Como melhorar a relação com o dinheiro em tempos difíceis

Tempos difíceis pedem medidas arrojadas, por isso, aprender como melhorar a relação com o dinheiro, seguindo as estratégias de alguns dos autores mais conceituados nesta área, por muito diferente que possa ser daquilo que está habituado a ler e ouvir, pode ser exatamente aquilo que precisa.

As quatro estratégias que reunimos têm algo em comum: o poder do pensamento. E embora a prática destas estratégias não permita pagar dívidas ou enriquecer da noite para o dia, pode permitir-lhe encontrar novas formas de criar riqueza na sua vida e lidar com as suas finanças de forma criativa.

Ao contrário do que poderia pensar, alguns dos autores mais reputados que escrevem sobre riqueza (tais como T. Harv Eker, Napoleon Hill, Tony Robbins) focam, não tanto em literacia financeira, gestão de finanças pessoais ou investimentos, mas sim em aprender a transformar a forma de pensar acerca do dinheiro. Nomeadamente, desenvolvendo uma mentalidade de abundância.

Sabemos o quão desafiante pode ser esta nova perspetiva sobre o dinheiro, por isso, ajudamos as famílias a tomar as melhores decisões financeiras. Já apoiamos milhares de pessoas a rever os seus encargos e conquistar bem estar financeiro, através do nosso serviço de intermediação de crédito. Se tem vários encargos com créditos, conheça a solução do crédito consolidado. Fale com um dos nossos especialistas e descubra como poupar até 60% do valor das prestações todos os meses.

Desenvolver uma Mentalidade de Abundância

O conceito “mentalidade de abundância” foi adotado por Stephen R. Covey, especialista em liderança e autor do livro “Os 7 hábitos das pessoas altamente eficazes”, para designar um paradigma que diz que existe suficiente para todos.

Quem vive com uma mentalidade de abundância acredita que existem recursos suficientes para todos no mundo, uma quantidade ilimitada de possibilidades e de desenvolvimento, o que lhes permite ter um sentido profundo de valor e segurança pessoais. São pessoas que se focam naquilo que têm, apreciando tudo o que o Universo lhes dá, e praticando a gratidão.

Pelo contrário, muitas pessoas vivem num paradigma em que tendem a focar nas necessidades não satisfeitas e a comparar aquilo que os outros têm com aquilo que elas não têm. São pessoas que têm dificuldade em obter reconhecimento e dedicam a sua energia a possuir coisas de forma a aumentar a sua noção de valor próprio. De acordo com Stephen R. Covey, estas pessoas têm uma mentalidade de escassez, encarando a vida como uma fonte limitada de recursos.

O paradigma abundância versus escassez não se aplica apenas a dinheiro, mas a todos os recursos da vida: amor, tempo, saúde, trabalho, etc.

Para avaliar se tem uma mentalidade de abundância ou de escassez, pode refletir sobre a forma como pensa através destes exemplos:

Mentalidade de abundância:

Mentalidade de escassez:

Para desenvolver uma mentalidade de abundância e melhorar a sua relação com o dinheiro pode:

Praticar o Processo de Manifestação

T. Harv Eker, autor do livro “Segredos da Mente Milionária”, defende que qualquer pessoa tem um modelo de dinheiro e de sucesso inscrito no seu subconsciente, o qual determina o seu futuro financeiro.

Para desenhar este modelo financeiro o autor recorreu como base ao modelo de comunicação interna utilizado na Programação Neurolinguística (PNL), chamando-lhe “processo de manifestação”.

O modelo de comunicação da PNL indica que nós absorvemos o mundo à nossa volta através dos nossos cinco sentidos (a nossa fisiologia) e essa informação ao entrar no nosso sistema passa por vários filtros: as nossas crenças, valores e experiências.

Depois de filtrada essa informação, ela dá origem a representações internas em forma de pensamentos. Por sua vez, os nossos pensamentos geram o nosso estado emocional; esse estado emocional conduz aos nossos comportamentos; estes comportamentos criam os nossos resultados.

Assim, de acordo com T. Harv Eker, o modelo financeiro de qualquer pessoa constitui-se pela informação que ela foi recebendo ao longo da sua vida, sobretudo enquanto criança (momento em que se formam as primeiras crenças – a sua “programação”) e “consiste numa combinação dos seus pensamentos, dos seus sentimentos e das suas ações em questões de dinheiro”.

O primeiro passo para rever o seu modelo financeiro, e melhorar a sua relação com o dinheiro, passa por:

  1. Trazer à consciência a sua programação passada – recordando o que ouvia na infância, o que via como exemplo e que experiências teve em relação ao dinheiro;
  2. Compreender a origem do modo de pensar atual;
  3. Escolher manter esse modo de pensar ou largá-lo, fazendo a dissociação do mesmo e escolhendo uma opção de pensar diferente.

