Emprego

O que torna Portugal tão atrativo para os imigrantes?

O número de cidadãos estrangeiros em Portugal tem vindo a aumentar. Saiba o que torna Portugal tão atrativo para os imigrantes.

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O que torna Portugal tão atrativo para os imigrantes?

O número de cidadãos estrangeiros em Portugal tem vindo a aumentar. Saiba o que torna Portugal tão atrativo para os imigrantes.

Nos últimos anos, a população imigrante tem crescido consideravelmente em Portugal. Segundo os dados mais recentes, os imigrantes constituem cerca de 7% da população portuguesa, o que revela um aumento de 3% desde o final da década de 2000. Mas afinal, o que torna Portugal tão atrativo para os imigrantes?

Neste artigo, conheça os principais fatores que tornam Portugal num local de eleição para muitos imigrantes, nomeadamente, para os imigrantes de países de língua oficial portuguesa.

Leia ainda: Imigrantes a trabalhar em Portugal: Direitos, benefícios e carga fiscal

Segurança

De acordo com o relatório de 2022 do Institute for Economics & Peace, Portugal é o 6.º país do mundo mais seguro para se viver, numa lista de 163 países. À frente de Portugal, estão apenas cinco países, entre eles a Islândia, Nova Zelândia, Irlanda, Dinamarca e Áustria.

Perante estes dados, muitos estrangeiros olham para a segurança em Portugal como uma vantagem indiscutível. Afinal, em muitos países de língua oficial portuguesa, como Angola ou o Brasil, a taxa de criminalidade é bastante elevada, e chega a ser arriscado andar a pé em certas zonas, principalmente em algumas horas do dia ou da noite.

Em Portugal, a vida é tranquila e o número de assaltos, principalmente com armas de fogo, é bastante baixo. Ou seja, a maioria das pessoas sente-se segura no dia a dia, mesmo carregando bens de valor mais elevado (como telemóveis ou máquinas fotográficas), a andar de transportes públicos ou a pé à noite. Claro que existem assaltos e criminalidade em Portugal. Mas comparativamente a outros países, a probabilidade de ser vítima de um crime é muito reduzida.

Assim, os imigrantes que procuram um país tranquilo para trabalhar e viver, colocam Portugal no topo da lista de opções.

Clima atrativo para muitos imigrantes

Outro dos pontos fortes de Portugal, é beneficiar de um clima bastante atrativo para muitos imigrantes, com temperaturas amenas na maior parte dos meses do ano.

E ainda que no inverno regiões com temperaturas negativas, mesmo com temperaturas baixas no inverno, Portugal continua a ser um destino mais quente do que outros países da Europa, onde o inverno é marcado por temperaturas negativas, neve, e chuva ao longo do ano.

Logo, muitos imigrantes têm este fator em consideração, preferindo Portugal a, por exemplo, Inglaterra.

Leia ainda: Estrangeiros podem pedir crédito habitação em Portugal?

Custo de vida acessível

Por norma, a decisão de deixar o seu país de origem para se tornar imigrante não é fácil. Afinal, ser imigrante tem sempre os seus prós e contras. Mas tendo em conta que um dos principais motivos para alguém imigrar é a possibilidade de melhorar a sua qualidade de vida, o custo de vida do país de destino assume um papel fundamental na decisão final.

Comparativamente a outros países da União Europeia, o custo de vida em Portugal é visto como acessível entre muitos imigrantes. Em média, um casal, precisa de ganhar entre os 1.500 e os 2.000 euros (líquidos) para fazer face às despesas essenciais mensais e ao pagamento de despesas extras com subscrições, lazer, ginásios e algumas despesas de saúde.

Além disso, Portugal conta com um sistema de saúde público, bem como educação de qualidade gratuita.

Leia ainda: Imigrantes em Portugal: O que é preciso para morar no país?

Este valor de rendimentos necessários, depende, claro de vários fatores. Nas grandes cidades de Lisboa e Porto, o custo de vida tem aumentado significativamente devido à habitação. Nos centros destas duas grandes cidades, o custo de arrendar um apartamento T1 ronda entre os 700 e 1.000 euros. E como tal, uma grande fatia do orçamento familiar de um casal destina-se à habitação. E um dos problemas é, precisamente a falta de oferta de imóveis para arrendar.

Já os imigrantes que tenham capacidade financeira para comprar um imóvel, podem ver os custos mensais reduzidos com a habitação. O valor de uma prestação mensal de crédito habitação varia consoante o montante de financiamento, do prazo do financiamento, da taxa de juro e do spread aplicado. Usando um exemplo de um financiamento de 135 mil euros a ser pago a 30 anos, com uma TAN de 2,7% (spread + indexante), a prestação mensal de crédito seria de 547,56 euros.

Além deste valor, teria de somar o encargo mensal do seguro de vida do crédito habitação e seguro multirriscos, 10% do valor do imóvel para dar de entrada, e ainda os encargos com comissões, impostos (IMT, Imposto do Selo relativo ao crédito e ao valor do imóvel), e registo. Por fim, importa referir, que um imigrante em Portugal só tem acesso a um crédito habitação após ter entregue a sua primeira declaração de IRS.

Leia ainda: Comprar casa: custos, documentos e impostos com que deve contar

Facilidade em obter vistos por parte de imigrantes altamente qualificados

Nos últimos anos, Portugal tem facilitado a entrada no país de profissionais altamente qualificados, principalmente para vagas de emprego em TI. E neste aspeto, se pretende trabalhar em Tecnologias de Informação, saiba que a procura por profissionais qualificados nesta área é bastante elevada em Portugal.

Claro que se for um cidadão estrangeiro de um país terceiro, a necessidade de obter um visto é essencial para começar a trabalhar. No entanto, existem vistos específicos para profissionais com uma elevada qualificação, como o visto D3 e Tech Visa. Estes dois vistos simplificam o processo para si e para a sua família, podendo ser requisitados pelas empresas portuguesas que adiram ao Tech Visa.

Além destes vistos, todos os cidadãos estrangeiros têm ainda a possibilidade de requisitar o visto D1 (atividade profissional subordinada), o visto D2 (para profissionais independentes), e os novos dois vistos previstos, aplicados a imigrantes:

  • Provenientes de Estados-membros da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa, CPLP;
  • E a trabalhadores que prestem atividade remotamente, como é o caso dos nómadas digitais. Neste caso, está em causa o visto de residência ou de estada temporária.

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Empresas portuguesas cada vez mais abertas a receberem trabalhadores imigrantes

Dada a escassez de profissionais de topo em algumas áreas, existe cada vez mais empresas portuguesas que procuram profissionais estrangeiros para desempenharem determinadas funções. E muitas empresas estão mesmo a contratar profissionais que não vivem no país, precisamente para colmatar carência de mão de obra.

Embora os salários não sejam os mais altos da Europa, algumas empresas apostam no bem-estar dos seus trabalhadores, algo que é bem recebido pelos profissionais. Desta forma, muitas empresas disponibilizam aos seus colaboradores um vasto conjunto de benefícios flexíveis.

Caso seja um profissional da área de inovação, saiba que o Doutor Finanças tem vagas abertas.

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