Como tornar o mundo mais sustentável: Guia prático para pais e filhos

Tornar o mundo mais sustentável é um passo prioritário. Percebendo essa urgência, em 2015, a Organização das Nações Unidas (ONU) criou a Agenda 2030. Esta define os 5P da Sustentabilidade e serve como documento estratégico a nível mundial. Além disso, conta com 17 ODS - Objetivos do Desenvolvimento Sustentável para os vários países cumprirem nos próximos anos.

Na verdade, tornar o mundo mais sustentável está ao alcance de todos. Pequenos gestos podem permitir poupar recursos naturais e até ser um contributo para reverter o rumo preocupante da situação atual do planeta.

Caso esteja determinado a mudar alguns hábitos e contribuir para um mundo mais sustentável, este guia para pais e filhos pode ser uma ajuda para cumprir este objetivo em família.

1 - Um mundo mais sustentável requer mudanças na alimentação

1.1 - Reduza o consumo de produtos de origem animal na dieta da família

1.2 - Compre alimentos de época e de produção local

1.3 - Dê preferência a alimentos nacionais e biológicos

1.4 - Combata o desperdício alimentar diariamente

1.5 - Compre alimentos perto do fim da validade

2 - O consumo regrado de água para um mundo mais sustentável

2.1 - Torneiras bem fechadas e água a correr só quando é necessário

2.2 - Duches rápidos e o reaproveitamento da água fria

2.3 - Atenção ao excesso de água na hora de preparar refeições

2.4 - Opte por máquinas de lavar cheias e com uma boa eficiência energética

2.5 - Instale redutores de caudal nas torneiras e reduza os gastos com o autoclismo

3 - Reduzir o consumo energético para um mundo mais sustentável

3.1 - Diga não aos aparelhos em stand-by e ligados às tomadas

3.2 - Substitua as lâmpadas da sua casa por lâmpadas LED

3.3 - Otimize as suas tarefas domésticas

3. 4 - Utilize corretamente os eletrodomésticos para um mundo mais sustentável

4 - Conforto nas deslocações vs deslocações amigas do ambiente

5 - Reutilizar é a palavra chave para um mundo mais sustentável

6 - Reduza ao máximo o seu lixo e recicle o que já não pode reutilizar

1 - Um mundo mais sustentável requer mudanças na alimentação

Fazer pequenas mudanças na alimentação é um bom ponto de partida para que a sua família contribua para um mundo mais sustentável. Afinal, a nossa alimentação tem um impacto direto no meio ambiente.

Regra geral, existem três problemas comuns na maioria das casas:

Na verdade, a evolução veio garantir-nos um acesso fácil à comida. Mas os alimentos que comemos e a forma como são produzidos (com um uso desadequado de recursos naturais) afetam o planeta. E quanto maior for o consumo, maior será o dano.

Então, como pode a sua família contribuir para esta mudança? Implementando gradualmente novos hábitos, nomeadamente:

Reduzir consumo de produtos de origem animal

A produção alimentar é responsável por 30% das emissões de gases com efeito de estufa. Os maiores responsáveis por esta emissão são os criadores de gado e a indústria dos laticínios devido à produção de metano. Dito isto, alterar a dieta da sua família é um ponto essencial se quer contribuir para um mundo mais sustentável. No entanto, esta mudança não precisa de ser imediata ou drástica.

Assim, comece por implementar em sua casa alguns dias onde não se consomem produtos de origem animal. Há um tempo atrás, não era fácil encontrar soluções vegan nos supermercados, principalmente fáceis de agradar a crianças e adultos. Mas hoje em dia não faltam soluções à base de vegetais, desde hambúrgueres, almondegas e salsichas que costumam agradam aos mais pequenos.

Contudo, não baseie a sua alimentação neste tipo de alimentos. Na internet, encontra inúmeras receitas saudáveis à base de vegetais. Reforce ainda o consumo de fruta e leguminosas.

Quanto aos dias em que come carne, tente reduzir, ao máximo, as quantidades. Lembre-se que não precisa adotar uma dieta vegetariana ou vegan. Se seguir a roda dos alimentos, a carne, o peixe e os ovos representam 5% dos alimentos a consumir por dia. Já as hortícolas e fruta representam 43%.

Ou seja, na hora de distribuir a comida pelos pratos da família, lembre-se que quase metade deve ser composta por legumes e frutas.  

