Créditos e Penhoras – Tudo Tem Solução

Tem incumprimentos e atrasos nos seus créditos e parece-lhe que não há solução? Saiba que na relação com os bancos tudo tem uma solução, mesmo que a situação pareça impossível.

Um atraso pode não ser um incumprimento de crédito

O incumprimento de uma prestação é algo que o banco ou instituição financeira reporta à Central de Responsabilidades de Crédito do Banco de Portugal. No entanto, um atraso na prestação não é necessariamente um incumprimento. Um devedor pode atrasar o dia de pagamento da prestação e esse atraso não ser reportado ao Banco de Portugal. É necessário que fique sem pagar uma prestação mensal. Atenção que mesmo assim os atrasos têm custos associados, pois é cobrado ao devedor juros de mora que somam ao valor da prestação mensal.

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O incumprimento de crédito não é uma desgraça

Não defendemos que incumprir com os nossos compromissos é algo bom. Aliás, irá pagar juros e penalizações que certamente não gostará.

A consequência mais direta do incumprimento é ficar reportado no mapa do BDP e isso ser fator inibidor de acesso a novos créditos. Mas assim que regularizar o atraso, ou que chegar a acordo com o credor, a denominação “incumprimento” desaparece do mapa e poderá ter, de novo, acesso ao crédito. Tenha atenção que o mapa do BdP reporta sempre a um mês atrás daquele em que se encontra.

Níveis de incumprimento prolongados levam a penhoras

A expressão popular “o tempo resolve tudo” não é um bom lema para quem está em incumprimentos, pois nestes casos o tempo agrava tudo. Há níveis de incumprimento que chegam a 8, 9, 10 meses e que acabam por seguir vias de execução coerciva. Ou seja, se o devedor tiver um salário este pode ser penhorado o que acaba por implicar numa redução do seu vencimento em 1/3 do valor (até ao limite do valor do salário mínimo nacional).

Penhoras que nunca mais acabam

Quando alguém fica com o seu salário penhorado tem ainda maiores dificuldades em cumprir com as outras responsabilidades de crédito. Nesta situação um credor que não veja a dívida a ser paga pode ficar em “fila de espera” para ser o próximo a penhorar o salário do devedor. Pode acontecer que quando terminar o prazo da penhora de uma dívida comece logo outra referente a outro credor. Há situações tão dramáticas que pode levar uma pessoa a ter o seu salário penhorado até ao final da vida.

Que soluções?

Lendo os parágrafos anteriores pode parecer que cada vez é mais difícil encontrar uma saída para estas situações. Mas a verdade é que tudo tem solução. É possível acabar com dívidas difíceis. Não nos podemos esquecer que os bancos têm como missão fazer negócio. E isso não é escândalo nenhum. O problema é quando a sociedade olha para os bancos como agentes que estão no mercado para nos ajudar. Os bancos não ajudam. Os bancos fazem negócio!

Se não consegue chegar a acordo com os bancos pode fazer sentido chegar a acordos judiciais. Neste caso, os agentes judiciais não vão procurar fazer negócio, mas sim fazer justiça. Se um devedor está num nível tal de incumprimento, em que o seu salário está penhorado para os próximos 10, 15 ou 20 anos, se já não tem qualquer património para vender de forma a libertar-se das dívidas, então poderá recorrer a um Plano de Pagamento Judicial para Pessoas Singulares ou mesmo à Insolvência Particular.

Será seguramente uma situação dura e pouco desejável, mas é uma forma real de acabar com as suas dívidas. Se quiser ver o seu processo analisado em maior detalhe não hesite e conheça o serviço de renegociação de créditos do Doutor Finanças.Saber mais sobre a Renegociação

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