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Bolsa de Valores: Quais as principais regras para fazer bons investimentos?

Investir na bolsa de valores é um processo simples. No entanto, é preciso ter em conta algumas regras para fazer bons investimentos. Isabel Ucha, CEO da Euronext, enumera três princípios que considera fundamentais.

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Bolsa de Valores: Quais as principais regras para fazer bons investimentos?

Investir na bolsa de valores é um processo simples. No entanto, é preciso ter em conta algumas regras para fazer bons investimentos. Isabel Ucha, CEO da Euronext, enumera três princípios que considera fundamentais.

Negociar em bolsa é, hoje em dia, uma operação simples na ótica do investidor. O processo está totalmente digitalizado de forma a facilitar as operações. Ainda assim, há algumas recomendações que devem ser seguidas para tirar melhor partido dos seus investimentos.  

“Seja no seu telemóvel, no seu tablet ou computador pessoal, esteja na praia, no campo, no banco do jardim ou sentado no sofá da sala, com dois ou três cliques compra e vende ações”, explica Isabel Ucha, CEO da Euronext Lisbon, empresa que gere a bolsa de valores, durante a sua entrevista no Conversas sem Preço.

Mas, apesar de as operações serem simples do ponto de vista do investidor, quando o tema é negociar em bolsa, é preciso ter em conta algumas recomendações. Isabel Ucha enumera três regras fundamentais.  

Leia ainda: Como investir: os primeiros passos para a liberdade financeira 

Perceber onde está a colocar o seu dinheiro 

A primeira regra a considerar é perceber que existem instrumentos simples e instrumentos complexos onde se pode investir. Consideram-se instrumentos simples, por exemplo, as ações e as obrigações

Ao investir em ações, está a comprar parte do capital da empresa. No caso das obrigações, ao investir é como se estivesse a emprestar dinheiro às empresas ou ao Estado. 

“Não são instrumentos sem risco, mas são instrumentos simples”, sublinha Isabel Ucha.  

Quanto aos instrumentos complexos, estes podem ser, por exemplo, obrigações estruturadas, contratos de seguro ligados a fundos de investimento, exchange trade funds (ETF), entre outros. Estes instrumentos podem gerar elevados retornos, aportando por isso um maior risco para os investidores.  

“Esses produtos exigem um conhecimento mais específico e técnico para que os investidores depois não se sintam defraudados com o resultado que vão obter”, explica. 

Leia ainda: O bê-à-bá do investimento 

Estar informado 

É essencial perceber sobre aquilo que está a investir. Se não tem disponibilidade para se informar sobre o funcionamento das empresas ou dos produtos, é aconselhável pedir ajuda profissional

“Um investidor que não é bem informado ou não percebe bem aquilo em que está a investir, o melhor é não investir ou então pedir um conselho a alguém que efetivamente perceba para orientar o seu investimento”, defende Isabel Ucha.  

Esta é uma regra fundamental a ter em conta, uma vez que conhecer aquilo em que está a investir vai permitir uma melhor gestão de expectativas relativamente ao retorno.   

Diversificar 

Por fim, mas não menos importante, deve diversificar o seu investimento. E o que é que isto quer dizer? Em vez de aplicar todo o dinheiro que pretende investir num só ativo, deve distribui-lo numa carteira de investimentos.  

A diversificação pode dividir-se em três vertentes: geográfica, de segmentos e ativos. A geográfica permite ter exposição a diferentes mercados. A diversificação de segmentos relaciona-se com a forma como constitui a carteira e o seu nível de risco.  E a segmentação de ativos tem a ver com o ativo em que se investe.  

Esta é uma regra fundamental para minimizar o risco do seu investimento.  

“Negociar em bolsa sim, mas com uma perspetiva de médio longo prazo” 

Isabel Ucha alerta também para a volatilidade da bolsa de valores. Tal como acontece na economia, a bolsa também está sujeita a ciclos. “Há ciclos que normalmente tendem a acompanhar os ciclos económicos, mas são muitas vezes até mais pronunciados”, explica. 

Por essa razão, investir na bolsa de valores deve ser uma decisão ponderada e informada. É importante encarar este tipo de investimento com uma perspetiva de médio/longo prazo.  

"Há duas condições muito simples: primeiro temos de escolher bem o momento em que vamos investir e depois termos a flexibilidade para não termos de vender e não nos assustarmos quando o mercado está cá em baixo e esperar que ele recupere para depois vender”, explica, destacando a importância do apoio profissional. 

Isabel Ucha admite que não conhece nenhum investimento que não exija esforço. Ao investir, numa atividade empresarial, está a investir no valor que é gerado pela mesma. E as empresas precisam de tempo para que os projetos gerem retorno.  

“Eu não conheço investimento nenhum que, para gerar retorno, não exija muito sangue, suor e lágrimas e demora tempo”.   

Leia ainda: Saiba onde investir consoante o seu perfil de risco 

A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.

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