Gráfico de linhas num sentido descendente

Os juros associados ao crédito da casa voltaram a descer em julho, completando o 18º mês consecutivo de alívio na fatura do crédito habitação.

De acordo com os dados revelados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a taxa de juro implícita no crédito habitação caiu 9,4 pontos percentuais, passando de 3,479%, em junho, para 3,385%, em julho.

Os juros da casa estão, assim, a descer desde fevereiro de 2024, acumulando uma queda de 127,2 pontos base desde o máximo atingido em janeiro desse ano, nos 4,657%.

Ainda de acordo com o INE, no que respeita aos contratos de crédito habitação mais recentes, realizados nos últimos três meses, a taxa de juro desceu 5,4 pontos base comparativamente com o mês anterior, para 2,897%. Este valor representa uma diminuição acumulada de 148,3 pontos base desde o máximo atingido em outubro de 2023 (4,380%).

Esta evolução dos juros do crédito habitação está diretamente relacionada com a trajetória das Euribor, que têm seguido – e até antecipado – as movimentações das taxas diretoras por parte do Banco Central Europeu (BCE).

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O banco central da Zona Euro, recorde-se, iniciou uma trajetória de alívio dos juros em meados do ano passado, que se materializou em oito descidas de 25 pontos base que colocaram a taxa dos depósitos nos 2%. Na última reunião de política monetária, a 24 de julho, o BCE manteve as taxas inalteradas, sinalizando que só uma alteração significativa de expectativas para a inflação e atividade económica justificam cortes adicionais de juros.

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Prestação média mantém-se nos 394 euros

Os dados revelados pelo INE mostram que o valor médio da prestação mensal do conjunto de contratos de crédito habitação, em Portugal, fixou-se em 394 euros em julho, igual ao valor verificado no mês anterior, e menos 11 euros (-2,7%) do que em julho de 2024.

Destes 394 euros, 202 euros (51%) correspondem a pagamento de juros e 192 euros (49%) a capital amortizado. No que respeita aos contratos celebrados nos últimos três meses, o valor médio da prestação subiu 5 euros, fixando-se em 636 euros.

Já o capital médio em dívida para a totalidade dos contratos subiu 593 euros em relação ao mês anterior, para 72.270 euros. Para os contratos celebrados nos últimos três meses, o montante médio em dívida foi 159.553 euros, mais 2.203 euros do que em junho.

A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.

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