Leia ainda: Sustentabilidade ambiental: 10 explicações para a urgência de mudar

Compre alimentos de época e produção local

Comprar alimentos de época só tem benefícios. Melhoram a sua alimentação (ricos a nível nutricional e com um melhor sabor), a sua carteira (como são de época/sazonais os preços tendem a ser mais acessíveis) e ainda têm um impacto benéfico na sustentabilidade do planeta.

Afinal, estes produtos não necessitam de transportes prolongados nem determinados métodos de conservação que emitem gases com efeitos de estufa. Além disso, não requerem conservantes, nem a permanência em cadeias de frio para a sua preservação.

Contudo, se pensar no mundo mais sustentável, na hora de comprar estes produtos evite as grandes cadeias alimentares. Um dos grandes focos da sustentabilidade é incentivar e apoiar a economia local e os pequenos produtores.

Assim, faça uma pesquisa sobre pequenos produtores no seu distrito. Cada vez mais, os pequenos produtores vendem produtos biológicos a particulares, através de cabazes.

Prefira alimentos nacionais e biológicos

Em termos de sustentabilidade as idas às compras assumem um papel muito importante. Logo, redobre a sua atenção ao escolher produtos e alimentos. Caso leve os seus filhos às compras, experimente um jogo de procurar alimentos e produtos com o símbolo de produto biológico ou nacional.

Por outro lado, se possível, evite comprar alimentos em embalagens desnecessárias. Leve um saco de pano de casa (guarde-o consigo na mala ou no carro) e use-o para frutas e legumes.

Combata o desperdício alimentar diariamente

Se a sua família está focada em contribuir para um mundo mais sustentável, todos os elementos vão precisar de entrar na batalha contra o desperdício. Muitas vezes, o desperdício alimentar é o um grande obstáculo a nível prático. Afinal, muitas famílias compram mais do que necessitam e até do que conseguem consumir. Logo, muitos alimentos acabam por se estragar e acabar no lixo. Já para não falar que nem sempre se aproveitam bem as sobras.

Para combater o desperdício em sua casa comece por:

Compre alimentos perto do fim da validade

Só em Portugal estima-se que anualmente um milhão de toneladas de alimentos sejam desperdiçados. O prazo de validade de certos produtos influencia bastante estes números. Muitas cadeias de hipermercados e supermercados destacam os produtos no fim da validade e vendem-nos a um preço mais reduzido.  

No entanto, esta não é a única solução no combate ao desperdício alimentar. Atualmente, existem inúmeros projetos que se focam no combate a este flagelo. E no fundo, só existem vantagens em recorrer a estes serviços, pois os alimentos não vão para o lixo e adquire produtos e refeições a um custo muito reduzido.

Pode recorrer por exemplo a aplicações gratuitas como a To Good to Go ou a Phenix, que permitem comprar a baixo custo excedentes de comida de restaurantes, pastelarias, mercearias ou supermercados. Também pode informar-se sobre o projeto Fruta Feia, que trabalha diretamente com produtores para comprar as frutas e legumes da época, mas que devido ao aspeto ou tamanho são difíceis de escoar. Os cabazes rondam os 3,60€ e os 7,20€ consoante o tamanho.

2 - O consumo regrado de água para um mundo mais sustentável

A escassez de água é um desafio a nível global. No entanto, no dia a dia, o consumo de água nem sempre é regrado, mesmo com noção que devemos poupar água.

Em Portugal, o consumo médio de água por habitante é de cerca de 189 litros. Mas este número está longe de ser o ideal. Segundo a OMS, Organização Mundial de Saúde, cada pessoa necessita entre 50 a 100 litros de água diários para fazer face às suas necessidades.

Assim, quando pensamos no nosso contributo para um mundo mais sustentável, temos de identificar a quantidade de água que consumimos. Só assim é possível ter consciência do nível de desperdício e encontrar soluções para resolvê-lo eficazmente.

Para saber a quantidade de água que a sua família consome, analise a fatura da água. Nesta, vai ter acesso ao consumo mensal na sua casa. Para apurar o valor diário, basta dividir esse consumo por 30 dias do mês. Caso queira saber quanto é que cada elemento do seu agregado familiar consome, basta dividir esse valor diário pelo número de elementos.

Se o consumo diário por elemento for superior a 100 litros, então deve implementar medidas que reduzam o consumo em sua casa. Já se estiver dentro da média, também pode recorrer às próximas dicas para otimizar, ainda mais, o seu consumo.

Leia ainda: Sabe o que é a pegada hídrica e o impacto que pode ter na sua carteira?

