Vivemos definitivamente tempos diferentes. Hoje, online, o resultado na mediação imobiliária é confundido com exposição, e ego com carisma.

Confunde-se o que é o sucesso de uma marca pessoal com o que, quem posta, pretende que seja a nossa perceção. Instantes de likes, lugares, coisas e momentos são exibidos como a projeção do sonho, do aspiracional, do que queríamos ser, mas, muitas das vezes, não somos, na realidade.

Vive-se a narrativa do aparecer a toda a hora, comunicar motivação e resultados do que quer que seja para atrair clientes ou outros agentes que acreditam que também podem ser assim, mas só que não.

Com a IA, esta narrativa e rapidez de produção de conteúdo está ao alcance de todos, mas a criatividade relevante e espírito crítico, não.  A modelagem deu origem à cópia, e pior, sem qualquer tipo de citação da fonte original.

A inflamação do ego tornou-se generalização que se vê ao longe, em frases feitas, evocando a disciplina como a única forma de obtenção de resultados constantes. Mas depois, quando se vai ao terreno, afinal esta disciplina não existe.

A internet deu lugar às redes socias, o canal online agora chama-se digital, e quem não está presente de forma constante não existe.

Esta realidade cria um paradigma. O cliente não confia e não sabe como distinguir os verdadeiros profissionais.

Podemos adulterar a realidade, mas o resultado real, mais tarde ou mais cedo, vem sempre ao de cima e, geralmente, revela-se na experiência de serviço.

O passa palavra é o refúgio de quem muitas vezes procura mais confiança e menos ego.

Como profissional, considero que o foco deve estar no cliente, pois na maior parte das vezes, o resultado e a recomendação vêm deste, da consistência da sua relação durante o processo, e não do ego que projeta.

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