Bancos voltam a aumentar avaliações dos imóveis

Em abril fizeram-se menos avaliações de imóveis, mas o valor do metro quadrado voltou a aumentar, igualando o máximo atingido em fevereiro.

O Instituto Nacional de Estatística (INE) publicou os dados mais recentes das avaliações bancárias, ou seja, do valor que os bancos usam para financiarem a compra de imóveis. Os dados são de abril, mês marcado pela emergência nacional e pelo confinamento, e revelam que os preços voltaram a aumentar, anulando a queda observada em março.

O valor mediano da avaliação bancária em Portugal fixou-se nos 1.111 euros por metro quadrado, em abril, idêntico ao registado em fevereiro, mês marcado por um recorde de preços. Assim, a queda registada em março, devido à pandemia provocada pelo Covid-19, foi anulada em abril.

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Apesar do aumento dos valores de avaliação bancária, o número de avaliações desceu 2% quando comparado com o mesmo mês do ano passado, revelam ainda os dados do INE. Este indicador sugere que se estão a realizar menos operações de financiamento para a compra de casa, ainda que a queda não seja elevada.

A avaliação de um imóvel pode ser feita por várias razões, mas a avaliação bancária é uma peça-chave para que se consiga comprar casa através de um crédito. É com base no valor da avaliação bancária que o banco vai determinar o valor até ao qual poderá financiar uma operação. Por regra, as instituições financeiras emprestam até 80% a 90% do valor do imóvel, com base nestas avaliações ou do preço a que está a ser comprada (sendo que é “escolhido” o valor mais baixo).

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Lisboa volta a ser a região mais cara

Por regiões, a área metropolitana de Lisboa voltou a registar o preço mediano mais elevado de todo o território nacional, tendo ultrapassado o Algarve, que em abril registou uma ligeira queda de preços.

O preço mediano de uma habitação na região de Lisboa manteve-se estável nos 1.483 euros por metro quadrado. Já no Algarve o preço recuou 0,1% para 1.482 euros. Entre março e abril apenas mais uma região registou quedas nos valores medianos: o Alentejo.

As restantes regiões reportaram aumentos de preços, com a Região Autónoma dos Açores a liderar o aumento (3,2%)

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