e reduzindo o tempo para 30 anos, é verdade que o valor mensal subia um pouco em relação ao actual. Mas tinha a vantagem de mesmo assim ser inferior ao que pagava em Fev/2009 (e que continuo a ter esse esforço financeiro graças à euriborzinha) e seriam menos 10 anos a pagar, só aí grande poupança. Nem que seja psicológica de que só são 360 meses em vez dos 465 que ainda faltam

    • pode por favor dar-me a sua opinião ou as associações de ideias que tive são totalmente disparatadas.

    Muito obrigada por toda a atenção e com o que se vai lendo por aqui vai-se aprendendo muito. Louvo a sua dedicação 🙂

    Com os meus melhores cumprimentos,

    Andreia

  7. Assim já sei com o que posso contar. Agora só me resta procurar outro banco e negociar a transferência.
    Muito obrigado José Ferreira.

  8. Caro Miguel,

    O seu amigo anda um bocado confuso…. O que saiu na nova lei é que os bancos deixariam de poder cobrar qualquer valor sempre que o cliente pedia uma revisão do spread ou um pedido de alteração da taxa de juro. Em relação à comissão não alterou nada até ao momento, toda a gente terá sempre de pagar 2% (taxa fixa) ou 0,5% (taxa variável) no caso de amortização antecipada do empréstimo.

    A informação que lhe deram está completamente errada.

  9. Olá a todos,
    Em Junho de 2008 fiz contracto a habitação no Barclays e coloquei a taxa fixa a 3anos. Já fiz o pedido para passar para taxa variável mas o banco diz que não pode que tenho que cumprir os 3 anos. No entanto no meu contrato tem uma alínea que em caso de amortização ou transferência para outro banco tenho que pagar uma comissão ao banco de 2% sobre o valor em divida. Um amigo meu disse-me que saiu uma lei em que os bancos não podem cobrar essa comissão (mesmo estando no contracto) no meu caso de 2% mas sim uma outra de 0,5%.
    Peço a vossa ajuda se essa lei saiu de verdade, é que não consigo encontrar nada sobre isso

  10. Caro/a Tere,

    Neste momento não existe nenhuma vantagem em passar para taxa fixa pois esta ao contrario da Euribor está bastante alta e das ultimas vezes que vi a subir. A taxa variavel por enquanto é a melhor solução e será durante pelo menos os próximos 6 meses. Depois deste periodo acho que irá estabilizar-se e se calhar a meio do próximo ano iremos ver estas taxas a subirem ligeiramente.

    Agora o que preocupa não é propriamente as taxas mas sim os abusos praticados pelos bancos ao subirem drasticamente os spreads, ainda por cima depois de o Estado “injectar” milhoes de euros que não é mais do que dinheiro do Zé Povinho, isso sim é muito grave.

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