Torneiras bem fechadas e água a correr só quando é necessário

Parecem dicas óbvias, mas com a correria do dia a dia, nem sempre colocamos em prática os nossos conhecimentos. E muito menos quando esses conhecimentos ainda não são hábitos enraizados. No entanto, mesmo que feche bem as torneiras, será que todos os elementos da sua família têm esse cuidado?

Por exemplo, as crianças nem sempre conseguem fechar bem as torneiras. Se não estiver atento, uma torneira pode ficar a pingar durante horas. O resultado é um desperdício enorme de água e uma fatura elevada sem necessidade.

Por isso, é importante que ensine os seus filhos a fecharem bem as torneiras assim que começam a usá-las sozinhos. Além disso, relembre que devem garantir que a torneira não ficou a pingar. Embora esta dica seja para as crianças, também deve ser praticada pelos adultos.

Quanto à utilização da água nas tarefas do dia a dia e higiene pessoal, lembre-se que não há necessidade de manter a água a sempre a correr. É um desperdício significativo e um peso relevante na sua carteira.

Por isso, se está a lavar um prato, feche a água enquanto passa o detergente. Enquanto escova os dentes não precisa de ter a água a correr. O mesmo se aplica quando está a usar o champô, gel de banho, entre outros.

Resumindo, a água só deve estar a correr pelo tempo estritamente necessário para cumprir a sua função.

Duches rápidos e o reaproveitamento da água fria

Em prol de um mundo mais sustentável e da preservação de recursos naturais precisamos de fazer "pequenos sacrifícios". A troca de banhos de imersão por duches rápidos é um deles. Os banhos de imersão implicam o uso de uma quantidade elevada de água que acaba por ser desperdiçada.

Em média, um banho de imersão consome 200 litros de água. Um duche, 100 litros. Se pensar que este é o valor máximo recomendado para gastar por dia, fica ainda mais clara a necessidade de controlar o desperdício deste recurso essencial.

Além disso, é comum desperdiçarmos água enquanto esta fica à temperatura desejada para o banho. Se enquanto a água aquece colocar um balde por baixo da torneira, pode reutilizar essa água noutras tarefas. Por exemplo, pode usar para regar plantas, fazer limpezas ou até para despejar o autoclismo.

Este é um hábito que deve incutir a todos os elementos da sua família, partilhando alguns factos sobre o consumo de água de forma a sensiblizá-los (sobretudo, os mais novos).

Atenção ao excesso de água na hora de preparar refeições

Se costuma encher panelas de águas para cozinhar alimentos, provavelmente, está a utilizar água em excesso. Na verdade, cada alimento precisa de uma determinada quantidade de água para cozer. Se enche as panelas ou tachos de água sempre que coze alimentos, está a gastar água em vão.

Por isso, o melhor é informar-se sobre a quantidade certa de água para cada alimento. Depois, não precisa de deitar a água da cozedura fora. Se tiver plantas pode usá-la para a rega.

Opte por máquinas de lavar cheias e com boa eficiência energética

Se tem máquinas de lavar loiça e de roupa, a sua utilização deve ser bem pensada e gerida. Caso contrário, acaba por pagar uma fatura demasiado elevada e irá desperdiçar água em excesso. Dito isto, deve avaliar bem as suas necessidades quanto a estes eletrodomésticos.

Ou seja, pense quantas vezes precisa utilizar a máquina de lavar a loiça e a da roupa durante a semana. No entanto, avalie se costuma esperar por reunir o número de peças de roupa e loiça para encher a máquina. E porque é que deve fazer esta análise? Porque poderá poupar água se encher as suas máquinas por completo aguardando um ou dois dias.

Outro ponto importante é optar por comprar estes eletrodomésticos com uma boa eficiência energética. Embora não seja uma compra acessível (quanto mais eficientes, mais caros são), este é um investimento que trará resultados de poupança a longo prazo.

Na hora de escolher as suas máquinas de lavar roupa e loiça esteja atento à quantidade de água que consomem em cada lavagem. Por exemplo, as máquinas de lavar roupa de antigas de 5kg, consumiam mais de 200 litros por lavagem. Hoje em dia, encontrará soluções bem mais amigas do ambiente. Afinal, há máquinas de lavar roupa que consomem menos de 50 litros por lavagem. Por isso, tenha esse fator em consideração quando renovar os seus eletrodomésticos. 