Depois desta fase de consciencialização, importa desenvolver novos modos de pensar e de agir que permitam criar um modelo financeiro favorável ao sucesso e a uma mente milionária. Alguns exemplos, de acordo com o autor:

Desenvolver um forte desejo por dinheiro

Mais do que aspirar a ter muito dinheiro, para se conseguir ter riqueza, é essencial ter um "desejo ardente" de vencer e ter dinheiro. Este é o primeiro passo para a riqueza de acordo com Napoleon Hill, reconhecido escritor, professor e orador sobre os princípios do sucesso.

No livro “Pense e fique rico”, Napoleon Hill reforça o poder da nossa mente, indicando que é na nossa forma de pensar que começa a riqueza: começando por desenvolver um desejo tão forte até que se torne uma obsessão e acreditando que realmente é possível ter riqueza na nossa vida.

Embora o autor defenda que tudo aquilo que criamos ou adquirimos começa sob a forma de desejo, fala também sobre a importância de passar à ação, nomeadamente, fazendo planos concretos e precisos sobre a forma como se vai atingir a riqueza e desenvolvendo um fator essencial neste processo de transformação do desejo em ação: a persistência.

Na base da persistência encontram-se a força de vontade e a capacidade para lidar com o fracasso, o que irá ajudar a superar as dificuldades e não desistir.

Outro foco do autor, nesta construção de um caminho para a riqueza, é a importância de rodear das pessoas certas, aquelas que encorajam a concretizar os planos e alcançar objetivos, afastando todas as influências negativas e desencorajadoras, nomeadamente por parte de familiares, amigos e conhecidos.

Mas para melhorar a relação com o dinheiro é importante também ter consciência que estas influências negativas podem ser da própria pessoa, manifestadas através da indecisão, da dúvida e do medo. Segundo o autor, “a indecisão cristaliza em dúvida; as duas misturam-se e tornam-se no medo”, existindo seis medos básicos de que todas as pessoas sofrem a certa altura da sua vida: o medo da pobreza; das críticas; da doença; da perda do amor de alguém; da velhice e o medo da morte.

Sendo o medo um estado de espírito, é possível de ser controlado pelo poder do pensamento, voltando assim ao denominador comum que conduz à riqueza: a forma como pensamos.

Criar uma relação amorosa com o dinheiro

Certamente já terá ouvido a expressão “o dinheiro não compra felicidade”, mas talvez nunca tenha parado para pensar no seu verdadeiro significado.

O dinheiro, por si só, não pode comprar o sentimento de felicidade, mas consegue proporcionar um conjunto de oportunidades e experiências que conduzem a esse estado, possibilitando conforto, tranquilidade e segurança. A questão é que o dinheiro também pode causar stress, preocupação e infelicidade.

Leia ainda: A relação entre dinheiro e bem-estar emocional

Ken Honda, um dos autores de maior sucesso na área do desenvolvimento pessoal no Japão, aborda precisamente esta relação entre o dinheiro e a felicidade no livro “Happy Money - A Arte Japonesa de Ter Dinheiro e Felicidade”, identificando dois tipos de dinheiro: o “dinheiro feliz” e o “dinheiro infeliz”.

O dinheiro feliz é todo aquele que circula como uma forma ativa de amor, de contribuição, que procura ajudar os outros, faz as pessoas sorrirem e sentirem-se cuidadas. Pelo contrário, o dinheiro infeliz é aquele que circula associado a sentimentos de frustração, tristeza e desespero.

Assim sendo, e de acordo com o autor, “a energia com a qual o nosso dinheiro é dado e recebido” determina a relação com o fluxo do dinheiro: um fluxo de dinheiro feliz ou um fluxo de dinheiro infeliz. A forma como se lida com o dinheiro determina os resultados que se vão obter, daí a importância de aprender a melhorar a relação com o dinheiro.

Para desenvolver uma relação amorosa e abundante com o dinheiro será necessário prestar atenção às emoções que estão na base dessa relação e escolher a abordagem que pretende ter em relação ao dinheiro: cultivando uma relação de amor e confiança, ou uma relação de medo, ansiedade e preocupação.

Ao escolher cultivar uma relação de amor com o dinheiro, pode aumentar o fluxo de dinheiro feliz mostrando gratidão e apreço de forma sincera, incutindo uma energia positiva em cada ação relacionada com o dinheiro. Alguns exemplos dados pelo autor:

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