Orçamento Familiar

Poupar nos bens de primeira necessidade

Conselhos importantes para poupar dinheiro nos bens de primeira necessidade. Dicas simples e práticas que o vão fazer poupar mais de 50%.

Orçamento Familiar

Poupar nos bens de primeira necessidade

Conselhos importantes para poupar dinheiro nos bens de primeira necessidade. Dicas simples e práticas que o vão fazer poupar mais de 50%.

Poupar nos bens de primeira necessidade sem perder qualidade de vida também é possível. Neste artigo, conheça algumas dicas que podem ajudar a poupar mais de 50% em bens essenciais. 

Pedro Pais é o fundador do financaspessoais.pt e do forumfinancas.pt. O Pedro é um dos maiores promotores de literacia financeira em Portugal contribuindo com centenas de artigos, ferramentas e simuladores que ajudam as pessoas a poupar, a investir ou a decifrar os mistérios da fiscalidade.

Numa altura em que se fala de crise, de dívidas e desemprego é importante que cada um de nós pense em como pode organizar os seus gastos para poupar algum dinheiro. E se já cortou nos gastos mais supérfluos, já pensou em cortar nos bens de primeira necessidade?

Este artigo reúne conselhos importantes para poupar dinheiro nos bens de primeira necessidade. À primeira vista podem parecer tostões, mas não são. São dicas simples e práticas que o vão fazer poupar mais de 50% em produtos que compra e usa todos os dias, sem que para isso tenha de passar fome ou abdicar da qualidade.

O primeiro aspecto que precisa ter em conta é nunca ir ao supermercado com fome, há sempre tendência para comprar comida em excesso. Além disso, leve sempre consigo uma lista do que necessita. Conselhos simples mas que o farão poupar rios de dinheiro.

Quanto às poupanças, comece por cortar nos produtos já preparados. A vida atarefada actual torna difícil não comprar refeições prontas, mas a verdade é que esse tipo de refeições, além de ser muito mais dispendioso, é também menos saudável. Se fizer em casa, terá o prazer de uma refeição caseira, com comida de qualidade e poupando dinheiro.

Um outro hábito que se torna pouco económico é comprar legumes já arranjados e embalados. É inegável que é mais prático, mas a diferença de preços é assustadora e se tiver de emagrecer os gastos, vai ter de cortar aqui. Por exemplo, uma salada apenas com alface e cenoura custa €1,29 e tem apenas 175g enquanto que uma alface de 500g custa apenas 0,90€ (-75%). E se 200g de cenoura custam apenas €0,32, se comprar uma embalagem de cenoura já cortada fica-lhe a €0,99 (2x mais caro).

Outro aspecto que deve ter em conta é que o peixe congelado é muito mais barato que o peixe fresco e a qualidade é praticamente a mesma. As actuais técnicas de congelamento conservam as propriedades dos alimentos, uma vez que normalmente os peixes são congelados em alto-mar, logo após serem apanhados. Quanto ao preço, a diferença é visível: uma pescada fresca com 1,5Kg custa €11,96 e a congelada com o mesmo peso custa apenas €4,49 (-62%). É  menos de metade e faz toda a diferença.

Por último, mas não menos importante, prefira as cada vez mais famosas marcas brancas em vez das originais. Normalmente são idênticas, excepto no preço. Vejamos dois exemplos: um azeite de marca com 75 cl custa €2,46, mas se for de marca branca é apenas €1,84 (-43%) e ainda tem mais quantidade, pois trata-se de uma embalagem de 1L . Também o açúcar é muito mais barato se não for de marca: a diferença é de 1,18€ para 0,53€ (-55%) em pacotes com 1 Kg.

Aceite este desafio: faça as suas compras seguindo estas dicas e compare os talões. Vai ficar surpreendido!

Já agora! Sugerimos que leia também o artigo "Como poupar em saúde sem poupar em cuidados". Cortar custos neste campo não significa que vai deixar de aceder a cuidado médicos, pelo contrário poupar em saúde significa antecipar e prevenir qualquer potencial ameaça ao nosso bem-estar. 

A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.

