Esta dica só se aplica a quem tem gás natural em casa. Muito sinceramente, não encontro nenhuma razão relevante para ainda não ter mudado para o mercado regulado do gás. É a opção mais barata em Portugal, há praticamente dois anos.
Ou seja, se ainda não mudou, há dois anos que anda a desperdiçar dinheiro sem nenhuma necessidade. Quer perceber como pode baixar a sua fatura de gás para quase metade?
Como poupar na fatura do gás
A fatura do gás é talvez a que menos preocupa os portugueses porque normalmente é (era) uma das mais baixas. Mesmo que o preço fosse caro, não era um valor muito relevante. Isso mudou. Em alguns casos, duplicou ou até triplicou. E as pessoas passaram a preocupar-se mais. Mas mesmo assim, não sabem para onde mudar. Vou explicar qual é a alternativa e depois você decide.
Sugiro que olhe com muita atenção para a sua fatura do gás. No momento em que escrevo esta crónica, o preço mais barato do gás em Portugal continua a ser no mercado regulado.
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As 12 empresas do mercado regulado
Em cada região do país existe um comercializador de último recurso (CUR) que garante o fornecimento de gás natural aos consumidores no mercado regulado. É o que podemos chamar o “gás do Estado”. Contacte a da sua zona e avalie transferir o seu contrato. Basta ir à página de internet delas e preencher o formulário de adesão ao contrato e elas tratam de tudo. A empresa tem de ter CUR no nome, para ser regulado.
Beiragás – Companhia de Gás das Beiras
Dianagás – Sociedade Distribuidora de Gás Natural de Évora
Duriensegás – Sociedade Distribuidora de Gás Natural do Douro
EDP Gás Serviço Universal (Grande Porto)
Lisboagás Comercialização
Lusitaniagás Comercialização
Medigás – Sociedade Distribuidora de Gás Natural do Algarve
Paxgás – Sociedade Distribuidora de Gás Natural de Beja
Setgás Comercialização
Sonorgás – Sociedade de Gás do Norte
Tagusgás – Empresa de Gás do Vale do Tejo
Transgás
Para saber qual é a “sua” empresa de gás, basta inserir o seu código postal no simulador de preços de gás na página da ERSE. Depois, é só seguir os passos.
Olhe para a sua fatura do gás e veja o preço que está a pagar atualmente. Se o kWh que está a pagar é superior a 7 cêntimos, está a abrir a carteira todos os meses na sua janela e a deitar dinheiro para a rua. No mercado regulado do gás, está a cerca de 5 cêntimos e meio. E as mais caras estão a cobrar acima de 10 cêntimos. Como vê, é quase o dobro.
É aproveitar enquanto está com estes preços. Não se deixe levar pela preguiça, como muitos que não mudaram para o mercado indexado da eletricidade - como avisei também - e quando arranjaram "coragem" para ter eletricidade de graça, acabou...
Recordo que estes valores não levam em conta descontos adicionais, nem promoções, nem "códigos amigo". Ou seja, é você que tem de ver se há melhores alternativas no mercado que compensem ter um tarifário mais caro, mas que no fim de cada mês saia a ganhar devido a essas ofertas condicionadas. Em alguns casos vale a pena pagar mais o kWh, mas no final ter um desconto líquido maior. O que conta realmente é quanto é que sai da sua conta bancária a cada mês. Faça as suas contas.
Como verifiquei que os descontos que tinha por ter eletricidade e gás juntos deixou de compensar, mudei recentemente para o gás regulado. Aguardo a primeira fatura. Já fiz a transição e considerei o processo muito simples.
Perca o medo e a preguiça de mudar de empresa. São só uns cliques. É assim tão difícil?
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Pedro Andersson nasceu em 1973 e apaixonou-se pelo jornalismo ainda adolescente, na Rádio Clube da Covilhã. Licenciou-se em Comunicação Social, na Universidade da Beira Interior, e começou a carreira profissional na TSF. Em 2000, foi convidado para ser um dos jornalistas fundadores da SIC Notícias. Atualmente, continua na SIC, como jornalista coordenador, e é responsável desde 2011 pela rubrica "Contas-Poupança", dedicada às finanças pessoais. Tenta levar a realidade do dia a dia para as reportagens que realiza.
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