Finanças pessoais

Como posso ajudar os meus filhos a lidar com o dinheiro?

É importante desde criança saber lidar com o dinheiro. Se tem filhos, saiba como pode ajudar nesta matéria.

Finanças pessoais

Como posso ajudar os meus filhos a lidar com o dinheiro?

É importante desde criança saber lidar com o dinheiro. Se tem filhos, saiba como pode ajudar nesta matéria.

No que às finanças diz respeito é importante que qualquer criança saiba lidar com o dinheiro logo desde tenra idade. Afinal de contas, o dinheiro não é só para adultos.

Assim, cabe aos pais incutir nos seus filhos não só o quão importante é poupar, mas também o saber gastar bem o dinheiro. Ou seja, se percebermos desde cedo a importância do dinheiro e o valor do mesmo, podemos mais facilmente evitar problemas financeiros no futuro.

Como incutir nas crianças a importância de saber lidar com o dinheiro?

Ao longo da vida, todos vamos aprendendo, seja em que área for. E com o dinheiro é igual. Assim, um dos primeiros ensinamentos que devemos partilhar com os nossos filhos é: “como devemos gastar o dinheiro?”. Por outras palavras, as crianças têm de perceber algumas regras básicas para a sua educação financeira, nomeadamente:

  • o valor do dinheiro;
  • o que podem fazer com ele;
  • aprender a tomar decisões;
  • nem sempre se “pode ter tudo”;
  • para ter dinheiro é preciso trabalhar;
  • por fim, o dinheiro não é infinito.

Imagine que o seu filho gasta a mesada logo no dia a seguir a recebê-la. Nesse caso, deve sentar-se com ele e explicar-lhe as consequências que pode ter no futuro se não souber gerir o dinheiro que tem à sua disposição. Diga-lhe que nessa semana não vai ter mais dinheiro para gastar.

Leia ainda: Como "convencer" os seus filhos a gostar de finanças pessoais?

15 dicas para ajudar os seus filhos a lidar com o dinheiro

Certamente, já se perguntou: “devo ajudar os meus filhos a gerir o dinheiro”. Sim, deve, mas atenção, devem ser eles a fazer as suas escolhas. No fundo, os pais devem ajudar e aconselhar, mas os filhos devem aprender a tomar as suas próprias decisões.

Rendimento disponível VS Poupança

Os seus filhos têm de perceber que só é possível gastar se existir rendimento. Por outro lado, só é possível uma boa gestão financeira se houver alguma poupança. Assim, deve incutir desde cedo a importância do trabalho para se obter rendimento e assim poderem realizar os seus sonhos no futuro.

Distinguir o essencial do supérfluo

A criança tem de perceber logo nos primeiros anos de vida a diferença entre uma necessidade e um luxo. Por exemplo, explique ao seu filho a diferença entre comprar um pacote de leite e um simples brinquedo. Explique ainda que ter um par de sapatos pode ser uma necessidade, mas ter muitos já é um luxo. Por fim, inclua os seus filhos nas escolhas e tomada de decisões em casa. Só assim eles irão saber lidar com o dinheiro bem como perceber a diferença entre o que realmente é importante ter e o que pouco ou nada interessa.

Saber os preços

Para se perceber o valor do dinheiro é preciso saber os preços das coisas. Assim, é necessário dar-lhes tempo e exemplos para que entendam quanto custa cada bem. Quando lhe pedem para comprar alguma coisa deve explicar aos seus filhos o que isso implica.

Uma boa forma das crianças aprenderem o valor do dinheiro é quando estas pedem para comprar algo, os pais sugerirem para irem ao “mealheiro”. Dessa forma, vão começar a perceber quanto dinheiro têm de “perder” para comprar aquilo que querem.

Explique-lhes ainda que tudo tem um custo e que o preço depende de muitos fatores, como por exemplo:

  • dos transportes,
  • da mão-de-obra;
  • da sua distribuição;
  • das matérias-primas usadas,
  • entre outas coisas.

Saber lidar com o dinheiro: diferença entre "gastar" e “investir”

À medida que as crianças vão crescendo, e quando estas já souberem o que é poupar, devem passar à fase seguinte. Nesse sentido, deve explicar-lhes que para além de ser importante não gastar tudo o que têm, também devem aprender a multiplicar o dinheiro. Ou seja, devem investir. Mas como ensinar isto? Pode começar por oferecer-lhes um livro sobre esta matéria, fazer uns jogos que ensinem como se pode fazer crescer o dinheiro (o monopólio, por exemplo) ou ainda mostrar-lhes algumas opções de investimento. Mas utilize sempre uma linguagem simples.

Atribuir uma mesada fixa

Se decide dar uma mesada aos seus filhos, então opte por um valor fixo. Verifique quanto lhe pode dar, mas tenha sempre em conta a idade e necessidades dos mesmos. Assim, deve avaliar as despesas que têm e o que faz sentido lhes dar para uma correta gestão do seu dinheiro.

Por outro lado, só deve aumentar este valor se realmente se justificar. Afinal de contas, quando trabalha e se o dinheiro não lhe chegar até final do mês, o seu patrão não vai lhe aumentar o ordenado. O mesmo se aplica ao seu filho. Ele tem de aprender a viver com o que têm

Leia ainda: Semanada ou mesada: quando e como dar aos meus filhos?

