Depósitos

Depósitos bancários têm maior queda de sempre em maio

O dinheiro aplicado em depósitos registou a maior queda desde que há registos. Já o crédito habitação desacelerou pelo 10º mês.

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Depósitos bancários têm maior queda de sempre em maio

O dinheiro aplicado em depósitos registou a maior queda desde que há registos. Já o crédito habitação desacelerou pelo 10º mês.

O montante depositado nos bancos residentes em Portugal teve, em maio, a maior queda desde que há registos. Segundo os dados revelados pelo Banco de Portugal, o stock de depósitos de particulares nos bancos residentes caiu pelo quinto mês consecutivo, passando de 174,5 mil milhões de euros, no final de abril, para 173,7 mil milhões de euros no final de maio.

Em relação ao mesmo mês do ano passado, foi uma descida de 2,7%, a maior queda homóloga desde que há registos (dezembro de 1980).

Esta “fuga” das poupanças das famílias dos bancos coincide com a procura recorde por certificados de aforro, num período marcado por juros baixos nos depósitos bancários. Recorde-se que, em maio, ainda estava em comercialização a antiga série E dos certificados de aforro, cuja taxa de juro base podia chegar aos 3,5%. Com esta rendibilidade, muitas famílias optaram por retirar as suas poupanças dos bancos para investir neste produto de dívida do Estado, o que explica grande parte da redução dos montantes aplicados em depósitos.

No início de junho, porém, o Governo decidiu suspender a comercialização dos certificados da série E, substituindo-a pela atual série F, com condições menos vantajosas.

Relativamente aos depósitos das empresas, o montante aplicado nos bancos residentes desceu de 65,5 mil milhões de euros, no final de abril, para 64,3 mil milhões de euros no final de maio. Apesar da queda, em termos mensais, tratou-se de um aumento de 1,5% em relação a maio do ano passado, uma desaceleração face à subida homóloga de 1,8% em abril.

Leia ainda: Certificados de aforro: O que muda com a nova série F?

Crédito habitação desacelera há 10 meses

Os dados do Banco de Portugal mostram que o crédito habitação continua a desacelerar, num período marcado pela subida acelerada das taxas de juro. No final do mês passado, o montante total de empréstimos para a compra de casa era de 99,5 mil milhões de euros, menos 100 milhões do que no final de abril.

Em relação ao mesmo mês do ano passado, tratou-se de um aumento de 0,9%, inferior à subida de 1,4% observada em abril e de 1,9% registada em março. Maio marcou já o décimo mês consecutivo de desaceleração do crescimento homólogo, que era de 4,8% em julho de 2022.

Já os empréstimos ao consumo totalizavam 20,8 mil milhões de euros no final de maio, o que reflete um crescimento de 4,4% em relação a maio de 2022.

Leia ainda: Quanto custa fazer um crédito habitação?

Empréstimos às empresas diminuem pelo quinto mês

O montante de empréstimos concedidos pelos bancos às empresas diminuiu 2,3% face a maio do ano passado, o que representa já o quinto mês consecutivo de quedas homólogas.

Segundo o Banco de Portugal, a redução foi expressiva em todas as dimensões de empresas (exceto nas microempresas), e nos setores da eletricidade, gás e água, do alojamento e restauração e das indústrias transformadoras.

No final de maio, o montante de empréstimos concedidos pelos bancos às empresas foi de 73,9 mil milhões de euros, menos 200 milhões do que em abril.

A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.

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