Finanças pessoais

Como aumentar as suas poupanças em tempos de inflação elevada

É possível obter uma poupança todos os meses, mesmo em tempos de inflação elevada. Saiba que estratégias pode seguir.

Finanças pessoais

Como aumentar as suas poupanças em tempos de inflação elevada

É possível obter uma poupança todos os meses, mesmo em tempos de inflação elevada. Saiba que estratégias pode seguir.

Com a taxa de inflação a atingir máximos históricos, e sem que os aumentos salariais acompanhem essa mesma subida, reforçar as poupanças pode parecer-nos uma missão impossível. No entanto, existem estratégias adequadas a estes tempos mais difíceis, através das quais pode ver o seu pé-de-meia crescer.

Faça um orçamento

O primeiro passo é fazer um orçamento. Regra geral, o orçamento é efetuado numa base mensal. Utilize uma folha Excel, faça uma tabela com duas colunas, de um lado deve colocar o valor dos seus rendimentos ou dos rendimentos do seu agregado familiar, como salários, rendas, juros, entre outros. Do outro lado da tabela deve considerar todas as despesas que tem ao longo do período que está a considerar, sejam elas recorrentes, como a conta de eletricidade ou a prestação do seu crédito habitação, sejam elas esporádicas como a compra de um eletrodoméstico, por exemplo.

Com este mapa vai conseguir visualizar que despesas têm mais peso no seu orçamento familiar. Pode inclusivamente assinalar (com cores diferentes) aquelas que são essenciais para diferencias daquelas que são acessórias. Este exercício vai ajudá-lo a perceber que despesas deve começar a reduzir ou mesmo eliminar.

Leia ainda: Orçamento familiar: 10 erros que não deve cometer

Pague primeiro a si próprio

Desafie-se a fazer uma poupança mensal "obrigatória". Por outras palavras, pague primeiro a si. De acordo com a sua situação financeira defina uma percentagem do seu rendimento, com que se sinta confortável, para poupar todos os meses. Não interessa se consegue poupar 5 ou 20%, o importante é que comece a ter hábitos de poupança.

Desta forma, o valor a considerar na coluna rendimentos no seu orçamento familiar já deve ser deduzido do valor que retirou para pagar a si.

Reduza as suas despesas ao máximo

Ao assinalar no seu orçamento familiar quais as despesas que são essenciais daquelas que são acessórias, como já indicamos anteriormente, vai ajudá-lo a perceber onde cortar. O ideal é começar a reduzir ou mesmo eliminar as despesas que não são essenciais. Por exemplo, se tiver despesas em restaurantes, pode optar por fazer refeições em casa, ou levar comida para o trabalho e deixar as idas a restaurantes unicamente para ocasiões especiais, pois dessa forma vai conseguir reduzir este custo.

Gasta algum dinheiro com vestuário e acessórios de moda? Pode tentar reduzir esta despesa ao comprar este tipo de produtos unicamente em saldos ou promoções. Experimente comprar em segunda mão, pode conseguir produtos com qualidade a bons preços.

A divisão entre despesas essenciais e acessórias não quer dizer que não deve mexer nas essenciais. Pode perfeitamente fazer uma avaliação dessas despesas e tentar reduzi-las ao máximo. Vejamos exemplos:

A despesa com eletricidade é essencial, no entanto, pode tentar reduzir o valor da sua conta mensal, por exemplo ao substituir as lâmpadas de sua casa por economizadoras, ou adotando simples gestos como não deixar a luz acesa quando não está ninguém numa divisão.

Os gastos do supermercado são imprescindíveis, pode, porém, optar por produtos de marca branca, pois tem uma boa relação qualidade preço, aproveitar ao máximo as promoções e as vantagens que os cartões de fidelização permitem.

A despesa com combustível também é essencial, contudo também pode reduzir esse custo, ao fazer pequenos percursos a pé em vez de utilizar o automóvel, optar por uma condução mais defensiva ou começar a utilizar transportes públicos, são alguns dos exemplos que lhe permitem poupar nesta rubrica.

Homem a fazer contas numa calculadora, em cima de uma pilha de papéis

Aumente os seus rendimentos

Se já não consegue cortar mais nas despesas, então tem de se focar no outro lado da tabela, ou seja, na parte dos rendimentos. Se as suas receitas totais não lhe permitem alcançar a poupança que tanto ambiciona, a solução vai ter que passar por aumentar os seus rendimentos. Como? Pode por exemplo arranjar um trabalho em part time, ou então, focar-se em algo que goste e tentar ganhar um dinheiro extra com isso. Gosta de cozinhar? Pode perfeitamente começar a fazer comida para fora, aproveite as potencialidades das redes sociais para divulgar o seu “negócio”. Adora animais? Pode começar a fazer pet sitting. Divulgue os seus serviços entre os seus familiares e amigos.

Tem algo em casa que já não utiliza? Venda. Crie um anúncio nas plataformas digitais, como o OLX ou o Custo Justo e ganhe um dinheiro extra com aqueles objetos que já não têm utilidade para si.

Leia ainda: Como obter um rendimento extra através dos seus hobbies?

Invista o dinheiro que conseguiu poupar em produtos com rentabilidade

Oobtida a poupança, o passo seguinte é rentabilizar as suas poupanças. Mas onde investir? Os depósitos a prazo são um produto de investimento muito apreciado pelos portugueses, uma vez que tem capital garantido. Contudo, existem outras soluções, sobre as quais deve procurar informar-se para tomar a melhor decisão para si.

Fundos de investimento

Se está aberto a investir com risco, analise os fundos de investimento, pois estes produtos podem atingir rentabilidades interessantes. Nesta situação, prepare-se para fazer um investimento a longo prazo de forma a amortecer eventuais desvalorizações do fundo.

Plano de Poupança Reforma

Pode ainda optar por constituir um Plano de Poupança Reforma (PPR). Existem no mercado produtos com capital garantido e outros sem. Estes últimos em contrapartida apresentam maiores rentabilidades. Ao optar por investir num PPR vai também obter benefícios fiscais. O valor a deduzir em IRS depende da sua idade, ou seja:

  • Se tiver menos de 35 anos, pode deduzir, no máximo, 400 euros, desde que aplique 2 000 euros num ano;
  • Caso tenha entre 35 e 50 anos, pode deduzir até 350 euros, desde que aplique 1.750 euros num ano;
  • Se já tiver mais de 50 anos, pode deduzir até 300 euros, desde que aplique 1.500 euros num ano.

Leia ainda: Doutor Finanças lança PPR com objetivo de rendibilidade entre 7% e 9%

Certificados de Aforro

Em termos de produtos com capital garantido, existe ainda a opção dos Certificados de Aforro. A rentabilidade dos mesmos está indexada à Euribor a 3 meses, até ao limite de 3,5%, além de receber um prémio de permanência a partir do segundo ano:

  • 0,5% do início do segundo ano até ao final do quinto ano;
  • 1% do início do sexto ano até ao final do décimo ano.

O prazo dos certificados é de 10 anos, os juros são pagos trimestralmente, sendo capitalizados.

A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.

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