10 termos em inglês que tem de conhecer para acompanhar os mercados

Os mercados têm uma linguagem comum, que é dominada pelo anglicismo. Para que não fique perdido, analisamos 10 dos termos mais importantes.

A linguagem nos mercados financeiros está repleta de termos e expressões em inglês. Muitos têm tradução fácil para português, outros nem por isso, mas estando os mercados fortemente globalizados e interligados, é essencial que os investidores e interessados em acompanhar estes temas estejam a par do que significam os termos que todos os dias estão em destaque nas notícias e relatórios sobre os ativos cotados nas bolsas.

Neste artigo, onde as aspas abundam, selecionamos 10 termos em inglês, que estão entre os mais utilizados nos mercados, detalhando o que significam e as outras expressões em língua inglesa que lhe estão associadas. Isto para que possa entender o significado de frases repletas de anglicismos como estas: “Os analistas estão a recomendar ‘value stocks’, depois dos comentários ‘hawkish’ do banco central terem elevado as probabilidades de um ‘quantitative tightening’ mais célere, colocando um ponto final no ‘buy the dip’ e agravando o ‘bear market’ das bolsas”.

Confuso? Saiba o que significam estes termos e como podem ser relevantes para quem investe.

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Bull Market/Bear Market

Os mercados são feitos de ciclos, com movimentos mais ou menos prolongados de valorizações e desvalorizações. Para classificar em que período se está, os investidores recorreram ao mundo animal.

O touro (bull) ilustra os movimentos de alta porque ataca de baixo para cima. O urso os movimentos de baixa, porque ataca com as garras de cima para baixo. Embora se use mercado touro ou mercado urso para identificar o momento do mercado, é a terminologia em inglês que é mais utilizada.  

O “Bear Market” e “Bull Market” aplica-se a qualquer ativo cotado: ações, índices, matérias-primas, etc. E como se sabe em que momento dos mercados estamos? Convencionou-se que para mudar de ciclo, um ativo tem de variar mais de 20% face ao máximo/mínimo das últimas 52 semanas. Quando tal acontece, o ciclo teve início nesse fundo/pico.

Um exemplo é mais fácil perceber: o índice de ações S&P500 (dos Estados Unidos) foi decretado em “Bear Market” este mês de junho, depois de na sessão do dia 12 ter fechado abaixo de 3.837 pontos, o que representa uma queda superior a 20% face ao máximo (neste caso histórico) fixado a 3 de janeiro (4.818) pontos. O S&P500 está assim em “Bear Market” desde o início deste ano, colocando um ponto final ao “Bull Market” que durava desde março de 2020.

O índice atingiu um mínimo de 52 semanas em março de 2020, depois de quedas violentas relacionadas com o início da pandemia. Iniciou depois um período de alta que durou até ao início deste ano. No caso do índice português, persiste o “Bull Market”, uma vez que, desde os primeiros meses da pandemia, o PSI-20 nunca acumulou uma queda de 20% face a máximos.

No caso das Bolsas (índices), onde esta terminologia é mais utilizada, os “Bear Market” estão habitualmente ligados a períodos de recessão e os “Bull Markets” a fases de expansão económica, embora nem sempre coincidam no tempo (os mercados habitualmente antecipam os ciclos económicos).

Podem ser longos ou curtos, muito acentuados ou suaves. Para se ter uma ideia, os 15 Bear Markets do S&P500 desde 1929 tiveram uma duração média de 18,6 meses, com uma desvalorização média de 38,2%. O mais longo durou 62 meses (entre 1937 e 1946) e nesse período o índice caiu 60%. O mais curto foi precisamente no início da pandemia. Começou a 19 de fevereiro e acabou no final de março de 2020, com o S&P500 a afundar 34% em pouco mais de um mês.

Apesar de poder ser utilizada em todos os ativos cotados, a terminologia do “Bull Market / Bear Market” é pouco recorrente em determinados ativos onde as variações são habitualmente de menor amplitude, como as obrigações e as moedas. Também é pouco utilizado em ativos de forte volatilidade, como as criptomoedas (e algumas ações e matérias-primas), que podem oscilar mais de 20% num curto espaço de tempo (dias ou semanas). O touro e o urso também são mencionados para referir se um investidor/analista está “bullish” (otimista) ou “bearish” (pessimista) com a evolução de um determinado ativo.

