O ano começa com um pouco mais de tranquilidade para quem tem crédito habitação, depois das fortes subidas nas prestações registadas em 2023. A média mensal da Euribor, em dezembro, vai refletir-se nas prestações que atualizam em fevereiro, mas a subida é no máximo de 7,9% - em créditos indexados à Euribor a 12 meses. No último mês do ano passado, a taxa fixou-se, em todas as maturidades, abaixo dos 4%.

Euribor a 3 meses é agora a mais elevada

Ainda que seja aquela que reflete o menor aumento na prestação, devido às atualizações mais regulares, a Euribor a 3 meses é a mais elevada. Ou seja: apesar de se ter fixado nos 3,93%, num empréstimo de 200 mil euros, a 30 anos, com um spread de 1%, a atualização é de 6,45 euros. No mesmo exemplo, mas com Euribor a 6 meses, a prestação aumenta 12,01 euros para 1.064,37 euros. Já a Euribor a 12 meses, que foi em dezembro - e ao contrário dos restantes meses do ano - a maturidade com um valor mais baixo, fixou-se nos 3,67%. Neste cenário de crédito, a prestação aumenta 75,84 euros para 1.033,67 euros, já que, há um ano, a Euribor estava nos 3,03%.

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Dados mostram que famílias têm conseguido enfrentar o desafio

Os dados do Banco de Portugal, relativos a novembro de 2023, indicam que o crédito malparado, ou seja, o incumprimento de pagamento de crédito habitação por parte das famílias, está em mínimos. Do total de empréstimos concedidos, 0,3% estão nessa situação, valor que se mantém estável desde setembro de 2022.

No Doutor Finanças ajudámos, ao longo do ano passado, milhares de famílias a transferir os seus créditos para outros bancos, permitindo manter o equilíbrio nos orçamentos familiares. Agir preventivamente e procurar alternativas atempadamente permite encontrar soluções que evitam o incumprimento com maior facilidade.

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