Consolidação de créditos: Saiba o que fazer com a poupança gerada

A consolidação de créditos pode gerar poupanças significativas, que lhe permitem investir no futuro. Neste artigo, vamos explicar-lhe como funciona e dar-lhe pistas de como poderá usar as poupanças geradas.

O que é um crédito consolidado?  

A consolidação de créditos é juntar todos os créditos que tem – como o crédito automóvel, cartões de créditos e outros créditos ao consumo - num só. Esta opção dá-lhe acesso a taxas de juro mais acessíveis, quando comparado com a taxa de juro média dos seus empréstimos. Além disso, tem uma única prestação, paga num único dia, em vez de ter várias prestações a caírem na sua conta ao longo do mês.

Por outro lado, quando consolida créditos, o prazo do novo financiamento é, por regra, maior.

Em suma, o crédito consolidado é um crédito pessoal que lhe permite liquidar todos os outros créditos, sem piorar as condições atuais, muito antes pelo contrário. 

Com esta consolidação é possível reduzir as suas despesas mensais e usar esse orçamento de forma a gerar mais poupança.

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A consolidação de crédito está ao alcance de todos?

Não. O crédito consolidado não é para quem deixou de conseguir pagar as prestações. Na verdade, quem tiver entrado em incumprimento com uma instituição financeira e tenha o seu nome na chamada "lista negra" do Banco de Portugal não pode recorrer à consolidação de crédito. Nestes casos, as pessoas que entraram em incumprimento terão de renegociar os seus empréstimos diretamente com a instituição e regularizar a sua situação. Só depois disso, e de verem o seu nome sair da lista do Banco de Portugal, poderão recorrer novamente a financiamento.

Já para as outras pessoas, que tenham mais do que um empréstimo, esta solução é uma opção a ter em conta, uma vez que, tal como referido anteriormente, pode gerar poupanças significativas.

O que fazer com a poupança do meu crédito consolidado? 

Cada caso será diferente, pelo que o nível de poupança conseguida também dependerá da situação. Mas o importante é ter presente que a consolidação vai sempre resultar em poupança e o passo a seguir é definir o que pode fazer com ela. Deixamos aqui algumas dicas para aplicar esse montante: 

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Que cuidados devo ter depois de consolidar os meus créditos? 

O segredo é não ceder à tentação. Deve mesmo tomar uma atitude consciente e evitar pedir mais financiamento. Por isso, e para ajudá-lo nesta missão, é essencial que:  

Leia ainda: O que não deve fazer quando consolida os seus créditos

Poupanças podem ascender a 60%

A dimensão da poupança dependerá sempre do caso em concreto. Mas é possível reduzir os encargos de forma considerável. Em alguns casos a poupança supera mesmo os 60%, ainda que, este valor não seja o habitual.

Conseguimos exemplificar os benefícios através de um caso real, de forma a perceber melhor o que se consegue ao "arrumar" a carteira.

A Mafalda e o Luís (nomes fictícios) tinham empréstimos no total de 87.219,06€, incluindo habitação. Este montante representava uma taxa de esforço de 72% - ou seja, mais de 70% do rendimento do casal estava alocado ao pagamento de financiamento.

Neste caso, uma vez que as suas condições no crédito habitação eram competitivas (com um spread de 0,2%), optaram por manter este financiamento fora do “pacote” consolidação. Assim, agruparam os restantes empréstimos, num total de 66.700€. O encargo mensal que tinham com estes financiamentos dispersos por várias entidades financeiras era de 1.557,89 euros. Depois da consolidação conseguiram gerar uma poupança de 33%, com a prestação a descer para 1.031,07€.

Com uma poupança anual superior a 6.000€ este casal conseguiu amortizar os seus empréstimos e criar uma poupança.

Como posso saber se o crédito consolidado é uma mais valia para mim? 

Simule. Hoje em dia, com o avanço tecnológico, tem tudo à distância de um clique. Em vez perder tempo a deslocar-se a todas as entidades financeiras da sua zona, pode fazer simulações online, tornando todo o processo mais fácil, cómodo e rápido. 

Antes de avançar com a contratação de um crédito, seja ele consolidado ou de outra natureza, deve sempre fazer mais do que uma simulação e comparar. Através desta simulação vai perceber quanto pode poupar, qual a nova taxa de juro, o prazo e a prestação final.  

Além disso, atualmente tem ainda a opção de recorrer a um intermediário financeiro e isso não tem qualquer custo. Pode expor o seu caso e o intermediário encontra a solução que melhor se adapta ao seu caso. E de forma gratuita, uma vez que quem paga a estes agentes são as próprias instituições financeiras.