Propriedade intelectual: O que é e como funciona?

A propriedade intelectual é um conjunto de direitos que visam proteger os criadores das mais diversas obras e divide-se em duas grande áreas: direitos de autor e conexos; e propriedade industrial.

Assim, a propriedade industrial visa a proteção das invenções, criações estéticas (design) e sinais usados para diferenciar produtos e empresas no mercado. Já o direito de autor protege as obras literárias e artísticas, e abrange ainda direitos de carácter patrimonial e de natureza pessoal, os chamados direitos morais.

Por outras palavras, a propriedade intelectual dá direito à utilização exclusiva de qualquer informação técnica, comercial ou industrial.

Propriedade industrial vs Direitos de autor e conexos

A propriedade industrial está relacionada com as empresas e implica direitos para quem utiliza, produz e comercializa as criações desta última, isto é:

Por outro lado, os direitos de autor protegem o proprietário individual ou autor de uma determinada obra. Apesar da proteção ou registo do direito de autor não ser obrigatório para os criadores, é muito importante de forma a garantir a respetiva titularidade de uma obra literária ou artística - Decreto-Lei n.º 143/2014 de 26 de setembro.

Na realidade, são várias as obras que podem ser protegidas e registadas. Ora, isto permite uma maior proteção do direito dos autores e titulares de direitos conexos sobre as suas obras. Nos dias de hoje, este registo é ainda mais importante pois com um simples clique, uma pessoa pode espalhar as obras literárias e artísticas através da internet para qualquer parte do mundo.

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Quais as obras que podem ser registadas?

De acordo com a lei, podem ser registadas as obras de caráter literário, científico e artístico. Ou seja, na prática temos:

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Que obras não são protegidas e não podem ser registadas?

Por outro lado, existem obras que, pela sua natureza, não são protegidas e não podem ser registadas, nomeadamente:

Propriedade intelectual e o seu cumprimento

Ainda assim, a propriedade intelectual traz consigo um conjunto de direitos que nem sempre funcionam na prática. Isto é, existe ainda pouca fiscalização e a lei ainda é "curta" para que esta proteção seja mais eficaz. Como resultado, devemos ser nós, consumidores, a dar o exemplo e a termos comportamentos mais conscientes.

Muitos consumidores optam pela pirataria e produtos contrafeitos devido ao preço mais baixo e esquecem-se das consequências que daí advém. Lembre-se, por vezes, o barato sai caro.

Por outro lado, ao ignorar esses direitos está a contribuir para o aumento do desemprego e a reduzir a capacidade de produção das próprias empresas por falta de rendimento.

Acresce ainda que, ao escolher produtos contrafeitos ou a preferir a “pirataria”, está a cometer um crime. Para além de que não tem garantia da qualidade e não pode reclamar sobre o que está a adquirir ou a utilizar.

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