Finanças pessoais

Qual é o seu perfil de investidor?

Descubra qual é o seu perfil de investidor e porque é que isso é importante. Saiba ainda que produtos são mais adequados ao seu perfil.

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Qual é o seu perfil de investidor?

Descubra qual é o seu perfil de investidor e porque é que isso é importante. Saiba ainda que produtos são mais adequados ao seu perfil.

Não há duas pessoas iguais e, portanto, também não há dois investidores iguais. A personalidade, os objetivos e a forma como cada um de nós lida com diferentes cenários são fatores a ter em conta na hora de investir. Agir contra aquilo em que acredita, seja em que situação for, pode trazer consequências negativas. Imagine com os investimentos: pode ser ainda pior. Assim, antes de começar a aplicar o seu dinheiro, é importante conhecer o seu perfil de investidor. 

Há diferentes tipos de aplicações financeiras e é o seu tipo de perfil que irá ditar quais as melhores para si. Continue a ler para conhecer os diferentes perfis que existem e como pode saber qual é o seu. 

O que é o perfil de investidor?

O perfil de investidor é uma classificação atribuída a cada pessoa que pretende aplicar o seu dinheiro. Diz respeito à forma como cada um encara essas aplicações e como reage em relação ao risco de, eventualmente, perder dinheiro. Esta classificação define o tipo de investidor que é, na medida em que engloba um conjunto de características que o define dentro do mercado financeiro. 

Qual a importância de conhecer o perfil de investidor?

Existe uma grande diversidade de produtos financeiros no mercado e cada um possui características diferentes. Variam, essencialmente, entre grau de complexidade, rendibilidade e níveis de risco, existindo produtos com capital garantido e remuneração e outros que não oferecem garantias de nada. Por isso, é muito importante que antes de começar a investir, saiba até onde está disposto a ir. 

Um bom investimento para o seu amigo ou familiar, não é necessariamente uma boa escolha para si. Este conceito de perfil de investidor é muito importante precisamente para evitar que o desconhecimento do mercado financeiro leve as pessoas a apostar todas as fichas numa determinada aplicação, porque alguém lhe disse que seria uma boa decisão. 

Vamos imaginar que uma pessoa em quem confia aconselhou-o a comprar ações de uma empresa, acreditando que essa mesma empresa teria um grande crescimento e que o negócio seria muito lucrativo. A determinada altura há uma queda no valor das ações dessa empresa, o que implica uma perda elevada do dinheiro que aplicou. Sendo que no mercado bolsista é normal haver oscilações do preço das ações. Muitas vezes é preciso ter calma para conseguir evitar perdas avultadas. Contudo, esta má experiência vai fazer com que perca a vontade e a motivação para voltar a investir. Por essa razão, o perfil é tão importante, não só para si, mas também para as instituições financeiras a quem cabe a tarefa de aconselhar os investidores e de, acima de tudo, saber gerir as expectativas destes. 

Como é feita a análise?

Como saber qual é o perfil de determinado investidor? Respondendo a um questionário. Geralmente é esta a norma junto de instituições financeiras, de acordo com a própria Comissão de Mercados de Valores Mobiliários (CMVM). Apresenta-se um inquérito ao investidor com o fim de conhecer as suas características. A partir daí, são-lhe indicados produtos de investimentos adequados a esse perfil específico. 

Nesta avaliação do perfil de investidor são tidos em conta os seguintes fatores:

  • A idade;
  • Conhecimento e experiência no mercado de capitais: instrumentos financeiros que conhece, serviços já utilizados, frequência e montantes que costuma investir, etc.; 
  • Situação financeira: património que possui, qual ou quais as fontes de rendimento e créditos que possui;
  • Objetivos de investimento: o que procura obter e até quando pretende manter o investimento;
  • O nível de risco que está disposto a assumir. 

