A escolha entre taxa fixa e taxa variável é essencialmente uma escolha entre estabilidade ou incerteza. Como em quase tudo, a estabilidade vem associado a um potencial de poupança menos significativo do que a incerteza. Em termos concretos, quando escolhemos um crédito a taxa fixa vamos saber quanto pagaremos mensalmente (durante um período alargado de tempo - 5, 10 anos), enquanto num de taxa variável o valor da prestação altera com maior frequência (para cima ou para baixo, tipicamente a cada 3 ou 6 meses).
Em suma, taxa fixa é positivo quando se prevê que as taxas subam, taxa variável é positivo quando se prevê que as taxas desçam.
Mas não se resume a isto:
- Nos créditos de taxa fixa os custos por amortização ascendem a 2% do valor amortizado;
- Nos créditos de taxa variável os custos por amortização ficam-se pelos 0,5% do valor amortizado.
Explicadas as diferenças entre os tipos de crédito, resta a pergunta, qual escolher? Sem querer fazer futurologia, parece-me que a taxa variável será preferível, até porque as taxas de juro estão em níveis muito altos e adotar taxa fixa nesta altura poderá não ser a melhor ideia, caso se assista à previsível descida dos juros. Contudo, se vive numa situação orçamental muito delicada e não se pode dar ao luxo de comportar qualquer aumento inesperado na prestação da casa, opte antes pela taxa fixa. A prazo pode poupar menos, mas terá a certeza que o seu orçamento não ficará deficitário.