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14 comentários em “Poupar nos bens de primeira necessidade
  1. As marcas brancas não são necessariamente iguais. Há categorias de produtos em que o são mas, não são todos nem perto disso… a embalagem pode ser muito parecida, pode até (e é muitas vezes) ser produzido na mesmíssima fábrica que o produto do lado… mas a receita não é a mesma. Claro que cumprem os critérios de segurança alimentar e ninguém vai ficar doente por comer salsichas marca branca. Mas olhem para as percentagens de carne e para a informaçõ nutricional… e a questão dos preços, como aqui já foi referida, é muito perigosa. Mas, isso o tempo irá demonstrar melhor que qualquer “profecia”. É o que dá ter metade ( e a aumentar) do mercado alimentar na mão de 2 operadores…

  2. queria só deixar a minha experiência relativamente às famosas marcas brancas. Dá perfeitamente para ver que esses hipermercados tencionam eliminar as marcas originais, colocando os preços mais baratos. Mas, depois de os eliminarem, colocam preços desses produtos linha branca tão ou mais caros que os anteriores. No Continente vi um produto deles aumentar de 2,99 para 3,49 em menos de uma semana. São 0,50€ aumentados assim do dia para a noite e ao mesmo tempo reparei que a marca original já lá não estava. Pois não, e nem convinha porque o novo preço era quase o do marca original. São estas pequenas coisas que metem o seu nojo nesta economia selvagem.

  3. João Pereira, infelizmente as pessoas cada vez podem fazer menos, é verdade, mas podemos andar todos mais atentos. Por exemplo, actualmente existem estratégias de alguns comerciantes, que também têm que vender os seus produtos para sobreviver, mas que chegam a ser desonestas. Repare que agora vêem-se imensos cartazes a fazer promoções, descontos e saldos para tudo e mais alguma coisa. Se andarmos com vontade de comprar o produto e já soubermos os preços de antemão, verificamos que muitas das vezes subiram o preço para agora colocar um “X” por cima e vender como promoção, mas não é promoção nenhuma. Não se deixem tentar!

    Que fazer então!? Não desistir nem baixar os braços, pelo contrário, devemos tirar partido da situação e socializar mais, dar-se mais com os amigos, fazer desporto ao ar livre, jantar fora mas em casa dos amigos… combina-se e vai-se trocando, etc.

    …e então, aqueles que ainda estão empregados, de forma mais moderada, devem continuar a contribuir e gastar de acordo com a sua liquidez financeira, porque quem emprega também precisa de vender.

  4. Concordo com a Elisabete, o que podem as pessoas fazer para enfrentar a crise, quando já cortaram com todas as despesas supérfluas possíveis e imaginárias e já seguem todos estes muito úteis conselhos.

  5. Só um pequeno reparo, quando fala dos legumes arranjados e embalados penso que esteja a falar das saladas já prontas. Mas quanto aos legumes congelados e já cortados são, por vezes, mais baratos que os frescos e não desperdiço nada! Temos de saber olhar para os preços…

  6. Cuidado com os produtos de marca branca. O Continente e afins concorrem deslealmente com os outros fornecedores porque controlam o canal de distribuição. E quando as marcas brancas afundarem as outras e o consumidor não tiver escolha? Será que continuarão baratas?

  7. Artigo chama a atenção para os pontos a ter em atenção na hora de ir as compras. Mas sugiro cuidado nos produtos de marca branca; eles não são idênticos aos de marca.
    Compare as composições!

    Regeneca

  8. Tudo o que aqui foi dito é verdade… O problema da crise é quando temos pessoas que já faziam isto diariamente porque o dinheiro não abunda e agora a coisa complica.
    Quanto a marcas brancas muitas estão a ficar caras também 🙁

  9. Agora que a “crise” se oficializou, as marcas brancas tornaram-se moda.
    Actualmente é preciso ter algum cuidado e usar do bom senso quando se opta por uma marca “branca”, por diversas razões:
    Já repararam quantas marcas “brancas” o Continente, por exemplo, tem? “Continente”, “e”, “SOU”… etc.
    Penso que é um erro dizer-se que os produtos ficam mais baratos por causa de não terem a publicidade da marca! As embalagens têm na mesma a publicidade da marca branca, portanto o custo da embalagem é igual.
    O que se passa é que o mercado começou a perceber que este negócio aparentemente era mais rentável, e em nome da crise, os hipermercados desataram a vender marcas brancas, negociando com os seus fornecedores estas novas “marcas” e variações dos produtos, chegando a definir até o seu preço final de venda.
    Claro que existem marcas brancas que oferecem o mesmo produto mas mais barato… por exemplo, uma garrafa de água ou uma embalagem de massa da marca Continente oferece o mesmo produto e os ingredientes não oferecem grandes dúvidas. Mas por exemplo uma pasta de dentes ou um detergente poderão ser bastante diferentes, basta na produção suprimir algumas gramas aos ingredientes e já se pode tornar o produto mais barato.
    Tendo por base esta consciência, cada um deve fazer as suas escolhas de forma a poupar, mas sem ser só porque está na moda.

  10. Artigo chama a atenção para os pontos a ter em atenção na hora de ir as compras. Mas sugiro cuidado nos produtos de marca branca; eles não são idênticos aos de marca.
    Compare as composições!
    Já encontrei produtos brancos com mais gorduras saturadas ou mais sal ou mais conservantes (os E’s) que o mesmo produto de marca.
    Alguns compensam mas outros não.

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