Networking, inato ou adquirido?

O que é, afinal, o networking? E o que pode fazer para melhorar a capacidade de criar relações autênticas e construir pontes?

É certo, sabido e escrito em variadíssimos livros que a capacidade de manter e desenvolver um bom círculo de influência pode ser a chave do sucesso para dar a conhecer e alavancar a sua marca sem depender apenas dos canais offline e online.

Networking não é (apenas) inato

Há pessoas que se consideram ou são consideradas networkers inatas. Mas a capacidade de ser um networker não é apenas inata. Aprende-se e trabalha-se para saber como dominar a arte de se fazer notar, de se conectar, de se alinhar, de ouvir, ouvir, ouvir, e só depois conversar, sempre com o intuito de criar relações autênticas e pontes válidas.

Networking não é vender

Nem é conhecer o máximo de pessoas, também não é fingir um papel, nem é utilizar a persuasão de forma mecanizada. Isso pura e simplesmente não funciona. Networking é saber focar na relação e não apenas na venda.

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Networking é empatia e rapport

A relação abre portas e torna mais fácil a conversão mais à frente. A base do networking não é focar na venda, ou na obtenção de vantagem, mas saber como criar pontes de interesse comuns para que haja possibilidade de criar valor, recomendação ou referenciação para um caminho ou negócio.

Mas…além da empatia e do clássico rapport, que são fatores indispensáveis para qualquer networker e comunicação eficiente que se queira fazer, será que existem mais pontos a não subestimar na nossa comunicação?

Eu diria que sim, e não sou o único a dizê-lo.

Fruto de várias leituras sobre o assunto, algumas formações específicas e, principalmente, de experiência e prática constante de networking, acrescento quatro pontos que podem melhorar a capacidade inata de fazer networking:

Falar no momento certo

O pontapé de saída em relação à sua entrada numa conversa deverá ser muito bem escolhido. Seja numa mesa de jantar, num convívio ou numa reunião, o sentido de oportunidade existe não apenas para criar uma boa primeira impressão, como também para ser aceite e considerado dentro do círculo onde se está a estrear. O pior momento de pensar sobre aquilo que vai dizer é o momento em que já está a dizê-lo. Por isso, pense, observe, valide a comunicação dos outros, verifique se a sua intervenção é oportuna e espere que os outros terminem de falar para ser assertivo quando entrar na conversa.

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A curiosidade estimula a conversação

Muitos autores definem a curiosidade como uma das características humanas mais implacáveis na persuasão e é no despertar do interesse do outro que está a magia. Utilize a curiosidade sempre que lhe seja útil e oportuno num diálogo. Por exemplo, não diga quem é, em vez disso, refira de onde veio. Não diga qual é a sua função, em vez disso, diga como ajuda as pessoas em algo. Não conte logo a sua história, em vez disso, fale da sua missão ou visão. Coloque o outro com vontade de conhecer mais sobre si.

A sua realidade não é a realidade dos outros

Uma das coisas mais divertidas numa conversação é descobrir que as pessoas têm ideais e pensamentos diferentes dos seus e, por isso, têm os seus próprios interesses, posições e razões para fazer algo. Respeite, considere, ponha-se no lugar do outro, compreenda que existem pontos de vista diferentes do seu, explore e reenquadre para saber como encontrar pontos de conexão e não de divergência.

Perguntas, perguntas, perguntas…

Desperte a curiosidade, mas seja curioso. Quem lidera uma conversa é quem faz as perguntas. Quando fizer isso, vai ter tempo suficiente para analisar as respostas e a forma como são dadas, vai descobrir muitas coisas sobre o outro que poderão ser úteis para fazer pontes e vai, principalmente, demonstrar interesse pelo outro. Lembre-se, as pessoas adoram ser consideradas, ouvidas e compreendidas nas suas histórias e situações.

Networking não é, como disse, apenas inato. É adquirido ao aprender não apenas a estar com os outros, mas principalmente a saber estar com os outros.  

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“O imobiliário é a minha vida e a minha vida é lidar com pessoas.” A viver em Lisboa e a trabalhar em Portugal, Espanha e Itália, Massimo Forte é acima de tudo um apaixonado pela área do imobiliário, um negócio que considera ser de pessoas para pessoas. Com mais de 25 anos de experiência nas maiores empresas de mediação imobiliária, hoje dedica-se a consultoria, formação e partilha de conhecimento como um dos maiores Real Estate Influencers em Portugal.

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