Instale redutores de caudal nas torneiras e reduza gastos do autoclismo

Para terminar o tema da poupança de água, a sua família pode avaliar fazer pequenos investimentos para reduzir desperdícios. Por exemplo, existem dois pequenos investimentos que permitem alcançar uma poupança significativa de água a longo prazo:

Os compressores/redutores de caudal são instalados facilmente nas torneiras e chuveiros da sua casa. Por norma, estes acessórios tem um preço acessível para o resultado que conseguem alcançar. No fundo, estes compressores/redutores de causal regulam a pressão do ar, eliminando o excesso, poupando bastante água.

Já os autoclismos de descarga económica são um investimento mais significativo. No entanto, os resultados são bastante satisfatórios uma vez que a quantidade de água das descargas é muito inferior.

Mas se não puder fazer este investimento, existe um truque antigo que cumpre bem esta função. Basta colocar uma garrafa cheia dentro do autoclismo. Dado que ela irá ocupar um espaço significativo, acaba por reduzir a capacidade do reservatório de água. Logo, o autoclismo não enche por inteiro e utiliza menos água nas descargas.

Leia ainda: Conheça 10 dicas para poupar água em tempos de seca

3 - Reduzir o consumo energético para um mundo mais sustentável

Dados recentes mostram que o consumo em Portugal de eletricidade por fontes sustentáveis é de 51%. Embora estes dados sejam animadores, isto não significa que não seja necessário reduzir e repensar o consumo energético para um mundo mais sustentável.

Além disso, com os preços da eletricidade a subirem, todos os hábitos que permitem uma poupança de eletricidade são benéficos para o meio ambiente e para as suas finanças pessoais. Dito isto, existem algumas dicas que pode colocar em prática em sua casa.

Diga não aos aparelhos em stand-by e ligados às tomadas

Embora o consumo seja menor, se os seus eletrodomésticos e aparelhos estão com a ficha ligada a uma tomada, continuam a consumir energia.

Por exemplo, este desperdício de energia acontece quando deixa os carregadores dos telemóveis e computadores ligados a uma tomada.

Para resolver este desperdício pondere duas soluções simples. Desligar todos os aparelhos das tomadas quando não estão a ser utilizados ou comprar tomadas eficientes. Estas tomadas têm botões que permitem cortar o consumo de energia.  

No fundo são uma solução mais simples para quem não pretende estar sempre a remover todos os carregadores e fichas das tomadas. Assim, quando deixa de utilizar os aparelhos, basta carregar no notão e a tomada deixa de estar ativa.

Outro pormenor a ter atenção é a luz vermelha que fica ligada nos eletrodomésticos. Esta luz significa que o eletrodoméstico ou aparelho está em stand-by. Os aparelhos em stand-by aparentam estar desligados, mas estão a consumir pequenos níveis de eletricidade.

Se deixar um aparelho em stand-by um ano inteiro, vai consumir o mesmo que uma lâmpada acesa durante um dia e meio. Se esta for uma prática comum em sua casa, pondere mesmo desligar os aparelhos das fixas.

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Mude para lâmpadas LED

No caso de ainda não ter substituído as suas lâmpadas por soluções mais económicas e amigas do meio ambiente, pondere mesmo fazer a mudança. Não precisa de substituir todas as lâmpadas da sua casa por lâmpadas LED no mesmo mês. No entanto, pode fazer um levantamento e dividir essa despesa por alguns meses.

Relembramos alguns cuidados básicos, como apagar as luzes quando não está nessas divisões. Se tem filhos, pode atribuir-lhes a missão de controlarem as luzes que ficam acesas e até os aparelhos ligados às tomadas. Embora esta atividade possa ser realizada como uma brincadeira, é uma forma simples de os incluir na gestão energética da casa.

Otimize tarefas domésticas

No meio da correria entre o trabalho e a família, nem sempre é fácil realizar todas as tarefas domésticas de forma eficiente e sustentável. Regra geral, as tarefas domésticas vão sendo realizadas à medida que surge essa necessidade. Contudo, se planear certas tarefas domésticas consegue traçar uma estratégia mais produtiva e que gasta menos recursos energéticos.

Por exemplo, se opta por passar a roupa todos os dias, pode implementar uma estratégia mais amiga do ambiente. Escolha um ou dois dias por semana e passe a maior quantidade de peças possíveis. Ou seja, desta forma não tem de ligar o ferro de engomar várias vezes, o que significa que vai poupar energia.

