Fachada de prédios em Lisboa, Portugal

A taxa de juro dos contratos de crédito habitação celebrados nos últimos três meses subiu, em novembro, pela primeira vez desde abril. Ou seja, foi a primeira vez nos últimos sete meses que os contratos mais recentes para a compra de casa sofreram um agravamento.

De acordo com os dados revelados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a taxa de juro implícita nestes contratos aumentou 0,3 pontos base em novembro, face ao mês anterior, para se fixar em 2,853%. Apesar do ligeiro agravamento no mês passado, os juros acumulam uma descida de 152,7 pontos base desde o máximo atingido em outubro de 2023, nos 4,380%.

Juros do conjunto dos contratos descem pelo 22º mês consecutivo

Considerando a totalidade dos contratos de crédito habitação, a taxa de juro implícita desceu, em novembro, pelo 22º mês consecutivo, renovando mínimos de abril de 2023.

Segundo o INE, os juros diminuíram 4,7 pontos base, em novembro, face ao mês anterior, para 3,133%.

Este desagravamento aumenta para 152,4 pontos base a redução acumulada desde o máximo atingido em janeiro de 2024 (4,657%).

“Para o destino de financiamento Aquisição de Habitação, o mais relevante no conjunto do crédito à habitação, a taxa de juro implícita para o total dos contratos desceu para 3,133% (-4,6 pontos base face a outubro)”, acrescenta o INE.

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Prestação da casa caiu 9 euros no último ano

Considerando a totalidade dos contratos, o valor médio da prestação mensal fixou-se, em novembro, em 394 euros. O valor manteve-se inalterado face a outubro, e 9 euros abaixo do observado no mesmo mês do ano passado (novembro de 2024).

Do valor da prestação, 193 euros (49%) correspondem a pagamento de juros e 201 euros (51%) a capital amortizado. Significa isto que, pelo terceiro mês consecutivo, a componente de juros tem um peso inferior a 50%.

Nos contratos mais recentes, celebrados nos últimos três meses, o valor médio da prestação sofreu uma ligeira subida de 2 euros, fixando-se em 668 euros. Este valor compara com 632 euros, em novembro do ano passado.

No que respeita ao capital médio em dívida, observou-se um aumento de 490 euros na totalidade dos contratos, para 74.670 euros, enquanto nos contratos mais recentes o aumento foi de 1.068 euros para 166.661 euros.

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