Habitação

Casas voltaram a ficar mais caras em janeiro: Preços subiram 1,7%

Depois da subida de 9,7% em 2022, as casas em Portugal voltaram a ficar mais caras em janeiro, mesmo com um ligeiro aumento da oferta.

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Casas voltaram a ficar mais caras em janeiro: Preços subiram 1,7%

Depois da subida de 9,7% em 2022, as casas em Portugal voltaram a ficar mais caras em janeiro, mesmo com um ligeiro aumento da oferta.

As casas em Portugal voltaram a ficar mais caras no arranque deste ano. Os preços aumentaram 1,7% em janeiro, face ao mês anterior, de acordo com os mais recentes dados da Alfredo.

No primeiro mês do ano, os imóveis residenciais foram transacionados a um preço médio de 2.101 euros por metro quadrado, o que compara com a média de 2.066 euros registada em dezembro. Em relação a janeiro de 2022 é um crescimento de 10,8%.

O Índice de Preços Alfredo reúne informação de vários portais públicos de listagem e sites de agências imobiliárias com dados de transação que são posteriormente trabalhados utilizando algoritmos avançados de Inteligência Artificial, o que permite caracterizar a realidade do mercado imobiliário em Portugal de uma maneira nunca vista. O Doutor Finanças é parceiro da Alfredo no relatório emitido com dados em tempo real.

Os dados agora divulgados mostram que, mesmo num contexto de subida acentuada dos juros e maiores restrições no acesso ao crédito, o crescimento do preço dos imóveis não dá sinais de abrandamento, depois da subida de 9,7% em 2022.

Isto apesar de a oferta até ter aumentado no início deste ano, face ao final do ano passado. Em janeiro, estavam disponíveis no mercado 163.324 imóveis, mais 5.731 do que em dezembro. Este valor traduz, ainda assim, uma queda homóloga de 12,8% (face a janeiro de 2022), ficando muito aquém dos 264.912 imóveis disponíveis em maio de 2020, o mês que marcou o pico da oferta em Portugal.

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Preços só caíram na Guarda, Leiria e Portalegre

Guarda, Leiria e Portalegre foram as únicas capitais de distrito a registar uma quebra dos preços das casas em janeiro face ao mês anterior. Na Guarda, em que já se havia observado um decréscimo em dezembro, os preços voltaram a descer 1,9% no arranque do ano para 403 euros por metro quadrado.

Em Portalegre, a descida mensal foi mais acentuada, de 5,5% para 546 euros/m2 e, em Leiria, mais ligeira, de apenas 0,1% para 1.171 euros/m2.

Em sentido contrário, Beja, Vila Real e Funchal protagonizaram as maiores subidas, de 6,1%, 4,1%, e 3,8%, respetivamente. Se olharmos, porém, para a evolução dos últimos 12 meses, é o Funchal e Évora que se destacam nos aumentos de preços. Na capital madeirense, as casas ficaram 27,3% mais caras no último ano, enquanto em Évora o crescimento foi de 31,2%, uma evolução justificada, em grande medida, pela escassez de oferta na região.

Em Lisboa, que tem, de longe, a média de preços mais elevada do país, o valor por metro quadrado aumentou 1,8% para 4.530 euros, e no Porto subiu 2,4% para 2.889 euros.

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Moradias valorizaram mais do que apartamentos

Os dados da Alfredo mostram que, em janeiro, o crescimento dos preços das moradias superou o dos apartamentos. O valor médio das moradias cresceu 4,2% face a dezembro para 1.178 euros por metro quadrado, enquanto o dos apartamentos aumentou 0,5% para 2.864 euros.

Setúbal foi a capital de distrito com o maior número de moradias no mercado, 2.153, enquanto Portalegre, com 174, foi a capital com o número mais baixo. Já Lisboa foi o município com o valor mais elevado, 549 mil euros, em contraste com o preço médio de 40 mil euros para Guarda, a capital de distrito com o preço médio mais baixo.

Olhando para a evolução do último ano, o preço médio das moradias em Portugal subiu 15,4%, sendo que Évora foi o município que registou o maior aumento (33%). Foi lá também que as casas demoraram menos tempo a ser vendidas em janeiro, uma média de 104 dias. Este número contrasta com 202 dias em Castelo Branco, o município com maior tempo de absorção.

No que respeita aos apartamentos, Lisboa foi a capital de distrito com o maior número de apartamentos no mercado em janeiro, 10.402, e também os preços mais elevados: uma média de 399,9 mil euros. No polo oposto, Portalegre teve o menor número de imóveis no mercado, 62, e também o preço médio mais baixo, de 81 mil euros.

No último ano, o preço médio dos apartamentos cresceu 9,5%, com Setúbal a liderar a tabela, com uma subida de 33%. Já a Guarda foi o município com o crescimento mais baixo, de apenas 1% no último ano.

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