Estabeleça objetivos de poupança

Uma forma de incentivar as crianças a poupar, é definir objetivos sempre de acordo com a sua idade. Por exemplo, se o seu filho tem 8 anos, pode incentivá-lo a guardar dinheiro para comprar um brinquedo. Mas se ele tem 16 anos, já faz mais sentido poupar para umas férias ou juntar dinheiro para entrar na universidade. As opções são várias, o que importa é haver um objetivo para a criança ou adolescente entender por que razão deve poupar.

Leia ainda: Entrada na universidade? Ensine os seus filhos a gerir o dinheiro;

Dar apenas dinheiro para o essencial

Para o seu filho entender onde deve gastar o dinheiro, é importante que apenas lhe dê a quantia necessária para assegurar as despesas essenciais, como por exemplo:

  • a alimentação;
  • o transporte escolar;
  • material escolar;
  • e outras necessidades que se justifiquem.
pais a brincar com os dois filhos

Saber lidar com o dinheiro é saber guardar uma parte

Outro aspeto muito importante é não gastar tudo o que recebe. Assim, deve incutir no seu filho o hábito de guardar sempre uma parte do dinheiro. As formas são várias e todas válidas desde que realmente não gaste a “mesada” toda. Por exemplo, pode fazer um mealheiro ou abrir-lhe uma conta bancária. Explique-lhe como pode criar uma reserva financeira para algo importante no futuro, se não gastar todo o dinheiro.

Evitar compras sem critério

Outra coisa que deve ensinar aos seus filhos desde cedo é que não devem “comprar por comprar”.  Ou seja, hoje em dia o incentivo ao consumo é grande e as tentações são várias. Nesse sentido, deve educá-los para terem paciência, pensarem antes de ter o “impulso” de gastar o dinheiro. Será que realmente faz falta? O dinheiro faz falta para algo mais essencial? Isto aplica-se a todos nós, mas ainda mais quando somos crianças ou adolescentes!

Não ter muito dinheiro na carteira

Com o uso crescente do dinheiro digital, cada vez menos utilizamos dinheiro na carteira (as famosas notas e moedas). Contudo, ao usarmos demasiado os cartões bancários perdemos por vezes a noção do que gastamos e onde gastámos o dinheiro. Assim, para os seus filhos aprenderem a controlar o dinheiro que têm, o ideal é usarem apenas dinheiro físico (pelo menos nos primeiros tempos e uma quantia baixa).

Saber lidar com o dinheiro: procure as melhores soluções

Outra forma de ajudar os seus filhos a saber lidar com o dinheiro é habituá-los a encontrar as melhores soluções ao menor preço possível. Se podemos comprar umas calças por 30€ porque vamos pagar 40€? Se podemos ter o mesmo serviço de telecomunicações por 50€ porque havemos de pagar 60€? Este deve ser o raciocínio! Para isso é importante aprender a pesquisar e comparar preços. Se for possível, considere a opção de “partilhar”.

Vender o que não precisa

Quem é que não tem em casa algo que já não usa? Provavelmente, todos! Ensine os seus filhos a vender aquilo que não precisam. Por exemplo:

  • roupa;
  • jogos;
  • brinquedos;
  • livros;
  • etc.

Dessa forma, sempre ganham uns trocos extra para comparem algo que gostem ou para a sua poupança! Além disso, contribui para “destralhar” a sua casa.

Dar a quem precisa

Saber lidar com o dinheiro também é aprender simplesmente a “dar a quem realmente precisa". Se gosta de ajudar e até nem tem problemas de dinheiro, pode sempre dizer ao seu filho para dar. Pode ser a um amigo mais necessitado, à igreja ou a uma qualquer associação que ajude os mais carenciados. Lembre-se que, a si pode não fazer falta, mas há sempre quem precise!

Saber lidar com o dinheiro: peça ou transforme em vez de comprar

Já pensou em pedir emprestado em vez de comprar? Há coisas que pode pedir a alguém em vez de gastar dinheiro desnecessariamente. Por exemplo, um livro ou um CD/DVD.

Ou então, pode aproveitar peças já existentes para alguma finalidade, em vez de “comprar novo”. Por exemplo, umas calças que tem e não usa por alguma razão, podem servir para fazer uns calções.

Além disso, cada vez mais pode encontrar tudo na internet, desde livros, música, filmes, entre outras coisas. Mas use sempre plataformas legais, claro! Em vez de comprar um CD/DVD vá ao youtube, por exemplo.

Dessa forma, incute no seu filho que nem tudo na vida tem de ser comprado! Por vezes, basta ter imaginação e ir por outros caminhos, mais baratos por sinal… por fim, ensina-lhes e evita que passem a vida a pedir-lhes coisas. Quem é que já não viu a famosa frase, seja no supermercado ou numa loja “pai, quero isto”, “mãe quero aquilo”.

O dinheiro custa a todos! E os seus filhos devem aprender isto desde pequenos…

Promova as habilidades do seu filho

Todos nós temos os nossos talentos! Porque não os aproveitar? Dependendo da idade, há sempre habilidades que podem ser colocadas em prática para ganhar dinheiro.  Assim, há uma série de coisas que o seu filho pode fazer, nem que seja numas férias. Por exemplo, se o seu filho gosta de crianças porque não ajudar a cuidar de outras? Ou se gosta de animais, porque não passear animais de estimação? E se gosta de artesanato porque não fazer umas peças e vender? Ou jardinar? Bricolage? Quando se tem gosto numa coisa, há que aproveitar.

A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.

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