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Rally/Sell Off

Se o “Bull Market /Bear Market” é utilizado para classificar as tendências dos mercados em prazos mais longos, também existem expressões para identificar movimentos de muito curto prazo. Diz-se que existiu um “rally” numa bolsa (ou outro ativo cotado) quando esta regista valorizações acentuadas no espaço de uma ou várias sessões, motivadas por uma pressão compradora que impulsiona a cotação do índice.

Pelo contrário, se a bolsa regista um (ou alguns) dia(s) de forte pressão vendedora, que implique desvalorizações expressivas, diz-se que ocorreu um “sell off”. Nestes casos, não existe uma quantificação pré-definida para se dizer se aconteceu um “rally” ou um “sell off”. Basta ser muito pronunciado e num curto espaço de tempo. Parte sobretudo da perceção dos agentes de mercado, mas se um índice subir mais de 3% no espaço de uma sessão, ou 5% numa semana, pode ser classificado como um “rally”, ou uma queda de igual dimensão um “sell off”.

Estes movimentos são muito frequentes, sobretudo em momentos de volatilidade mais elevada nos mercados, como acontece em 2022. Se for um “sell off” muito acentuado e num período muito curto, o movimento pode ser classificado de “crash”. A queda diária terá de se aproximar de dois dígitos no caso de um índice de ações e ser evidente um movimento de pânico no mercado (“panic sell”). Os “crashs” são muito pouco frequentes e estão habitualmente ligados a acontecimentos inesperados e de forte impacto. Contam-se pelos dedos da mão os que aconteceram em Wall Street nas últimas décadas.

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Buy the Dip/ Sell the Rally 

Nos períodos de alta/baixa mais prolongados, são frequentes os movimentos inversos, com correções de tendência. Pequenos ciclos dentro dos ciclos mais abrangentes, que permitem aos investidores ganharem com a volatilidade nos mercados.

A estratégia “buy the dip” passa por comprar um ativo após um período de quedas, apostando que vai recuperar. Se este movimento for seguido de forma abrangente pelos investidores, habitualmente gera um “bear market rally”. Pelo contrário, um movimento de alta (ou recuperação), é aproveitado por muitos investidores para vender. É denominado por “sell the rally”.

Estas estratégias são muito frequentes e têm por base a lógica de que nos mercados os movimentos são habitualmente interrompidos por inversões de tendência, que podem ser mais ou menos prolongados. Para que a estratégia saia vencedora, é importante acertar nos pontos de inflexão da cotação do ativo, o que é habitualmente muito difícil.

Por exemplo, se uma ação ou índice valoriza mais de 10% num curto período, é natural que desvalorize em algumas sessões (correção) por estar “oversold” (sobrecomprada, ou acima do seu valor fundamental) e os investidores optem por realizar mais-valias através do “sell the rally”.

Pelo contrário, quando uma ação/índice desvaloriza de forma acentuada, é normal que recupere por estar “oversold” (sobrevendida, ou abaixo do seu valor fundamental) e os investidores optem por “buy the dip”. Para os investidores de longo prazo, estes “rally” e “sell off” têm uma importância muito diminuta, pois estas tendências de curto prazo não influenciam o resultado final.

Short Selling

captura de ecran que mostra o gráfico com evolução das ações , em bolsa

Se comprar uma ação (ou outro ativo cotado), está a assumir uma posição longa, obtendo um retorno se a cotação valorizar, ou uma perda se a cotação desvalorizar. Mas também pode obter um ganho se o preço do ativo desvalorizar. Para isso tem de assumir uma posição curta, uma estratégia que nos mercados é sobretudo conhecida por “short selling”.

Neste caso, o investidor vende o ativo sem o deter (pede emprestado a uma instituição que o tenha em carteira), pois tem a expectativa de que a cotação vai desvalorizar. Num período futuro compra esse ativo e devolve-o a quem lhe emprestou (pagando uma comissão). Se comprar a um preço inferior ao que vendeu, ganha a diferença, tirando partido da desvalorização que antecipou ir acontecer.

Em períodos de tendência de queda dos mercados acionistas, a estratégia de “short selling” é habitualmente muito utilizada nas ações consideradas mais frágeis, o que acentua o movimento negativo. Existe também o “naked short selling”, que passa por vender o ativo sem o deter ou pedir emprestado, o que é ilegal em grande parte das bolsas. Em situações extremas, a posição curta numa determinada ação pode até exceder o capital total da companhia, pois os investidores venderam um número de ações superior ao que existe disponível no mercado.

