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Aventura Solidária: se tens um coração solidário e espírito aventureiro este é o programa ideal para ti!

Se tens um coração solidário e espírito aventureiro, conhece o projeto da Fundação AMI, Aventura Solidária, a que a ADN Solidário se juntou.

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Aventura Solidária: se tens um coração solidário e espírito aventureiro este é o programa ideal para ti!

Se tens um coração solidário e espírito aventureiro, conhece o projeto da Fundação AMI, Aventura Solidária, a que a ADN Solidário se juntou.

Se tens um coração solidário e espírito aventureiro este é o programa ideal para ti! Conhece, com este artigo, o projeto da Fundação AMI, Aventura Solidária, a que a ADN Solidário se juntou.

A Aventura Solidária é um projecto da fundação AMI - Assistência Médica Internacional - que nos permite viver uma experiência de voluntariado internacional sem necessidade de nos ausentarmos por um período longo, co-financiando, simultaneamente, um projecto específico de desenvolvimento. Os destinos possíveis, e onde podemos investir apenas 10 dias da nossa vida são três: Guiné-Bissau, Senegal e Brasil.

Como descrito no site da AMI - “Estas viagens são uma forma de turismo alternativo que junta dois conceitos: viajar e fazer voluntariado”. Mas este programa é muito mais do que isto, como a ADN Solidário teve a felicidade e o privilégio de experienciar.

A ADN Solidário juntou-se a esta aventura em Dezembro passado, integrando o grupo de aventureiros que viajou até à ilha de Bolama, na Guiné-Bissau.

solidariedade

Todas as Aventuras têm um projecto âncora de desenvolvimento co-financiado pelos aventureiros. O projecto desta Aventura foi a construção de uma rádio comunitária na região de Bolama, onde não existe qualquer meio de comunicação social.

A população de Bolama é maioritariamente rural e pouco alfabetizada, pelo que a rádio será um importante veículo de informação, permitindo a todos os bolamenses e populações adjacentes aumentar o seu nível de literacia em todas as dimensões. Contribui-se desta forma para dois dos 12 objectivos de desenvolvimento sustentável: a Educação de Qualidade e a Inovação/Infraestrutura.

Para além de termos pintado as paredes, lixado e envernizado as portas e as janelas do que serão as instalações da Rádio Voz da Esperança, tivemos a oportunidade de conhecer uma cultura e um povo extraordinário, apoiar uma comunidade fragilizada, bem como dinamizar a economia local.

Chegámos a Bolama após uma viagem de barco de 3 horas e fomos logo recebidos pela alegria das danças do grupo de folclore. Ficámos imediatamente com vontade de conhecer mais e, quem sabe, até dar um pezinho de dança!

mulher africana a carregar balde na cabeça

Dias depois estávamos já com a mão na terra, a ajudar as camponesas na horta comunitária. Este projecto sai do corpo de um grupo de mulheres que pouco ou nada falam de português, nem nós do seu dialecto, verdadeiras forças da natureza pois passam os seus dias a fazer trabalho pesado de campo, seja com bebés às costas ou já sem a certeza da idade que carregam. Com elas aprendemos a transplantar, a tirar água do poço e a carregá-la na cabeça. É bem verdade que quando o coração tem vontade de fazer nem a língua é uma barreira!

Outra das actividades programadas foi a limpeza da praia de Ofir. A praia de Ofir é uma das praias mais bonitas da Guiné. Dista apenas 3 km de Bolama, mas está a 30 minutos de distância devido às péssimas condições de acesso que caracterizam todo este país. Infelizmente, os guineenses têm recebido muito pouca educação ecológica, pelo que a quantidade de lixo que se acumula em qualquer local é chocante. A boa notícia é que Bolama já tem um grupo de jovens ecológicos que se juntaram a nós nesta iniciativa.

Numa viagem de mais de uma hora para percorrer somente 20 km, por uma estrada que alternava entre mato denso e tabancas, ficámos a conhecer a Bolama puramente rural. Tabanca é o nome que se dá na Guiné às pequenas povoações e aldeias. Mustafá - um dos bolamenses que acompanha todas as aventuras - levou-nos até à tabanca onde vive, a Wato.

Conhecemos as instalações da escola primária construída com a ajuda da AMI, onde fomos muito bem recebidos pelo director, pelas professoras e, como não podia deixar de ser, por uma enchente de crianças! O Mustafá é um exemplo de motivação e empreendedorismo. Absorveu tudo o que a AMI lhe ensinou, desde esterilizar água até como fazer a sua própria horta, tem todos os seus filhos a estudar (quatro no ensino superior em Bissau) e ganhou consciência de que também as mulheres têm de receber instrução e ir à escola.

