Apesar de ser um instrumento de investimento e poupança concebido a pensar na velhice, o PPR - Plano de Poupança Reforma também pode ser a resposta para os pais que decidem fazer uma poupança para os seus filhos.
Na verdade, o PPR pode ser criado e gerido como uma poupança a médio prazo, já que, ao contrário do que muitas pessoas consideram, quando investimos num PPR não temos de esperar pela idade da reforma para resgatar o investimento, e podemos mesmo beneficiar de um retorno superior ao de um depósito a prazo. Tudo depende das condições expressas no contrato do produto que escolher, as quais vão ditar a possibilidade de resgatar o dinheiro e não ser penalizado.
Assim, se pretende avançar com este investimento, saiba que, efetivamente, pode fazer um PPR em nome do seu filho. Contudo, também pode fazer o PPR para o seu filho e decidir que fica em nome de um dos pais. Explicamos, de seguida, o que deve ter em conta de forma a tomar a melhor decisão financeira para a sua situação.
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Subscrever um PPR em nome do meu filho: Como funciona?
Desde logo, para fazer um PPR em nome do seu filho, só poderá fazê-lo se for um PPR sob a forma de fundo de investimento, e não um seguro PPR. Os fundos PPR têm diferentes graus de risco e são um investimento a longo prazo com uma grande flexibilidade na hora de resgatar o seu PPR. Neste caso, é uma vantagem o facto de ser um investimento diversificado, particularmente em ações e obrigações, ideal para o longo prazo.
Assim, pode subscrever o PPR em nome da criança e esta vai ficar como titular. E enquanto o seu filho não tiver rendimentos, naturalmente, não vai poder usufruir dos benefícios em sede de IRS.
Como vai estar a poupar para um menor, as vantagens vão desde a possibilidade de poder fazer entregas periódicas ou não programadas, até à possibilidade de o seu filho vir a resgatar o dinheiro, sem penalizações fiscais.
Por outro lado, pode ponderar a possibilidade de ficar um dos pais como titular do PPR, ainda que a criança seja o beneficiário. Nesta situação, o titular do PPR vai usufruir dos benefícios fiscais, ao nível das deduções no IRS.
Por último, salientamos que o facto de o PPR ter como titular um dos pais significa que, no futuro, não pode transferir esta titularidade para o seu filho de forma direta. Ou seja, vai ser necessário fazer o resgate do PPR e avançar para uma nova subscrição já em nome do seu filho.
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A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.
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