Vida e família

Andar de bicicleta nas grandes cidades: um guia de poupança

Sabe quanto dinheiro gasta mensalmente com o seu carro? Mais de 100€?Mais de 200€? Seja quanto for, há uma verdade que nenhum condutor contesta. Com os carros podemos gastar muito dinheiro em gasóleo, avarias e manutenção. Saiba tudo neste artigo.

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Andar de bicicleta nas grandes cidades: um guia de poupança

Sabe quanto dinheiro gasta mensalmente com o seu carro? Mais de 100€?Mais de 200€? Seja quanto for, há uma verdade que nenhum condutor contesta. Com os carros podemos gastar muito dinheiro em gasóleo, avarias e manutenção. Saiba tudo neste artigo.

Já em 2011, segundo dados estatísticos do INE, cada automóvel custava em média 2932€ por ano. Atualmente, de acordo com o site Autocustos, esse valor aumentou para 3482€. 

Por isso têm surgido cada vez mais adeptos de alternativas mais económicas e com menos impacto ambiental, como é o caso das bicicletas. Elas podem ser uma vantagem mesmo comparando ao conforto de um automóvel próprio. 

Quem adere a este veículo complementar/alternativo poupa imenso dinheiro, mas não só. 

No que é que poupa quando anda de bicicleta? 

O número de pessoas que se deslocam de bicicleta pelas grandes cidade é cada vez maior e, se compararmos o custo/benefício desse meio de transporte, facilmente percebemos porquê. 

Poupa dinheiro 

Quando falamos em poupanças nos meios de transporte, o dinheiro é a primeira coisa em que pensamos. E, de facto, podemos poupar bastante dinheiro se cortarmos nas despesas inerentes à utilização diária do carro. 

É que para além do custo da compra, gastamos também com: 

  1. Combustível: é uma despesa muito substancial no seu orçamento, além de que sofre flutuações constantes nos preços (normalmente para cima). 
  2. Impostos: seja o Imposto Sobre Veículos, o IVA ou o Imposto Único de Circulação, todos eles aumentam as suas despesas. 
  3. Manutenção e Reparação: para além das revisões obrigatórias, também a manutenção regular do carro e a reparação de avarias podem ser despesas avultadas. 
  4. Crédito Automóvel: se não comprar o carro a pronto pagamento, o custo do crédito vai pesar-lhe no orçamento familiar. 
  5. Estacionamento e Parquímetros: despesas regulares e cada vez mais comuns nas grandes cidades portuguesas. 

Mas quando substitui o carro pela bicicleta, essa grande fatia dos gastos que tem com deslocações desaparece (mesmo que mantenha o carro para situações pontuais). 

O seu investimento mínimo será o preço de compra da bicicleta, eventuais manutenções e num seguro de acidentes pessoais (recomendado, mas não obrigatório). 

Agora imagine, quanto dinheiro extra lhe sobra na carteira ao final do mês. 

No entanto, não é só dinheiro que poupa. 

Poupa tempo 

Em situações normais, o carro é sempre um meio de transporte mais rápido que a bicicleta. Mas imprevistos acontecem, principalmente nas grandes cidades. 

Com a bicicleta não fica preso(a) no trânsito por isso esse problema não existe. Para além de se livrar dos grandes engarrafamentos, planeia muito melhor o seu dia porque sabe com o que é que pode contar e exactamente quanto tempo demora nas suas deslocações. 

Poupa na saúde 

A deslocação quotidiana de bicicleta é um exercício regular e moderado, com todas as vantagens que isso traz. Não só fica em excelente condição física, como regula o peso, diminui a probabilidade de doenças cardiovasculares, o stress e a ansiedade. 

E quando poupa na saúde, poupa no dinheiro. 

Sendo mais saudável, as despesas de saúde (médicos, exames, medicamentos, etc) diminuem e, logo aí, já está a poupar. Além disso também torna-se desnecessário inscrever-se num ginásio para fazer exercício físico de manutenção e perda de peso. 

Poupa o ambiente 

Ignorar as alterações climáticas é, hoje em dia, um dos piores erros que podemos cometer. E um dos grandes causadores dessas alterações climáticas é o dióxido de carbono (CO2) emitido pelos transportes que prejudica e polui bastante a atmosfera. 

Já a bicicleta, não emite qualquer poluente atmosférico, contribuindo para diminuirmos a nossa pegada ecológica e para um planeta mais saudável. 

Como pode ver, as vantagens de pedalar pela cidade no seu dia a dia são imensas.  Poupa imenso dinheiro, planeia melhor a sua vida, melhora a sua saúde e condição física e contribui para um planeta mais limpo e saudável. 

Contas que deve fazer antes de iniciar-se neste fenómeno do ciclismo urbano

Quanto custa uma bicicleta privada? 

Esta é é uma das primeiras e mais óbvias perguntas a fazer. Se para poupar tem primeiro de investir numa compra, quanto é que ela lhe vai custar? 

Primeiro precisa de perceber que tipo de bicicleta se adequa às suas necessidades. Será uma urbana? Uma BTT, ou de estrada? Normal, elétrica ou híbrida? 

Por exemplo, as BTT são bicicletas que se adaptam a qualquer tipo de piso, com grupos de mudanças que ajudam nas subidas ou descidas e que encontram-se algumas a preços minimamente acessíveis

As bicicletas enraizadamente urbanas estão preparadas para guarda lamas e bagagem, o que pode ser muito útil para levar roupa ou bens pessoais. Além disso são também bicicletas resistentes. 