O programa da Aventura prevê também horas livres, nas quais os aventureiros podem conhecer a cidade de Bolama e contactar com a população sem a urgência do tempo.

fotografia de rui bairrada rodeado de crianças

Por isso muitos foram os passeios ao mercado municipal para comprar capulanas, seguidos de visitas ao alfaiate local para fazer vestidos, camisas, macacões e bolsas. Numa só semana, o Sadjó conseguiu ter o rendimento equivalente a um ano de trabalho e nós viemos de Bolama bem mais bonitos! A Inês também nos recebia todas as noites no seu bar com licores de fruta guineense, aperitivos e um sorriso gigante. As noites prolongavam-se com jogos tradicionais e boas gargalhadas!

Numa das tardes livres, quisemos também ver o Hospital de Bolama que actualmente ocupa as antigas instalações militares. É chocante a falta de condições para uma unidade de saúde que serve cerca de 10.000 pessoas, mas é de louvar a criatividade que estes profissionais de saúde apresentam perante a adversidade. Nasceu nessa semana uma bebé prematura que não conseguia mamar e o leite artificial é inalcançável para os bolsos da jovem mãe. Foram ambas transferidas para o Hospital de Bissau, numa viagem de três horas de barco… esperamos que se encontrem bem.

Pelas ruas de Bolama encontramos sempre, galinhas, cães, gatos, cabras, porcos e… crianças. Quase todos os nossos finais de dia eram passados na Praça do Império rodeados por um manto de crianças que gritavam “Brânco, brânco! Xinhora branca!!”. Agarravam-nos as mãos e os braços. Faziam festas para sentir a pele, queriam colo, queriam uma brincadeira, queriam atenção!

Os mais velhos tomavam conta dos mais novos, fossem irmãos ou não, substituindo a vigilância dos pais que estavam ocupados a fazer a parte deles a favor da sobrevivência e bem-estar dos seus filhos. Tudo o que lhes dávamos, bolachas, brinquedos ou rebuçados, partilhavam sempre com os demais. Só não partilhavam duas coisas: os balões e os afectos.

crianças a mostrar balões com forma de coração

No jardim de infância e escola primária, mesmo ao lado das instalações da AMI, rapidamente percebemos que, desde cedo, os pequenos bolamenses têm de ter uma motivação extra para estudarem. As mesas são feitas com umas tábuas de madeira assentes em latas de tinta de cinco litros, as cadeiras são o que a criatividade permite e os quadros, de tão desgastados, mal deixam perceber o que as dedicadas professoras escrevem.

Pedimos ainda para visitar a Escola Superior de Educação de Bolama, responsável por formar os professores do 1º Ciclo da Guiné-Bissau. Ficámos bem impressionados com as instalações e com o trabalho aqui feito com os cerca de 700 alunos, metade dos quais em regime de internato. Só nos custou saber que o jantar oferecido aos residentes era somente arroz.

Lembram-se daquele pezinho de dança de que vos falei? Pois bem, a vontade pediu que nos juntássemos ao grupo de folclore nos seus ensaios e acabámos por participar no espectáculo final que tão carinhosamente foi preparado para a nossa despedida. Foi um verdadeiro sucesso! Para rematar a festa, os aventureiros ofereceram aos bolamenses um balão de papel que representava a concretização de todos os seus desejos. Foi inesquecível assistir ao brilho do seu olhar firmado naquele balão que subia céu fora!

balao amarelo

A experiência foi tão ímpar que se torna difícil transmitir por palavras tudo o que vimos e sentimos. Nem mesmo todos os gigabytes de fotos e vídeos o conseguem fazer. Acima de tudo, a magnitude da vivência será tanto maior quanto maior for a nossa capacidade de nos entregarmos a esta aventura.

É preciso ir viver! Sigam à risca as dicas do Doutor Finanças, façam uma poupança extra e aventurem-se!

O desafio pode parecer grande antes de ir, mas depois de se estar lá tudo deixa de representar um obstáculo e a leveza da vida instala-se. 
Trouxemos Bolama no coração. Só isto diz tudo!

As próximas Aventuras Solidárias são:

Senegal (Réfane): 23 de março a 01 de abril 2018
Guiné-Bissau (Ilha de Bolama – Arquipélago dos Bijagós): 26 de abril a 06 de maio 2018
Senegal (Réfane): 02 de novembro a 11 de novembro 2018
Guiné-Bissau (Ilha de Bolama – Arquipélago dos Bijagós): 29 de novembro a 09 de dezembro 2018
Brasil (Milagres): brevemente

Mais informações consulte a página da AMI: https://ami.org.pt/produtos-solidarios/aventura-solidaria/

A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.

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