Saber o preço do barril de petróleo hoje e para onde vai nos próximos meses é importante para perceber o impacto no seu orçamento e na economia global. Neste artigo, vai encontrar um resumo sobre a evolução do preço do petróleo, as tendências até 2026, os fatores que explicam as variações e como isso influencia o que paga na bomba de combustível.
Cotação do barril de petróleo em 2025
Variação recente do preço do Brent e WTI
Apesar das subidas recentes, os preços do Brent do Mar do Norte – referência para as importações europeias – e do West Texas Intermediate (WTI) –o crude negociado em Nova Iorque – estão cotados a 68,76 dólares e 67 dólares, respetivamente. Estes valores refletem oscilações ligadas a acontecimentos geopolíticos, mas também à perceção de excesso de oferta.
Fatores que influenciam o valor atual
As subidas recentes foram impulsionadas por ataques no Médio Oriente, mas os analistas consideram que este efeito é temporário. A tendência dominante é marcada por procura fraca e excesso de oferta, fatores que pressionam os preços para baixo.
Tendências do preço do petróleo até 2026
Previsões dos analistas internacionais
Os principais bancos de investimento do mundo apontam para uma queda dos preços do petróleo no mercado internacional face à cotação atual.
Mesmo os analistas mais pessimistas, que reviram em alta o preço do barril (de forma muito ligeira), continuam a acreditar que o excesso de oferta deve pressionar as cotações do crude.
Esta antecipação está, aliás, em linha com o desempenho do WTI – que, desde o início do ano, sobe pouco mais de 1%. Já o Brent cede mais de 9%.
Assim, as subidas das últimas semanas provocadas pelos ataques de Israel a alguns países vizinhos, pode mesmo ser só “fogo de vista”. A Goldman Sachs aponta para que o barril de Brent alcance os 66 dólares por barril na segunda metade do ano, e 56 dólares por barril em 2026. Ou seja, uma descida face aos 68,76 dólares em que está cotado atualmente a referência para as importações europeias.
Possíveis cenários de valorização e queda
O banco de investimento norte-americano defende ainda a possibilidade de o WTI vir a cair dos atuais 67 dólares para 63 dólares por barril no segundo semestre, para voltar a descer em 2026 para 52 dólares por barril.
Por detrás desta expectativa está um “consenso [dos analistas que] prevê que o mercado petrolífero registe um sobreabastecimento” este ano, pode ler-se no outlook para 2025 do UBS.
Também a Goldman Sachs prevê “uma compensação do aumento de preços mais altos a longo prazo dos barris [devido ao contexto geopolítico] face ao impacto de um superavit de 1,7 milhões de barris por dia em 2026″.
Esta antecipação de excesso de oferta de barris de crude foi revista em alta, já que, anteriormente, o banco norte-americano esperava um superavit de 1,5 milhões de barris por dia.
O último relatório da Agência Internacional de Energia (AIE) confirma um aumento dos stocks de crude. Por outro lado, também a procura abrandou. Aliás, este organismo prevê mesmo que a procura este ano cresça “ao ritmo mais baixo desde 2009”, sem contar com 2020, ano da pandemia. Este abrandamento é evidente sobretudo nos mercados emergentes, onde se nota “um consumo mais fraco”, salienta a AIE.