Utilize corretamente os eletrodomésticos para um mundo mais sustentável

Existem, cada vez mais, aparelhos e eletrodomésticos com modos de poupança de energia ou recomendações de como poupar. Por isso, sempre que compra um aparelho ou eletrodoméstico deve ler bem o manual de instruções e procurar por este tipo de informação.

Além disso, a forma como utiliza os aparelhos e eletrodomésticos também influencia o desempenho dos mesmos. Por exemplo, o frigorífico é um dos eletrodomésticos que consome mais energia. Assim, evite abrir a porta várias vezes seguidas, ter a sua temperatura regulada abaixo dos 3ºC, e não coloque alimentos mornos no interior.

Por fim, sempre que precisa de adquirir um novo eletrodoméstico ou aparelho, analise a etiqueta energética e tente escolher dentro do seu orçamento a solução mais eficiente.

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4 - Conforto nas deslocações vs deslocações amigas do ambiente

Atualmente, a maioria das pessoas tem consciência de que as deslocações de carro (e não só) causam graves problemas ambientais. Segundo a Agência Internacional de Energia, os transportes são responsáveis por quase um quarto das emissões de gases com efeito de estufa.

No entanto, há veículos mais poluentes do que outros. Todos os veículos que queimam combustíveis fósseis são mais prejudiciais para o meio ambiente. Por isso, se tem um carro a gasolina ou a gasóleo, talvez esteja na hora de repensar as suas deslocações regulares.

Contudo, é normal que crie alguns entraves a esta mudança. Dado que as deslocações de carro são mais confortáveis do que outros meios mais amigos do meio ambiente, pese as suas prioridades e a vontade de contribuir para um mundo mais sustentável. Mas se precisar de ajuda para decidir, conheça algumas alternativas para as suas deslocações.

5 - Reutilizar é a palavra chave para um mundo mais sustentável

Depois de décadas de um consumo abusivo dos recursos naturais por parte do ser humano, o planeta enfrenta problemas de poluição, destruição de ecossistemas, excesso de lixo e escassez de recursos. Logo, é preciso repensar naquilo que é essencial comprar, o que podemos rentabilizar e reutilizar, e a forma como vamos desfazer-nos de certos produtos.

A produção de roupa consome recursos naturais e muitas peças largam microplásticos nas lavagens que vão acabar por chegar ao mar. Além disso, Segundo a Agência Portuguesa do Ambiente, em 2017, foram deitadas fora mais de 200 mil toneladas de roupa. 

Uma solução para atenuar este problema é comprar peças que combinem com vários outfits e adquirir roupa em segunda mão. Já para evitar o desperdício dos recursos utilizados na produção de roupa, opte por reciclar aquilo que está estragado (uma t-shirt pode virar um pano giro para limpezas) e doe ou venda as peças em bom estado que já não pretende usar. O mesmo se aplica a vários outros itens, feitos à base de papel e plástico.

Quanto ao papel, não imprima nada que não seja necessário. Afinal, na época digital que vivemos a impressão é cada vez menos necessária. Mas caso tenha que imprimir, utilize a impressão de duas faces. Posteriormente, quando já não precisar desse papel, utilize-o para rascunhos, listas de tarefas ou para o seu filho desenhar.

Já em relação às embalagens de plástico ou de vidro, lembre-se que pode dar-lhes uma nova vida. Na internet pode encontrar várias ideias para decorar a sua casa a partir de embalagens e itens que outrora acabariam no lixo ou num ecoponto. Também pode criar brinquedos em conjunto com os seus filhos. Esta é uma excelente atividade para toda a família.

6 - Reduza ao máximo o seu lixo e recicle o que já não pode reutilizar

Por último, é essencial que saiba que é urgente diminuir a quantidade de lixo que produzimos. Ao contrário do que pode pensar, este problema dura há tantos anos que a reciclagem acabou por ser uma opção viável para evitar a acumulação de resíduos. Ou seja, reciclar é essencial, mas não soluciona a quantidade alarmante de lixo produzido pelos quatro cantos do mundo.

E caso esteja a pensar como é que pode diminuir a quantidade de lixo que a sua família produz, existem algumas medidas que pode implementar, como:

Todo o lixo impossível de evitar deve ser reciclado corretamente. Informe-se bem sobre o que pode ser reciclado, quais os ecopontos corretos, e pontos de entrega para certos itens, como pilhas, óleos alimentares, etc.

Lembre-se que um mundo mais sustentável implica uma mudança de mentalidade. Por isso, quanto mais souber sobre este tema, melhor será o seu contributo para o nosso planeta.

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