Apesar de à partida o “short selling” pressionar em baixa as ações, nem sempre é que se verifica. Se o investidor assume uma posição curta numa ação e, ao contrário do que espera, a ação valoriza, pode ser pressionado a comprar a ação para fechar a posição e limitar as perdas (entregando o título a quem lhe emprestou). Este movimento é conhecido por “short squeeze” e quando acontece em larga escala, provoca fortes subidas nas cotações devido à intensa pressão compradora dos investidores apanhados em contramão.  

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Quantitative Easing/Quantitative Tightening

A política monetária, que reflete a atuação dos bancos centrais, também é feita de ciclos. É expansionista (acomodatícia) se as taxas de juro estão num nível que apoie o crescimento económico, contracionista (restritiva) se pretende arrefecer a economia para pressionar a inflação em baixa e neutra se as taxas de juro estão num nível que se considera ser neutral para a economia.

Mas as subidas e descidas das taxas de juro (medidas convencionais) não são a única ferramenta que os bancos centrais têm ao dispor para implementar a política monetária. Podem também intervir de forma mais direta, através da compra/venda de títulos de dívida (obrigações de países e empresas) e até de ações, bem como outras medidas apelidadas de não convencionais.

Para responder à crise financeira que abalou a economia global depois da falência do Lehman Brothers, os bancos centrais em todo o mundo implementaram programas agressivos de compra de ativos, injetando liquidez no sistema financeiro para impulsionar o crescimento económico e os preços. A estratégia, que foi repetida para mitigar os efeitos da pandemia, é conhecida por “Quantitative Easing” (QE). Um “palavrão” muito utilizado nos últimos anos e que está agora a ser substituído pelo seu inverso.

Depois de elevarem os seus balanços para níveis recorde, os bancos centrais estão a iniciar em 2022 o movimento contrário, que é conhecido por “Quantitative Tightening” (QT). A estratégia passa por retirar liquidez e oferta de dinheiro do sistema financeiro, visando arrefecer a economia a pressionar a inflação em baixa. Esta atuação, que é implementada através da venda de ativos, faz parte do processo de normalização da política monetária e os economistas defendem que o efeito é equivalente à subida das taxas de juro.

Hawkish/Dove

Os touros e ursos não são os únicos animais dos mercados. Também existem falcões e pombas, que são utilizados para classificar os bancos centrais (e os seus responsáveis), consoante implementam/defendem uma política monetária mais ou menos restritiva.

A designação em inglês é bem mais comum nos mercados. Diz-se que um banco central é “Hawkish” (falcão) quando está focado no controlo da inflação e para isso define uma política monetária marcada pela subida das taxas de juro. Se o banco central atribuiu uma preocupação elevada ao impacto da política monetária no crescimento económico e nos mercados financeiros, é classificado como “Dove” (pomba).

A designação “Hawkish” é utilizada de forma mais frequente, com os agentes de mercado habitualmente a classificarem os bancos centrais como mais/menos “Hawkish” conforme o seu discurso se torna mais/menos agressivo. O recurso às duas aves é sobretudo utilizado para classificar os membros dos órgãos que decidem a política monetária dos bancos centrais, que habitualmente são compostos por “hawks” e “doves”.

É o caso do Conselho do BCE, onde vários dos governadores dos bancos centrais dos países do norte da Europa são considerados falcões, por serem mais inflexíveis na política monetária restritiva em alturas de inflação elevada, enquanto nos bancos centrais dos países do Sul é atribuída uma maior relevância à evolução da economia. Mas em todos os bancos centrais existem “hawks” e “doves”, daí que quando é escolhido um novo líder de um banco central, o foco do mercado está na avaliação se é mais ou menos “Hawkish”.

Ainda na política monetária existe outra expressão em inglês que é muito utilizada, sobretudo no atual contexto de subida rápida da inflação. A principal missão dos bancos centrais passa por garantir a estabilidade dos preços, pelo que muitos economistas acusam a Reserva Federal (EUA) e o BCE de terem ficado “Behind the Curve”. Ou seja, deixaram a inflação disparar sem responder com um agravamento mais rápido da política monetária, por considerarem que o efeito seria “transitório”, o que acabou por não se confirmar. Um “atraso” que obriga agora a implementar uma política monetária mais agressiva, que pode causar um dano maior na atividade económica.

Yield

É a palavra-chave para quem investe em obrigações ou outros títulos de dívida emitidos por soberanos (países) e privados (empresas). A “yield”, apresentada em percentagem, corresponde à rendibilidade que está implícita no preço do título e que oscila em função da variação da cotação.

