Como ser nómada digital em Portugal?  

Ser nómada digital é uma forma de trabalhar de forma remota nos dias de hoje. Um nómada digital viaja pelo mundo, podendo escolher qualquer destino para viver e trabalhar, uma vez que só precisa de uma ligação à internet e um computador.  

Este estilo de vida implica ter um trabalho que possa ser realizado a partir de qualquer lugar. E, normalmente está associado ao mundo digital, por exemplo programação, criação de conteúdos, gestão de redes socias, design ou consultoria.   

Em Portugal, o nomadismo digital tem vindo a ganhar cada vez mais adeptos, devido à qualidade de vida, clima, segurança e baixo custo de vida quando comparado com outros países.  

De acordo com o relatório mais recente da Global Citizen Solutions, que analisou 65 países, Portugal ocupa o 7.º lugar entre os melhores destinos para nómadas digitais. 

Os fatores que destacam Portugal incluem ainda a legislação favorável para nómadas digitais, a acessibilidade à internet de alta velocidade e um ambiente cultural vibrante. 

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O que é preciso para ser nómada digital em Portugal?  

Em 2022, através das alterações à Lei dos Estrangeiros, entrou em vigor um visto para nómadas digitais, que provenham de países de fora da União Europeia ou do Espaço Económico Europeu.  

Este visto, também conhecido como visto D8, define os nómadas digitais como estrangeiros que trabalham remotamente, a partir de Portugal, ao abrigo de um contrato de trabalho, ou enquanto trabalhadores independentes, para uma pessoa singular ou coletiva com domicílio ou sede fora do território nacional. 

O visto para nómadas digitais tem a duração de um ano. Passado esse tempo, caso queiram continuar no país, os trabalhadores remotos devem fazer o pedido de residência, que pode ir até cinco anos.  

Este visto concede os seguintes direitos:  

• Acesso ao Sistema Nacional de Saúde; 

• Acesso ao Ensino Nacional; 

• Acesso ao regime de Residência Fiscal Não Habitual; 

• Reagrupamento familiar, permitindo que cônjuge, dependentes e pais residam em Portugal; 

• Entrada sem visto nos países Schengen. 

Visto para nómadas digitais: Quais os documentos necessários? 

Tanto os trabalhadores por conta de outrem como os trabalhadores independentes podem solicitar o visto D8. O pedido deve ser feito numa Embaixada ou Posto Consular português no país onde reside e tem um custo de 90 euros. 

É necessário apresentar documentação que comprove a residência fiscal, assim como, provas que atestem que, nos últimos três meses, os rendimentos médios mensais, foram superiores a quatro ordenados mínimos portugueses (3.480 euros brutos em 2025). 

Os trabalhadores por conta de outrem devem ainda apresentar a promessa de um contrato, o contrato de trabalho ou uma declaração do empregador que ateste o vínculo laboral.  

No caso dos trabalhadores independentes, estes devem apresentar um destes documentos: contrato de sociedade, contrato de prestação de serviços, proposta escrita de contrato de prestação de serviços, ou documento demonstrativo de serviços prestados a uma ou mais entidades. 

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