Crédito

Reduzir em 50% o valor das prestações de crédito? É possível!

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Reduzir em 50% o valor das prestações de crédito? É possível!

De tempos a tempos ouvimos notícias sobre os números do endividamento em Portugal. De tal forma já nos habituámos a esta peça jornalística que acabamos por não lhe dar a devida importância. Desta vez foram os dados do Banco de Portugal que revelaram que em 2015, 132 mil famílias não têm dinheiro para pagar a prestação da casa.

A mesma notícia que informa que no ano passado existiram 132 mil famílias sem dinheiro para pagar a prestação da casa, também acrescenta que destas apenas 5.000 conseguiram chegar a acordo com os bancos. Este número é revelador da importância do trabalho que o Doutor Finanças faz no seu dia a dia.

Infelizmente, os bancos parecem aproveitar-se do desconhecimento dos seus clientes sem os ajudar efetivamente a chegar a um acordo benéfico para ambas as partes. Para ter sucesso no processo de negociação com os bancos deve respeitar os 4 passos seguintes:

  • Recolher toda a documentação necessária;
  • Negociar com todos os credores e atualizar os resultados obtidos;
  • Reduzir os encargos fixos mensais;
  • Canalizar as poupanças para amortizar outros créditos.

Conheça a história da família Ferreira

Já há vários meses que a família Ferreira sabia que as prestações que estavam a pagar eram sufocantes para o orçamento familiar. Sabiam que ao mínimo imprevisto iriam cair numa situação de incumprimento, mas esperaram sempre que esse dia não chegasse. No entanto, esse dia chegou e foi mais cedo do que imaginavam. Quando a filha do casal Ferreira ficou desempregada e pediu ajuda aos pais, estes jamais poderiam negar a ajuda e acabaram por recorrer ao valor que ainda tinham em cartão de crédito para ajudar nas despesas essências da filha. A filha nunca pensou que os pais pudessem estar a passar por dificuldades e os pais também não o quiseram admitir. Entregaram o dinheiro à filha e esperaram por um milagre quando viesse o extrato para pagar (era mais uma prestação a juntar a tantas outras). Infelizmente, como não conseguiram cumprir com o pagamento do cartão no final do mês, ficaram com o código de incumprimento no mapa do Banco de Portugal e ao montante em atraso acresceram os juros e as penalizações por incumprimento.

O contacto com o Dr. Finanças

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O casal Ferreira recorreu à Dr. Finanças porque não sabia como negociar com os bancos e instituições de crédito as melhores condições para os seus créditos.

Recolher toda a documentação necessária

A primeira tarefa que o Dr. Finanças fez com o casal Ferreira foi a recolha de toda a documentação necessária. Parece que não faz sentido estar a expor assim tanto a vida, mas a verdade é que este tipo de informação é peça essencial para montar um processo de negociação com sucesso. Foi necessário recolher documentação pessoal, recibos de vencimento, IRS, Nota de Liquidação, comprovativo de morada, extratos dos últimos 3 meses e, em alguns credores ainda tiveram de preencher formulários próprios para o efeito. Para conseguir negociar com eficácia é fulcral expor aos credores qual a situação atual de rendimentos e de encargos, além de ser necessário explicar o que aconteceu na vida para ter mais dificuldades em cumprir hoje com os créditos, face á altura em que os contraiu.

Negociar com todos os credores e atualizar os resultados obtidos

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Mesmo sabendo que a maior preocupação deste casal era só um dos cartões de crédito, o Dr. Finanças, com o acordo do casal Ferreira, estendeu o processo de negociação junto de todos os credores.

O casal Ferreira tinha as seguintes responsabilidades:

  • Crédito Habitação (banco A): 437,80€/mês
  • Crédito Pessoal (banco A): 86,90€/mês
  • Crédito Automóvel (financeira B): 117,59€/mês
  • Cartão de Crédito (financeira C): 528,21€/mês (com uma prestação em atraso)
  • Cartão de Crédito (banco D): 228,66€/mês

A postura de querer negociar apenas um dos créditos é um erro que muitas vezes não ajuda a resolução do problema financeiro das famílias. Num processo de renegociação todas as poupanças são importantes para o alívio do orçamento familiar e, inclusivamente, pode ser a chave para ter sucesso junto de outros credores. Às vezes, basta uma redução de 40 euros num credor para conseguir que outro (com prestações mais difíceis de suportar) baixe a prestação em 150 ou 200 euros. Além do mais, de cada vez que conseguimos uma poupança num crédito falamos com os restantes credores, pois assim estamos a dar aos credores maior conforto negocial para alterar os contratos de crédito.

Reduzir os encargos fixos mensais

Para os credores avaliarem corretamente a capacidade de um cliente suportar sem incumprimento uma prestação, tem de ter o máximo de informação possível. A informação referente a outros bancos podem retirar consultando a Central de Responsabilidades de Crédito do Banco de Portugal, mas os gastos que uma família tem com a alimentação, água, luz, gás, telecomunicações, saúde, transportes, entre outros não são do conhecimento do credor. Ao fazer prova deste tipo de encargos podemos revelar alguns comportamentos de despesismo que têm de ser corrigidos. Não faz sentido estar a procurar reduzir uma prestação do crédito habitação e estar a pagar o pacote de telecomunicações mais caro. Ajuda muito ao processo de negociação mostrar reduções com este tipo de despesas, pois revela uma atitude de quem está realmente empenhado em cumprir com as responsabilidades de crédito.

Canalizar as poupanças para amortizar outros créditos

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Após decorridos 30 dias desde o início do processo de negociação, o casal Ferreira apresentava outro cenário bastante diferente. Além de terem reduzido em 25€ o compromisso mensal com a empresa de telecomunicações e em 40€ o custo com o seguro do automóvel, as prestações dos seus créditos passaram a ser as seguintes:

  • Crédito Habitação (banco A): 327,81€/mês (alargamento do prazo em 48 meses)
  • Crédito Pessoal (banco A): 56,90€/mês (reestruturação para 60 meses, TAN: 11,5%)
  • Crédito Automóvel (financeira B): 117,59€/mês (crédito recente que não foi possível negociar)
  • Cartão de Crédito (financeira C): 150,00€/mês (regularizou o atraso e reestruturou-se o montante em dívida. Prazo 60 meses, taxa 5%)
  • Cartão de Crédito (banco D): 48€/mês (transformou-se num crédito pessoal a 36 meses e TAN 10%)

Ao fazer as contas, o casal Ferreira deixou de ter 1.399,16€ de total de prestações, para passar a ter 700,30€. Ou seja, com o Dr. Finanças conseguiram obter uma redução de quase 50% no valor das prestações!

Voltamos a lembrar que este exemplo é baseado num caso real de uma das muitas histórias de vida que se cruzam no quotidiano do Dr. Finanças.

Os resultados na negociação devem estar focados para a redução da prestação mensal. Mesmo que essa redução implique alargamento de prazos, o que nos interessa nesta fase é cumprir com todos os credores. Se com a poupança alcançada na negociação conseguirmos o alívio necessário para o orçamento familiar, mas depois canalizar essa folga para o consumo mais supérfluo, então de pouco valeu o esforço do processo. Mas se optar por utilizar a folga alcançada nas negociações para fazer abatimentos às dívidas com taxas de juro mais elevadas, está a conseguir que a renegociação dos créditos se traduza num real desendividamento.

Se gostaria de obter um diagnóstico gratuito da sua saúde financeira e eventual plano de renegociação, contacte o Dr. Finanças através desta página.

A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.

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