Além disso, é importante também ter em conta que este perfil não é imutável, podendo mudar ao longo da vida. As situações e as pessoas mudam. Como tal, os medos e os objetivos de ontem poderão não ser os de amanhã. É muito comum um principiante começar com pequenos investimentos, de capital garantido e, ao longo do tempo, com o conhecimento e confiança adquiridos, começar a expandir e a diversificar as suas aplicações financeiras. 

Os tipos de perfis de investidor 

Não existe uma definição comum entre todas as instituições financeiras e, como tal as classificações e os termos poderão variar um pouco. Ainda assim, a divisão mais comum é feita entre três perfis de investidor: conservador, moderado e agressivo. 

Conservador 

O investidor conservador é aquele que não quer, de maneira nenhuma, perder dinheiro. Procura produtos com a garantia do capital investido, com prazos de vencimento mais curtos, que, por norma, estão associados a uma menor rendibilidade. Este investidor pode até nem ganhar nada, desde que o dinheiro que aplicou esteja seguro. 

O conservador, geralmente, não possui muito conhecimento sobre o mercado financeiro, o que acaba por torná-lo mais reticente em arriscar. Depósitos a prazo ou certificados aforro são boas opções para este tipo de investidor. 

Moderado

A seguir ao conservador temos o moderado, e equilibrado. Este investidor é uma espécie de meio termo: por um lado procura produtos com garantia do capital investido, mas por outro está disposto a assumir um prazo mais alargado para obter mais retorno ou para acomodar alguma oscilação adversa do rendimento. O investidor moderado não está disposto a perder tudo, mas, aceita aplicar uma parte do dinheiro em produtos com algum risco associado para conseguir receber mais. Aqui já existe algum conhecimento sobre o mercado e até alguma tentativa de acompanhar notícias e dicas do setor financeiro. Exemplos de produtos mais direcionados a este tipo de investidor são os fundos imobiliários e os instrumentos de rendimento fixo. Assim, o que tende a fazer é garantir a segurança em produtos de rendimento fixo e aplicar uma parte em rendimentos variáveis, procurando retornos acima da média do mercado. 

Agressivo

O investidor agressivo, muitas vezes chamado de arrojado, é o extremo oposto do conservador. Procura produtos com uma rentabilidade mais elevada em relação à média do mercado, assumindo o risco de perda total ou superior do capital investido. É sem dúvida um tipo de investidor destemido, sem medo de perder. Além disso, o investidor agressivo é caracterizado por uma elevada inteligência emocional e por uma forte segurança financeira, dois fatores que combinados permitem-lhe lidar bem com possíveis perdas. Ou seja, por mais arrojado que seja nos investimentos, possui sempre uma almofada financeira, que lhe assegura conforto e liquidez. Investe sim, mas apenas partes do rendimento sem os quais consegue viver caso os perca. 

Por outro lado, este perfil é, naturalmente, o de alguém com conhecimentos, que acompanha o mercado financeiro de perto e que se sabe mover nele. Caso perca uma parte do dinheiro, procura imediatamente outra oportunidade de investimento para recuperar o montante perdido. A carteira de investimentos deste tipo de investidor é bastante diversificada e a maior parte diz respeito a produtos de rendimento variável, como ações e fundos de ações. 

Como saber onde investir 

A escolha dos produtos financeiros é realizada com base no perfil de cada investidor. Numa fase inicial, recomendamos que recorra a ajuda de profissionais, seja o seu banco ou outro tipo de agentes. Contacte uma instituição financeira e peça ajuda. Estes profissionais conhecem bem o mercado e conseguem apresentar-lhe as melhores soluções de acordo com o seu perfil.

Outra opção é recorrer aos fundos de investimento já que aqui o dinheiro que investe fica a cargo de um gestor, responsável pela gestão destes investimentos. Mas isso não elimina o risco.

Antes de investir informe-se e tome decisões de forma consciente. Escolha soluções que se enquadrem no seu perfil e na sua situação financeira.

A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.

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