Investimentos

3 mitos sobre investimentos

Desmistificamos algumas ideias sobre investimentos com a ajuda do Chief Investment Officer e do Chief Academic Officer do Doutor Finanças.

Investimentos

3 mitos sobre investimentos

Desmistificamos algumas ideias sobre investimentos com a ajuda do Chief Investment Officer e do Chief Academic Officer do Doutor Finanças.

Investir é fundamental para atingir a liberdade financeira. Ao aplicar uma parte do dinheiro em produtos de poupança e investimento estamos a contribuir para um futuro mais confortável. Ainda assim, muitos de nós não chegam a dar este passo.

Uns porque consideram que as poupanças acumuladas chegam para manter o nível de vida na reforma, outros por medo de perder todo o dinheiro ou por pensar que este é um mundo reservado aos especialistas em finanças.

Assim, vamos descontruir algumas ideias com a ajuda do Chief Investment Officer e do Chief Academic Officer do Doutor Finanças, Nuno Leal e Sérgio Cardoso. Até porque, dizem, "nos investimentos, o que há mais são mitos".

1. Poupar é suficiente para atingir o bem-estar financeiro

Várias vezes destacamos a importância de poupar para conseguir dar mais folga à carteira no dia a dia. E embora seja importante, poupar, só por si, não chega. Esta é, de resto, uma ideia passada por Sérgio Cardoso: "Os portugueses poupam pouco e isso não é suficiente, por si, para garantir bem-estar financeiro no futuro".

E, aqui, há um fenómeno que salta à vista e que ajuda a explicar porque é importante investir: a inflação.

"Se não fizermos nada com o nosso dinheiro, todos os anos perdemos poder de compra. Com uma taxa de inflação média de 3%, em 25 anos perdemos metade do poder de compra", diz o Chief Academic Officer do Doutor Finanças.

Ao mesmo tempo, é importante visualizar a diferença entre investir e não investir. Quem, aos 25 anos, começar a poupar 100 euros por mês, sem aplicar esse montante, chega à idade da reforma com um pé de meia de 39.600 euros. Com um orçamento mensal de 1.000 euros, o valor acumulado será suficiente para cerca de três anos e quatro meses.

Por outro lado, se esses 100 euros forem aplicados em produtos financeiros com retorno equivalente à taxa de inflação, o capital acumulado no mesmo prazo sobe para 91.719 euros. Gastando os mesmos 1.000 euros por mês, o dinheiro será suficiente para cerca de sete anos e oito meses. Um cenário muito mais animador.

"Investir em produtos que acompanhem a taxa de inflação é o mínimo que se deve fazer", explica Sérgio Cardoso. Esta ideia é reforçada por um estudo da Comissão Europeia que prevê que quem se reformar em Portugal em 2045 irá receber de pensão menos de metade do que aquilo que ganhava: 48,2%.

Leia ainda: Como fazer crescer o meu dinheiro para a reforma?

2. Investir é apenas para quem estuda finanças ou economia

Há quem considere que investir é apenas para as pessoas especialistas em tópicos como finanças ou economia. No entanto, "investir é para toda a gente", destaca Nuno Leal, Chief Investment Officer do Doutor Finanças.

Ainda assim, diz que o desconhecimento e receio que muitas pessoas sentem em relação a esta área pode estar mesmo relacionado com o tipo de formação... ou falta dela. "Arrisco-me a dizer que só nos cursos de gestão, economia e finanças é que as pessoas começam a perceber a corrosão que a inflação faz ao dinheiro", afirma.

Esta perceção é partilhada por Sérgio Cardoso: "Na Academia Doutor Finanças, as faculdades que fazem mais pedidos para formações sobre finanças pessoais são as de contabilidade, gestão e economia. As restantes, na sua grande maioria, ainda não estão despertas para a temática".

Para Nuno Leal, "os investimentos dependem mais do comportamento do que do conhecimento", mas deixa um alerta: "Só não posso não saber nada e apostar numa coisa qualquer. Tenho de me informar e compreender minimamente".

De resto, afirma, "há produtos financeiros para todos os perfis e necessidades", desde ações e fundos de investimento até certificados de aforro e seguros de capitalização.

Leia ainda: 5 investimentos seguros para colocar o seu dinheiro

3. Posso perder todas as minhas poupanças em investimentos

Embora comece por afirmar que "no limite, isto é verdade", Nuno Leal esclarece que "depende sempre do nível de risco que se procura". Isto porque, como acabámos de ver, existem produtos para todos os perfis de investidor, alguns deles com garantia de capital, como os certificados de aforro, por exemplo.

"Quando pretendo mais garantia de capital, vou obter retornos mais próximos da taxa de inflação. Se arriscar mais e me mantiver no mercado, é mais provável ter um ganho superlativo", diz.

A este propósito, Sérgio Cardoso afirma que "o que não existe é risco reduzido com retorno elevado". O Chief Academic Officer do Doutor Finanças dá ainda um exemplo: "O cidadão comum, que não percebe tanto do tema nem tem tanto tempo, pode investir em fundos que repliquem índices como o Nasdaq, o Dow Jones ou o S&P 500".

Por fim, os dois membros da Comissão Executiva do Doutor Finanças partilham bons princípios na hora de investir:

  • Identificar o objetivo do investimento;
  • Conhecer o perfil de investidor;
  • Diversificar os investimentos;
  • Ter paciência.

"Princípios básicos: diversificar e ter paciência. É importante conhecermos o nosso perfil de investidor, se é mais conservador ou mais dinâmico. E saber para que é que se quer investir: se é para reforma, para comprar casa ou carro. Isso também vai definir o tipo de produto em que se deve colocar o dinheiro", afirma Sérgio Cardoso.

Importante, diz Nuno Leal, é "não cometer o erro de querer ganhar tudo para ontem, porque isso vai correr mal".

Leia ainda: Começar a investir: Passo-a-passo e os cuidados a ter

A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.

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