As tensões no Médio Oriente agudizaram-se e as mudanças no xadrez geopolítico já começaram a ter impacto na sua carteira.
No arranque desta semana, o preço do gasóleo simples subiu cerca de oito cêntimos e o valor a pagar por cada litro de gasolina sofreu um agravamento de três cêntimos, de acordo com a antecipação avançada pelo Eco, citando fontes do setor.
Esta situação já levou o Governo a deixar claro que está a “acompanhar a situação”, ainda que o Ministério das Finanças deixe, para já, de lado o lançamento de medidas fiscais semelhantes às aplicadas em 2022, aquando da escalada dos preços dos combustíveis, devido à invasão russa à Ucrânia.
Na origem deste agravamento está sobretudo o aumento do preço do barril de petróleo no mercado internacional, que se reflete nas cotações da gasolina e do gasóleo (também elas negociadas) em bolsa.
O preço do crude viveu uma verdadeira montanha-russa nos últimos dias. O petróleo West Texas Intermediate (WTI) – referência para os EUA – começou a sessão de segunda-feira a disparar acima dos 80 dólares, para enfraquecer ao longo do dia e fechar a sessão a afundar mais de 7%.
Já o barril de petróleo Brent do Mar do Norte – referência para as importações europeias – já registou uma queda superior a 4% para negociar abaixo de 67 dólares.
O motivo para a subida e para a descida é o mesmo: as tensões no Médio Oriente. O petróleo escalou após os ataques dos EUA contra estruturas cruciais no Irão. Entretanto, o presidente dos EUA anunciou um cessar-fogo entre Telavive e Teerão, o que levou os investidores a acalmarem os receios sobre uma potencial escalada destas tensões.
Mas afinal, quanto pesa o preço do barril de petróleo na fatura paga por si no posto de abastecimento? A realidade é que os impostos pesam mais do que o valor cobrado às empresas refinadoras por esta matéria-prima.