Finanças pessoais: 6 erros que não deve cometer em 2023

Com 2022 a chegar ao fim, é altura de começar a pensar nas resoluções de ano novo. Uma vez que o custo de vida está a aumentar, tão importante como listar aquilo que se compromete fazer em 2023, é incluir na sua lista o que não vai fazer no ano que se avizinha. Neste artigo, mostramos-lhe seis erros que não deve cometer no próximo ano de forma a garantir a saúde e estabilidade das suas finanças pessoais.

Não planear as despesas

O primeiro erro que deve evitar é não planear as suas despesas. Se não fizer um planeamento nem controlar os seus custos vai ser muito difícil fazer uma boa gestão do seu orçamento familiar.

Desta forma, é aconselhável que faça mensalmente um resumo de todas as suas receitas, como salários, juros e rendas, e de todas as suas despesas, sejam elas recorrentes, como o pagamento da conta de eletricidade, ou esporádicas, como a manutenção do seu automóvel. Com este simples exercício, vai poder controlar mais facilmente o dinheiro que gasta e ter uma melhor perceção de onde cortar nos custos, se disso necessitar.

Mas agora pergunta, então e aquelas despesas que aparecem sem estarmos a contar, como por exemplo uma avaria do carro ou de algum eletrodoméstico? É perfeitamente natural que possam surgir a qualquer momento despesas inesperadas, e é precisamente por esse mesmo motivo que é tão importante ter uma poupança. Isto leva-nos ao segundo erro a evitar.

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Não fazer uma poupança

Não ter uma poupança a que possa recorrer no caso de acontecer algum imprevisto, como por exemplo a avaria do seu automóvel, ou até mesmo situações mais graves como ficar desempregado, vai colocá-lo numa posição muito vulnerável.

Desta forma, desafie-se a si mesmo a colocar mensalmente de parte uma percentagem do seu salário para aplicar num fundo de emergência. Deve definir um valor com que se sinta confortável de acordo com a sua situação financeira.

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Não rentabilizar as suas poupanças

Se já tem o hábito de poupar, então não caia no terceiro erro, que é não rentabilizar as suas poupanças. Com a inflação, o dinheiro desvaloriza se não estiver aplicado em produtos com rentabilidade superior.

Os depósitos a prazo são um produto de investimento muito apreciado pelos portugueses, uma vez que tem capital garantido e liquidez. No entanto, não são a única opção disponível.

Entre as soluções de baixo risco contam-se também os certificados de Aforro que são, nesta altura, o melhor produto com garantia de capital, uma vez que os juros têm registado fortes subidas e a sua rendibilidade está ligada à Euribor a 3 meses.

Se não tem um perfil tão conservador, a solução pode passar por fundos de investimento. Apesar de não terem garantia de capital, têm uma maior probabilidade de alcançarem rentabilidades bastante interessantes.

De qualquer forma, não deve colocar todas as suas poupanças num único produto, sobretudo tratando-se de instrumentos que envolvem risco. Diversificar os investimentos é o segredo.

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Não começar a preparar a sua reforma

Com o envelhecimento da população e a taxa de natalidade bastante baixa, é muito provável que a reforma a que vai ter direito da Segurança Social, não dê para manter o nível de vida a que está habituado. Desta forma, é essencial que comece já a preparar a sua reforma, mesmo que ainda esteja longe da idade de se aposentar.

Existem no mercado Planos de Poupança Reforma (PPR) com e sem capital garantido. Como é natural, os produtos sem capital garantido tem maior possibilidade de atingirem rentabilidades superiores. Estes produtos são aconselhados para quem ainda está longe da idade da reforma, pois tem algum tempo para amortizar eventuais desvalorizações do produto. Se já está perto da idade da reforma, opte por um produto com capital garantido.

Os PPR têm também benefícios fiscais. Os valores variam consoante a sua idade e o valor aplicado:

Recorrer a créditos pessoais

Se não tiver uma poupança para fazer face a imprevistos, pode ser forçado a cometer o quinto erro, que é recorrer a créditos pessoais.

Para além das elevadas taxas de juro dos créditos pessoais, que podem atingir os 13%, deve ter em conta todos os custos que vai ter de suportar para fazer o crédito, como por exemplo, impostos, comissões, prémio de seguros, entre outros.

Fazer compras por impulso

Por último, mas não menos importante, deve evitar fazer compras por impulso. Quantas vezes já comprou algo que nunca utilizou só porque estava a bom preço ou em promoção? Pois é, talvez demasiadas vezes.

Ao fazer compras por impulso está a gastar dinheiro que, muito provavelmente, faria falta para comprar o que verdadeiramente necessita ou então para aplicar numa poupança. Assim:

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