As prestações de crédito habitação que atualizam em março vão registar um ligeiro recuo, com exceção dos contratos indexados à Euribor a 12 meses. Neste caso, a descida só deverá acontecer depois do ciclo que agora inicia, ou seja, no próximo ano. E isto se, até lá, o Banco Central Europeu (BCE) decidir aliviar as taxas diretoras.

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Descidas vão ser muito progressivas

Não se perspetiva uma queda abruta das taxas de juro, pelo menos enquanto o BCE não descer efetivamente os juros de referência. Atualmente estão nos 4% e não há certezas sobre quando poderão baixar.
Neste momento, as descidas não chegam a 1%. Considerando um crédito habitação de 200 mil euros, a 30 anos, com um spread de 1%, a prestação recua 5,37 euros em março - caso a Euribor aplicada seja a 3 meses. No caso de a maturidade da taxa indexada ser 6 meses, o recuo é de 6,21 euros. O pior cenário é para os contratos com Euribor a 12 meses que, apesar de ser a taxa mais baixa no momento, ainda agrava as prestações - neste caso em cerca de 32 euros.

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Que alternativas existem para quem precisa de reduzir a prestação?

Há muitas variáveis a analisar num crédito habitação. No entanto, neste momento, e com a grande maioria dos créditos já negociados com spreads competitivos, a alternativa pode passar por fixar a taxa por um período limitado - ou seja, recorrer à taxa mista. Esta solução permite reduzir o juro para 3% ou menos (o que representa uma diferença de mais de um ponto percentual face à taxa variável, composta por Euribor + spread). Apesar de estarmos num cenário de alívio gradual da pressão das taxas, esta solução garante alguma estabilidade pelo período da taxa fixa - que pode ir dos 12 meses aos 5 ou 10 anos.
Além disso, mudar para uma taxa mista permite uma poupança imediata, enquanto na taxa variável é necessário aguardar pelo fim de ciclo (3, 6 ou 12 meses) para poder ver a prestação revista.

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