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Culturas regenerativas: A sustentabilidade é só o ponto de partida

Culturas regenerativas, o que são? Saiba que prometem transformar o planeta através de benefícios integrados na natureza e em si próprio.

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Culturas regenerativas: A sustentabilidade é só o ponto de partida

Culturas regenerativas, o que são? Saiba que prometem transformar o planeta através de benefícios integrados na natureza e em si próprio.

Será que os nossos comportamentos podem ser mais do que sustentáveis e regenerarem a própria natureza? Esta é a ideia que está por detrás das culturas regenerativas. Ou seja, a sustentabilidade visa um impacto neutro das atividades humanas no ambiente, sendo que a regeneração propõe que esse impacto seja positivo.

Assim, a sustentabilidade não é um fim em si mesma, mas sim um ponto de partida para algo maior, a regeneração.

Em vez de compensar comportamentos que resultem em danos ambientais, a a aposta é na transformação dos modelos de produção e de consumo de forma a gerarem impactos positivos (regenerativos) na natureza.

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Culturas regenerativas, em que consistem?

O termo cultura regenerativa foi inicialmente cunhado por Daniel Wahl, autor do livro Designing Regenerative Cultures. Segundo o autor, cultura regenerativa é aquela que "cuida do planeta e da vida com a consciência de que esta é a maneira mais eficaz de criar um futuro próspero para toda a humanidade". É saudável, resiliente e adaptável.

Sustentabilidade vs regeneração

A sustentabilidade, segundo Wahl, é uma condição necessária, porém não suficiente para a criação de um futuro próspero e de empresas mais resilientes. A inovaçao transformadora é a pedra de toque das culturas regenerativas.

Como funciona? Não bastam as inovações disruptivas porque não criam um sistema novo. É necessário produzir projetos de sistemas regenerativos inteiros, liderança regenerativa e educação para o desenvolvimento regenerativo e regeneração biorregional.

Uma cultura regenerativa é resiliente, saudável, adaptável e descreve a capacidade de recuperar funções vitais básicas e de reação a qualquer tipo de colapso temporário ou crise.

Já a sustentabilidade, embora essencial, apresenta-se com uma perspetiva sistémica e não de mudança de paradigma.

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jovem rapaz no meio na natureza, contempla a floresta densa e alta

Regenerar: uma nova mentalidade

Desde logo, a visão regenerativa propõe uma mudança de perspetiva: o Homem não está separado da Natureza, faz parte dela. Segundo esta lógica passamos de um sistema neutro, em que a atividade humana não causa nenhum dano ao meio ambiente, para um outro no qual o objetivo é trazer benefícios para a natureza, ou seja, para si mesmo.

Visão de alinhamento

Por outro lado, também pode ser considerada como uma visão de hierarquia, segundo a qual os sistemas vivos estão contidos dentro uns dos outros. Por exemplo, uma abelha faz parte de uma colmeia, dentro de um ecossistema, dentro de um bioma, numa bioregião, na Terra.

É da combinação da singularidade de cada ser vivo e do seu potencial, em respeito pelos outros seres vivos que, segundo a teoria das culturas regenerativas, se alcança o desenvolvimento.

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Adaptabilidade

Produzir o mesmo com menos recursos, ou mais com os mesmos recursos, é trabalhar para o bem comum, e é também uma estratégia de adaptabilidade. A mentalidade de adaptação deve estar presente desde o momento em que um produto ou serviço é pensado até ao momento em que é consumido.

Desde o design, aos materiais de produção, ao tratamento das embalagens ou aos resíduos que a produção do bem ou serviço implicam, tudo deve ser pensado de forma a serem adaptáveis e numa lógica de economia circular.

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Mudanças essenciais

Esta mudança de paradigma, na prática, requer o recurso a matérias-primas biológicas renováveis e regeneráveis, bem como o aumento radical na reciclagem desses recursos.

O setor da alimentação, por exemplo, pode ser um dos mais impactados pelas culturas regenerativas. É também aquele que mais pode disseminar essa nova abordagem à sociedade, através do consumo. Esse impacto é notório ao longo de toda a cadeia de produção, transformação e venda até chegar ao consumidor (agricultura, agro-indústria e retalhistas).

Segundo o estudo da Fundação Ellen MacArthur The big food redesign – regenerating nature with the circular economy através da aplicação de práticas regenerativas é possível redesenhar a alimentação e, assim, contribuir positiva e ativamente para regenerar a natureza. Basta que o que consumimos e produzimos seja redesenhado nesse sentido.

A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.

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