Crédito Universitário: o que precisa de saber

A formação universitária pode ser um passo importante para o ajudar no crescimento da sua carreira. Contudo, como nem todas as famílias conseguem pagar esta despesa, existe a possibilidade de recorrerem a um crédito universitário. Saiba neste artigo como funciona.

Ir para a Universidade pode ser um grande passo na vida de um jovem que está a preparar a sua carreira profissional. Este ano entraram mais de 70 mil alunos no ensino superior, para licenciaturas e mestrados.

Apostar numa licenciatura pode ser um bom investimento para o futuro da sua carreira. Porém, sabemos que nem todas as famílias têm a possibilidade de aceder a um crédito que permita que os seus filhos possam prosseguir os estudos com a qualidade merecida.

No entanto, existem linhas de crédito com taxas de juro bastante atractivas que o podem ajudar.

Existe soluções no mercado que ajudem os jovens a conseguir ter uma licenciatura e prosseguir os estudos sem que o crédito contratado pese muito no orçamento familiar.

Isto porque, os créditos para os cursos universitários ou para outras formações distinguem-se dos créditos tradicionais, por apresentarem vantagens que facilitam a decisão na hora de recorrer a esta modalidade muito específica de crédito ao consumo.

Apesar de ser um crédito, um crédito universitário tem vantagens em relação a outros.

Maioritariamente, este género de créditos são financiados e atribuídos pelas entidades bancárias ou entidades de crédito, embora nem todos os bancos em Portugal possuam esta modalidade.

Na hora de efetuar um pedido para este tipo de crédito, há que considerar todas as envolventes que vão influenciar o montante pedido, tais como: propinas (difere de estabelecimento e de curso); livros (não são permitidas fotocópias por razões de protecção dos direitos de autor); alojamento (caso o estudante seja deslocado da sua área de residência).

Pelo facto do crédito universitário se enquadrar numa categoria de crédito especial, este possui taxas de juro mais baixas que o grosso dos créditos e beneficia de comissões mais leves e, em alguns casos, existe a possibilidade de eles serem isentos de comissões mensais e sem custos iniciais.

Numa breve pesquisa pelo mercado, podemos notar que existem créditos com um mínimo de 4% e podem chegar até 9%, dependendo do montante, do tempo de pagamento do empréstimo e do plano de pagamentos. Em certas entidades, nos primeiros anos, poderá pagar apenas juros, sendo a prestação mensal mais baixa e, no final do curso, o montante a pagar sobre  a totalidade do crédito.

Ainda assim, existem semelhanças entre estes créditos e os créditos ao consumo tradicionais, tais como:

A par destas garantias, existe algo que, à primeira vista, pode parecer benéfico.

Contudo, há desvantagens associadas ao crédito universitário

Sendo um crédito, a sua prestação mensal irá traduzir-se no pagamento de parte do capital e parte dos juros associados. Já o crédito Universitário oferece a hipótese de definir um período de carência (em que só fica a pagar juros) para amortização de capital. Quer isto dizer, que nos primeiros anos de concessão do empréstimo do crédito, para além de só pagar os juros, as prestações mensais são mais reduzidas. Convém, no entanto, não esquecer, que ao se adiar a amortização do capital contratado, a conta dos juros no final do contrato sofre um acréscimo considerável.

Por último, uma opção recomendável na altura da contratação desta modalidade de crédito é, caso assim o pretenda, receber o financiamento de forma faseada ao longo do prazo do empréstimo.

Um exemplo:

Encontrámos um exemplo de um crédito à formação que pode ser usado para licenciaturas ou outro tipos de formações.

O empréstimo é de 12 mil euros e será pago em 7 anos, em que nos primeiros 4 anos pagará apenas o juro.

Por cerca de 35 euros por mês, em 48 meses, terá liquidado 1680€. Após esses anos, a prestação mensal aumentará para 350€, por forma a liquidar o capital e o juro associado ao crédito de formação.

Neste caso, o aluno poderá usufruir de um apoio à formação por uma pequena prestação mensal. Ao concluir os estudos após o quarto ano, poderá entrar no mercado de trabalho e, com maior liquidez, cumprir os restantes pagamentos. Contudo, como qualquer crédito pessoal, deve ser feito de forma consciente e prudente, para evitar o risco de dívida.