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Os portugueses têm enfrentado maiores dificuldades em poupar. Em tempos mais complicados, é ainda mais importante fazer mudanças em hábitos que possam comprometer a nossa saúde financeira . Conheça alguns sinais de alerta de que pode estar a comprometer a sua reforma e algumas formas de inverter esta tendência.
Não ter quaisquer poupanças para a reforma
Um dos principais sinais de alerta de pode estar afetar, negativamente, a sua reforma é não ter quaisquer poupanças ou não conseguir poupar um determinado montante todos os meses. Ter um plano de poupança é essencial, já que quando deixar de trabalhar, os seus rendimentos já não serão os mesmos. Isto significa que vai depender, inteiramente, da pensão de velhice da Segurança Social para financiar o estilo de vida que teve até então ou que pretende adotar. A não ser que tenha outras fontes de rendimento.
Paralelamente, à medida que a idade avança, vão surgindo problemas de saúde e as despesas têm tendência a aumentar. Logo, é fundamental começar a poupar, desde cedo, para a reforma. Quanto mais cedo começar este processo, menos esforço terá de fazer. Não só ao longo do tempo, mas também numa idade mais avançada.
Se, atualmente, não consegue poupar todos os meses, pondere fazer um orçamento para controlar as suas despesas. Comece por criar uma lista com todos os seus gastos, organizando-os em categorias. Por exemplo, alimentação, educação, saúde, entretenimento, impostos, entre outras. Depois de ter as suas despesas separadas por categorias, identifique o que pode diminuir ou até mesmo cortar. Compras por impulso ou subscrições que já não utiliza são alguns exemplos. Se for difícil manter as suas despesas organizadas, pode "socorrer-se" de uma aplicação, no seu telemóvel, a qual fará o trabalho por si. Existem diversas alternativas, entre elas aplicações bancárias, nomeadamente a DABOX.
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Não contribuir para um Plano Poupança Reforma
Um Plano Poupança Reforma (PPR) não só é um produto financeiro destinado a aumentar as suas poupanças para a reforma, como é uma solução com diversas vantagens fiscais, das quais pode tirar partido quer anualmente, quer na altura de levantar o seu dinheiro ao atingir os 65 anos. Ao contrário da taxa liberatória de 28% aplicada aos depósitos a prazo e outros produtos financeiros, dependendo da maturidade do seu PPR, pode usufruir uma taxa reduzida até a 8,6%, quando decorridos oito anos do contrato.
Além deste benefício, dependendo da sua idade, pode deduzir até um máximo de 400€ por ano através do montante investido no seu PPR. Para isso, deve investir 2000€ por ano, sendo que é considerado 20% desse montante para efeitos de dedução no IRS. No caso do ter entre 35 a 50 anos, apenas tem direito a deduzir 350€, enquanto que se tiver mais de 50 anos, apenas pode usufruir de 300€.
Ainda assim, tenha em consideração que os PPR têm algumas limitações na movimentação do seu dinheiro. Caso contrário, terá penalizações. Encontrar-se numa situação de desemprego de longa duração, incapacidade permanente para o trabalho ou doença grave, ou morte são algumas das situações excecionais em que não incorre em penalizações. Estas desvantagens aplicam-se não só ao montante movimentado, mas também aos benefícios fiscais que usufruiu durante esse período.
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Ter demasiados empréstimos ainda por pagar
Contrair vários empréstimos, ao longo do tempo, pode exigir um esforço financeiro elevado e limitar a sua capacidade de poupança. Especialmente, aqueles que têm taxas de juro elevadas, nomeadamente créditos pessoais ou cartões de crédito. Ao ter vários empréstimos ainda por pagar, é essencial criar um plano para reduzir as suas dívidas o mais rápido possível.
De forma a eliminar os seus empréstimos, aproveite as poupanças mensais e amortize as suas dívidas periodicamente. Se o fizer, estará a poupar em juros, visto que cada amortização vai reduzir o seu capital em dívida e, consequentemente, paga menos juros sobre esse montante menor.
Existem ainda outras alternativas que podem ajudá-lo a equilibrar as suas finanças ou, pelo menos, a atenuar o esforço mensal. Renegociar o spread dos seus créditos, eliminar os produtos financeiros facultativos, ou simplesmente transferir os seus créditos para outras instituições bancárias. Também tem a possibilidade de consolidar os seus créditos num só e, assim, reduzir a prestação mensal e evitar o incumprimento. Mantendo-o motivado para amortizar periodicamente os seus créditos.
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Não aumentar os seus rendimentos
O valor da sua reforma está diretamente relacionado com os rendimentos registados ao longo da sua carreira. Independentemente da idade, ter rendimentos mais altos é sempre bom, visto que, não só conseguirá poupar mais durante o mês, mas também vai garantir que a sua pensão de velhice será mais alta. Mas, como pode aumentar os seus rendimentos? Existem várias formas.
Um trabalho extra permite-lhe ganhar uma folga financeira adicional todos os meses, que pode utilizar, por exemplo, para investir no seu PPR ou amortizar uma dívida que tenha ainda por pagar. Outra forma, embora não tão imediata, mas que pode dar vários frutos a longo prazo, é investir na sua formação, seja esta profissional ou académica. Ter boas competências profissionais aumenta o seu valor no mercado de trabalho.
Ainda assim, é importante relembrar que este aumento dos rendimentos é um processo gradual, sendo que os resultados apenas se tornam significativos ao longo do tempo. Deve, por isso, manter os gastos sob controlo e evitar inflacionar o seu estilo de vida.
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Não ter nenhum fundo de emergência
Ter um fundo de emergência é essencial em qualquer circunstância e, neste contexto, pode ajudá-lo a ter as finanças em ordem. Este fundo tem como objetivo cobrir despesas inesperadas, como por exemplo um acidente, desemprego involuntário ou uma reparação urgente no carro. Se não ter um fundo de emergência que salvaguarde estas situações, pode colocar em risco a sua estabilidade financeira, especialmente se estiver perto da idade da reforma.
Idealmente, o seu fundo de emergência deve cobrir cerca de seis meses de despesas. No entanto, o montante deste pé de meia depende sempre dos seus gastos e, especialmente, da imprevisibilidade dos mesmos.
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Ter dificuldade em pagar as suas contas mensais
Ter poupanças permite-lhe gerir a sua vida financeira de forma mais tranquila, mas isso não significa que deva "viver no limite" dos seus rendimentos. A certa altura, estes rendimentos podem reduzir não só por causa da reforma, mas também porque pode efetivamente ter necessidade de mudar de emprego e acabar por ter um salário inferior. Se, atualmente, tem dificuldade em pagar as suas contas mensais, pondere reavaliar os seus hábitos e inverter esta tendência.
Mesmo que se encontre no dias de hoje numa situação confortável e seja jovem, quanto mais tarde fizer estes ajustes, menos dinheiro terá disponível na sua reforma. Por isso, não deixe para mais tarde o que pode começar hoje.
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