ETF: O que são e como funcionam como opção de investimento

Um ETF (Exchange Traded Fund) é um fundo de investimento negociado na bolsa de valores, gerido de forma passiva e que segue um determinado cabaz de ativos.

Este fundo pode seguir o comportamento de vários tipos de ativos. De seguida, destacam-se os principais:

Para perceber em termos práticos como funciona um ETF, há várias composições e tipos, sendo que podem ser constituídos com ativos com pesos diferentes ou iguais.

Neste último caso, imagine um ETF que segue um índice de ações, constituído por 100 empresas em que cada uma delas tem um peso de 1%. Para replicar o índice, este fundo compra ações de cada uma das 100 empresas, aplicando o mesmo montante em cada uma. Esta é apenas uma abordagem, mas há outras.

No fim de contas, a rentabilidade do ETF acaba por ser semelhante à do índice que este segue.

Leia ainda: Ações, ETF e Fundos de investimento: mais-valias em IRS

Tipos de ETF de ações

Caso pretenda investir em ETF de ações saiba que tem à sua disposição um conjunto grande de opções, que podem ser classificadas, de acordo com vários critérios:

Note, contudo, que caso pretenda uma grande diversificação, este tipo de ETF mais ligados a um determinado setor, geografia ou estratégia não são a melhor opção para si.

No entanto, existem ETF que seguem o comportamento das bolsas mundiais no seu geral, o que pode ser interessante em termos de diversificação.

Para o ajudar na procura pelos ETF mais adequados ao seu perfil, existem motores de pesquisa gratuitos disponíveis na internet.

ETF de distribuição e de acumulação

É importante perceber também que, havendo empresas que distribuem lucros, ou seja, que pagam dividendos, ao investir num ETF de ações não significa que vai receber os dividendos distribuídos. Tudo depende do tipo de ETF em que está a investir.

Existem ETF de distribuição e de acumulação. A diferença entre ambos está na forma como os dividendos são geridos. Ou seja, no caso de um ETF de distribuição, este distribui aos seus investidores dividendos pagos pelas empresas nas quais investe. Pelo contrário, o de acumulação reinveste os dividendos recebidos nos ativos do ETF, não pagando aos investidores qualquer montante.

A escolha por um destes tipos depende do seu objetivo de investimento. Opte por um ETF de acumulação, caso tenha uma perspetiva de investimento de longo prazo. Isto porque, neste caso, o valor dos dividendos são reinvestidos de forma automática, não sendo sujeitos a imposto. Portanto, o ETF de acumulação, exponencia o efeito do juro composto, dado que reinveste valores que noutra situação seriam pagos ao Estado.

No entanto, saiba que no caso de um ETF de acumulação, apenas ganha através da sua valorização, o que se designa como mais-valia. Por oposição, no caso de um ETF de distribuição, para além das potenciais mais-valias, recebe, periodicamente, os dividendos pagos pelas empresas.

Caso queira, para além de mais-valias, ter outro tipo de rendimento mais regular e previsível, o ETF de distribuição é uma opção a considerar. Para verificar se um ETF é de distribuição ou acumulação, consulte a ficha técnica do mesmo.

Leia ainda: Porque deve optar por um fundo para investir nos mercados

Vantagens de investir num ETF de ações

Investir num ETF de ações tem um conjunto de vantagens. Assim, as mais importantes são as seguintes:

E quais são as desvantagens?

Apesar deste investimento apresentar vantagens claras, a verdade é que este também apresenta desvantagens que deve conhecer. A principal desvantagem em investir neste tipo de produtos está relacionada com o facto de serem geridos de forma 100% passiva.

Assim, caso invista num ETF diversificado, dificilmente consegue superar a performance do mercado em geral. Pelo contrário, ao investir em ações individuais selecionadas por si, ou num fundo de investimento gerido de forma ativa, pode conseguir "bater" o mercado. Claro que o inverso também é uma realidade.

Em resumo, considere o investimento em ETF de ações, na medida em que são instrumentos com rentabilidades interessantes, fáceis de investir e que não exigem grande tempo de estudo e acompanhamento, quando comparado com o investimento em ações individuais.

Leia ainda: Quer investir na bolsa de valores? 7 cuidados base a ter em conta