Tem também bicicletas que podem ser dobráveis, o que é extremamente útil para transportar nos transportes públicos como o metro, o comboio ou o autocarro. 

As bicicletas elétricas não são de todo a melhor opção financeira, mas são claramente a melhor escolha para quem se desloque diariamente de bicicleta. 

Relativamente aos custos das bicicletas, se for apenas para deslocações quotidianas, encontrará modelos entre os 250€ e os 3500€, no entanto, o melhor mesmo é informar-se sempre com um vendedor especializado, para garantir que faz a melhor escolha de acordo com as suas possibilidades e necessidades

Existem bicicletas públicas? Que custos podem ter? 

Se quer deslocar-se de bicicleta sem se comprometer com a compra do velocípede, algumas cidades, como Lisboa e Aveiro, oferecem-lhe um sistema de bicicletas partilhadas

Estas bicicletas são ideais para quem faz deslocações curtas, em alternativa ao carro ou aos transportes públicos. São também óptimas para passear pela cidade. 

Em Aveiro, por exemplo, as bicicletas públicas são as famosas Bugas (Bicicleta de Utilização Gratuita de Aveiro).  

Em Lisboa, implementou-se o projecto GIRA que oferece um sistema de bike sharing com 3 tarifários diferentes, que vão desde os 2€ para passes diários, aos 25€ para uma subscrição anual. Pode saber mais no site oficial do GIRA

Qual o tempo médio para percorrer 20 km de distância?

Esta é também uma pergunta natural para quem quer iniciar-se no ciclismo urbano. Se for para o trabalho de bicicleta, quanto tempo vai demorar? Claro que a resposta a esta pergunta depende de vários fatores, como por exemplo: 

  • Distância;
  • Condições atmosféricas;
  • Tipologia do percurso;
  • Qualidade e o tipo de bicicleta;
  • Experiência e capacidade do ciclista.

Ainda assim, quisemos ter informações mais concretas e descobrimos que, em média, levará cerca de 60 minutos para percorrer uma distância de 20 km. 

No entanto, se quiser saber mais, veja aqui alguns testemunhos de quem se desloca diariamente de bicicleta para o trabalho, por onde vão e quanto tempo levam a chegar destino.

Que regras de trânsito deve respeitar?   

Enquanto ciclista urbano, conhecer os seus direitos é tão importante como conhecer os seus deveres. Estes são factores essenciais para circular em segurança e evitar acidentes. 

Relativamente à circulação, as bicicletas são consideradas um veículo como qualquer outro. Por isso os ciclistas estão também sujeitos a multas e devem respeitar e obedecer ao código da estrada. 

Contrariamente ao que se pensa, os ciclistas podem circular lado a lado, desde que haja uma boa visibilidade e não provoque embaraço no trânsito. 

Quanto aos automobilistas, estes devem manter sempre uma distância mínima de segurança de 1,5 metros nas suas ultrapassagens aos ciclistas. 

Relativamente à segurança, o uso do capacete é recomendado, mas só é obrigatório para bicicletas eléctricas.  É também obrigatório ter luzes refletoras de noite (até ao amanhecer), assim como em condições ambientais que tornem a visibilidade insuficiente. 

Não pode circular nos passeios (excepto crianças até aos 10 anos) e o uso de telemóvel ou auriculares nos dois ouvidos são consideradas contraordenações graves. 

Quanto à documentação, não precisa de ter carta de condução mas deve ter sempre identificação (Cartão de Cidadão ou BI). As multas variam entre os 30 e os 150 euros caso não esteja devidamente identificado(a). 

Qual é a estrutura das ciclovias existentes?

As ciclovias são a melhor forma para os ciclistas se deslocarem em segurança e confortavelmente pelas cidades. 

O fenómeno crescente de ciclistas urbanos leva as autarquias a perceberem que é manifestamente importante aumentar a rede de ciclovias existentes em Portugal. Um exemplo disso está em Lisboa, onde a Câmara Municipal quer aumentar a sua rede dos 80 km existentes para os 200 km. 

Se lhe interessar, neste site pode ver a rede de ciclovias existentes, assim como a planeada para Lisboa. 

Conheça também todas as ciclovias do país no site Ciclovia.pt

Deve abandonar por completo a utilização do carro?

Na relação entre os custos e os benefícios sem dúvida que a bicicleta é o meio de transporte ideal - para nós e para o planeta. 

Consegue o que nenhum outro veículo consegue, ou seja, fazer simultaneamente bem à saúde, ao ambiente e à carteira. 

Contudo tem as suas limitações.  

Não é um veículo viável para todas as deslocações, como por exemplo viagens de longa distância ou para transportar carga pesada. 

Casos como compras para o mês ou famílias com filhos podem ser um desafios extra. 

Mas o facto é que existem várias pessoas que vivem exclusivamente da bicicleta intercalada com transportes como o metro, comboio, autocarro, táxi, uber etc… 

Por isso, se é uma pessoa que quer poupar custos e se preocupa com o ambiente e com a sua saúde, veja de que forma pode integrar a circulação de bicicleta no seu dia a dia. 

Conhece as suas necessidades melhor que ninguém e vai perceber quando é que a bicicleta pode ser uma alternativa ao seu carro, ou um complemento aos transportes públicos. 

O seu corpo agradece, o planeta e a sua carteira também. 

A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.

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