Contas conjuntas ou individuais? Gestão partilhada ou da responsabilidade apenas de um dos elementos do agregado familiar? Como lidam as famílias com a gestão das contas na sua dinâmica familiar é um dos temas abordados no Barómetro Doutor Finanças Hábitos Financeiros, realizado em parceria com a Universidade Católica.  

Entre as conclusões está que a maioria dos casais tem contas que gerem em conjunto, ainda que a maioria tenha também contas individuais.  Os resultados constam de um inquérito realizado pelo CEA- Universidade Católica Portuguesa, em colaboração com o Doutor Finanças, a 700 inquiridos.  

61% tem conta bancária individual. Maioria dos casais partilha gestão

61% dos inquiridos afirma ser o único responsável pela gestão da sua conta bancária, de acordo com os dados do barómetro.  

Há ainda uma percentagem considerável de pessoas com contas partilhadas com filhos. 37% dos inquiridos indica que a gestão é feita em conjunto com os filhos. E, neste caso, são as mulheres que assumem maior responsabilidade destas contas (24%) do que os homens (13%).  

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Maioria dos casais tem contas conjuntas e separadas

Entre os participantes que vivem com o cônjuge, 57% indica que cada um é responsável pela sua própria conta, enquanto 54% revela ter uma responsabilidade conjunta. Apesar desta partilha aparente, a gestão do dinheiro nem sempre é feita a dois. 

Analisando apenas os resultados das pessoas que vivem com um cônjuge, 49% diz partilhar a tarefa de gerir a conta bancária com o seu cônjuge. Por outro lado, 27% indica ser o próprio a assumir essa responsabilidade, e destes 14% são homens e 13% mulheres. Na amostra de pessoas que vivem com o cônjuge, não há variações relevantes entre as diferentes faixas etárias. 

12% dos inquiridos refere que as decisões sobre a gestão da conta bancária são tomadas a dois, mas apenas um deles concretiza as decisões.  Por fim, 6% refere que é sobretudo o companheiro quem trata da gestão da conta (4% são mulheres e apenas 2% são homens), enquanto 6% indica que decidem em conjunto, mas é o(a) companheiro(a) que concretiza o plano de gestão. 

A fotografia tirada pelo barómetro é clara: a gestão financeira é partilhada na maior parte dos casos. Analisando os casais, 49% partilha a gestão da conta, enquanto apenas 27% assume ser o próprio a fazer esta gestão. 

Da amostra considerada para este inquérito, 61% dos inquiridos vive com o cônjuge e 41% com filhos. Apenas 16% vive sozinho e 13% partilha casa com os pais. 

Este é apenas um dos muitos temas analisados neste barómetro, que pretende compreender a relação da população portuguesa com o dinheiro e como esta gere as suas finanças. 

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Ficha técnica: Este inquérito foi realizado pelo Centro de Estudos Aplicados (CEA) da Universidade Católica Portuguesa em colaboração com o Doutor Finanças, entre os dias 2 e 17 de abril de 2025. O universo-alvo é composto por indivíduos com 18 ou mais anos residentes em Portugal. Os inquiridos foram selecionados aleatoriamente a partir de uma lista de números de telemóvel, também ela gerada de forma aleatória. Para garantir a representatividade da amostra, esta foi ponderada por sexo, idade, escolaridade e residência. A margem de erro máximo associado a uma amostra aleatória de 700 inquiridos é de 4%, com um nível de confiança de 95%. 

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