Finanças pessoais

Como reduzir a taxa de esforço para comprar casa?

Tem a taxa de esforço elevada e quer comprar casa? Saiba o que pode fazer para ajustar a sua taxa de esforço e ter um crédito habitação aprovado.

Finanças pessoais

Como reduzir a taxa de esforço para comprar casa?

Tem a taxa de esforço elevada e quer comprar casa? Saiba o que pode fazer para ajustar a sua taxa de esforço e ter um crédito habitação aprovado.

Apesar da descida do rácio do crédito malparado de 15% para 11%, noticiada no final de março deste ano, muitos portugueses continuam a sentir dificuldades em cumprir todas as suas obrigações relacionadas com créditos. Na maioria dos casos, existe um esforço económico desproporcional ao rendimento das famílias, resultando numa taxa de esforço muito elevada.

Idealmente, esta não deve exceder um terço do rendimento total do agregado. Se a sua taxa de esforço ultrapassa este valor, não desespere: temos algumas dicas para reduzir este valor e recuperar a saúde das suas finanças.

Ajustar o orçamento familiar

A primeira medida a tomar para reduzir a taxa de esforço é reavaliar e, se possível, ajustar o orçamento familiar. Separar as despesas essenciais das supérfluas e definir o que não pode mesmo ser eliminado do orçamento familiar é fundamental para fazer este ajuste. Habitualmente, as despesas fixas de uma família incluem gastos com:

  • Habitação;
  • Utilitários;
  • Alimentação;
  • Educação;
  • Transportes.

Embora seja difícil reduzir despesas nos primeiros dois pontos, existe margem para redução de despesas na alimentação, na educação e nos transportes. Pode, por exemplo, reduzir os gastos relacionados com a alimentação estando atento às promoções, comparando preços das diferentes superfícies comerciais, levando o almoço de casa em vez de fazer as refeições fora. Pequenas alterações na sua rotina podem ter um grande impacto na saúde financeira da família.

Da mesma forma, pode procurar alternativas à utilização diária do carro (optando pelos transportes públicos ou, se possível, por ir a pé) e reduzir os custos com a educação dos seus filhos optando por escolas públicas em vez de privadas.

Amortizar ou liquidar créditos

Outra opção que lhe permite reduzir a taxa de esforço é liquidar os créditos existentes com recurso às suas poupanças. Se, ao longo dos últimos, conseguiu juntar um bom valor de poupança, considere usar esse mesmo valor para amortizar algumas mensalidades ou até mesmo liquidar por completo o crédito. Eliminar uma das prestações mensais irá aliviar bastante o seu orçamento.

No entanto, deverá primeiro consultar as condições de amortização junto do banco. Em alguns casos, as instituições financeiras penalizam o cliente caso este faça amortizações e o valor de penalização pode mesmo não compensar o pagamento antecipado do crédito.

Deverá também ponderar se existe algum depósito financeiro cuja rentabilidade compense manter o encargo do crédito.

Pode também aproveitar as alturas de rendimento extra (como o subsídio de Natal ou de férias) para liquidar ou amortizar prestações de créditos.

Leia ainda: Crédito Habitação: Transferir ou amortizar?

Renegociar créditos

A renegociação de créditos é uma solução adequada para quem tem problemas de endividamento. As instituições bancárias não pretendem ter clientes em incumprimento; como tal, disponibilizam a opção de renegociação de créditos, por forma a garantir o cumprimento do cliente.

Dependendo do crédito contratado, a negociação pode incluir, entre outras opções:

  • Aumento de prazos;
  • Redução de taxas de juro;
  • Solicitação de período de carência.

Embora não elimine a necessidade de pagamento, a renegociação de créditos permite aliviar o orçamento familiar numa determinada altura, dando espaço e tempo às famílias para reorganizar as suas contas.

Consolidar de créditos

A consolidação de créditos foi uma alternativa muito procurada pelas famílias portuguesas nos últimos anos, devido ao aumento do endividamento. Despedimentos, cortes nos ordenados, aumento da carga fiscal e o aumento do custo de vida levaram a que muitas famílias se vissem endividadas, sem condições financeiras para suportar os diversos créditos que tinham contratado ao longo do tempo.

A consolidação consiste na agregação dos diversos créditos de um indivíduo num só, com condições mais benéficas e taxas mais reduzidas.

Podem ser consolidados os créditos hipotecários, os créditos comerciais e até mesmo créditos anteriormente renegociados. Com a consolidação, a poupança mensal pode ser de até 60%.

Para além da poupança, a consolidação de créditos permite às famílias simplificar o controlo orçamental do agregado. Em vez de pagar várias prestações em datas diferentes, passa a pagar uma única prestação, sempre na mesma data (salvo alterações comunicadas pela entidade financeira).

Ler mais: Crédito Consolidado: Tudo o que precisa saber

O Doutor Finanças pode ajudá-lo na consolidação dos seus créditos. Descubra como funciona o processo e a documentação necessária neste artigo.

A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.

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