Vida e família

Salário emocional: está a receber um valor justo?

Atualmente ouve-se falar muito em salário emocional. Saiba o que algumas empresas estão a fazer neste campo.

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Salário emocional: está a receber um valor justo?

Atualmente ouve-se falar muito em salário emocional. Saiba o que algumas empresas estão a fazer neste campo.

Sabe o que  é a Felicidade Interna Bruta? E o salário emocional? Se não conhece estes termos, talvez esteja na hora de mudar de emprego

Cunhado em 1972 pelo rei do Butão, o conceito de Felicidade Interna Bruta (FIB) tem vindo a ganhar importância no ocidente desde o início do século XXI. Em resposta às críticas em relação à economia do país, o rei Jigme Singye Wangchuck assumiu o compromisso de construir uma economia baseada nos valores espirituais budistas. Assim, o FIB baseia-se no princípio de equilíbrio entre o desenvolvimento espiritual e o desenvolvimento material.

Este conceito foi trazido para o ocidente e tem vindo a ser aplicado nas empresas como forma de motivar e aumentar a produtividade. Se, antigamente, as empresas tinham uma perspetiva muito mais limitada dos funcionários; hoje em dia, a tendência é para que os colaboradores sejam vistos de forma holística, ou seja, indivíduos com necessidades, vontades e problemas que vão para lá da esfera profissional. Desta forma, as empresas são cada vez mais responsáveis por proporcionar o maior número de ferramentas e recompensas aos colaboradores, para lá do ordenado, dos prémios e outras regalias monetárias.

Neste contexto, surge o conceito de salário emocional, que consiste num complemento não monetário ao salário. Trata-se de um conjunto de mecanismos ou ofertas (nas mais diversas formas) que a entidade empregadora disponibiliza ao funcionário para que este se sinta mais feliz, mais motivado e, consequentemente, mais produtivo.

Mas o que é efetivamente o salário emocional?

Atrair potenciais colaboradores exclusivamente com base em salários elevados é uma coisa do passado, especialmente quando falamos de uma nova geração de trabalhadores. O aumento da mão-de-obra qualificada, a crescente competitividade no recrutamento e o facto de termos, enquanto sociedade, mudado o paradigma de “emprego para a vida”, são os principais factores que levaram as empresas a procurar outras formas de atrair e reter talento.

O salário emocional pode ter qualquer formato, desde que seja um benefício percebido para os colaboradores. Desde o seguro de saúde a outras medidas, como o horário flexível e o trabalho à distância, existem muitas opções para que a empresa possa recompensar os colaboradores sem ser com aumentos de ordenado ou prémios. Algumas empresas chegam mesmo a estender os benefícios ao agregado familiar do colaborador (proporcionando um seguro de saúde a toda a família ou apresentado acordos com creches, infantários e escolas, por exemplo).  

Que benefícios podem ser considerados como salário emocional?

Tal como referimos anteriormente, o salário emocional é composto por todas as ações, benefícios e ofertas que proporcionem bem-estar ao funcionário. Dentro das inúmeras possibilidades, estas são algumas:

1.  Flexibilidade Laboral

Para uma grande parte dos profissionais (especialmente para os futuros pais, ou aqueles que já têm filhos), a flexibilidade laboral pode ter um peso bem maior nas escolhas de carreira do que o salário. Seja pela possibilidade de home office ou simplesmente pela liberdade de horários, este é um formato de salário emocional altamente motivador para os funcionários, que conseguem mais facilmente encontrar o equilíbrio entre vida pessoal e profissional.

2.  Eventos Internos

Um formato muito popular de evento interno é o chamado team building. Articulando todos os funcionários numa atividade lúdica, as empresas conseguem estreitar laços entre equipas e promover a cooperação entre os diversos departamentos. No entanto, existem outras oportunidades para criar eventos internos: o Dia da Mulher, o Dia das Crianças, o dia de levar a mascote para o trabalho.

3.  Incentivo à Formação

Através de parcerias com escolas, universidades e institutos, o investimento na formação dos colaboradores é sempre uma situação lucrativa para ambos: o colaborador fica feliz ao cumprir um objetivo pessoal e a empresa ganha um colaborador com novos conhecimentos que podem ser aplicados em benefício da mesma.

Agora que já conhece este conceito, está na hora de olhar para a sua atual situação profissional, fazer uma avaliação e pedir um aumento. Seja no salário líquido ou no salário emocional, o importante é que se sinta realizado, valorizado e motivado!

A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.

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