Uma obrigação é emitida a um determinado preço, habitualmente diferente do valor que será reembolsado no final do prazo e que vai oscilar até à sua maturidade. O título de dívida paga um cupão (com uma frequência que habitualmente oscila entre 3 e 12 meses), com uma taxa de juro que pode ser fixa ou variável. O retorno que o investidor obtém com uma obrigação resulta da conjugação destas duas componentes: diferença entre o valor nominal do título e o valor a que o compra no mercado e a taxa de juro do cupão. É por isso que quando o preço da obrigação desvaloriza, a “yield” sobe. E quando a obrigação valoriza, a “yield” desce.

É muito comum, nas notícias e nos relatórios de mercados, surgir a menção à taxa de juro da obrigação, mas a expressão correta é “yield”, pois a taxa de juro corresponde apenas ao valor que o título paga periodicamente (cupão). O mundo das obrigações é bastante complexo, existem diversos tipos de obrigações (sem cupão, sem maturidade, indexadas, etc.), mas a definição de “yield” é comum a todas e é a que interessa para aferir a rendibilidade do investimento nestes títulos de renda fixa.

Para medir o risco de uma obrigação, é utilizada mais uma expressão em inglês: “spread”. Corresponde à diferença entre a yield de um título e a “yield” do título de referência desse mercado (“benchmark”). Por exemplo, se as obrigações do Tesouro de Portugal, com uma maturidade a 10 anos, negociar com uma yield de 2,5% e as obrigações da Alemanha  (o “benchmark” no mercado de dívida soberana na Europa) apresentarem uma yield de 1,6%, o spread é de 90 pontos base (0,9 pontos percentuais). Ou seja, os investidores exigem um juro adicional desta magnitude (conhecido por prémio) para comprar obrigações portuguesas em vez de alemãs.

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Value Stock/Growth Stock

jobem mulher, investidora, analisa gráficos no computador e no telemóvel para acompanhar a evolução das valorizações dos seus investimentos.

O mercado divide as ações das empresas cotadas em dois perfis distintos: “Value Stocks” e  “Growth Stocks”. As primeiras, classificadas de ações de valor, correspondem a empresas com negócios maduros, estáveis e geradores de lucros elevados, mas que estão a negociar em bolsa por um valor considerado inferior ao que é justo.

Esta estratégia de “value investing”, vista como mais defensiva e de menor risco, passa por encontrar ações de boas empresas que estão a ser desvalorizadas pelo mercado. O melhor método passa por recorrer aos múltiplos de mercado (como o dividend yield, PER, ect.), comparando-os com os das empresas do setor, selecionando as empresas mais desfasadas da média do mercado e que cumpram as características de “Value Stocks”. Habitualmente, estas empresas tendem a registar um melhor desempenho em alturas de menor atividade económica.

A opção inversa passa pelo investimento em “Growth Stocks”, que são empresas que apresentam elevadas perspetivas de crescimento. A estratégia é mais arriscada e passa por encontrar empresas que, apesar de apresentarem resultados fracos, apresentam um forte potencial de crescimento. Neste caso a análise aos múltiplos é menos relevante, pois o investidor está a apostar agora nos resultados que acredita que a empresa vai gerar no futuro.

Dado necessitarem de financiamento mais elevado e a geração de “cash flow” ser reduzida, as “Growth Stocks” tendem a registar um desempenho bolsista inferior quando as taxas de juro estão em níveis elevados. Obedecendo à lógica de diversificação dos investimentos, muitos investidores optam por compor as carteiras com os dois estilos de ações.

Blue Chip/Small Cap

As empresas também podem ser divididas tendo em conta outras características, como é o caso da dimensão. As companhias com um valor de mercado (capitalização bolsista) mais elevado são conhecidas por “large caps”, sendo que dentro deste lote existem algumas que são classificadas de “blue chips”: as empresas de grande dimensão com negócios bem estabelecidos, que vendem produtos ou serviços muito reconhecidos e apresentam indicadores financeiros saudáveis.

São também empresas históricas, com capacidade para superar os ciclos económicos sem grandes oscilações. Por serem consideradas mais seguras e apresentarem uma forte liquidez em bolsa, as “blue chips” são o alvo preferido de muitos investidores. A designação resulta da cor das fichas mais valiosas do poker, que são azuis.

Já as “small caps” são empresas de baixa capitalização bolsista, que podem pertencer aos mais variados setores e perfis de crescimento. Habitualmente são mais sensíveis ao ciclo económico e não estão no radar dos grandes investidores, devido à habitual reduzida liquidez e maior volatilidade. Não existe um limite definido para determinar se uma empresa é “small cap”, “large cap” ou “blue chip”. Há também quem classifique as companhias como “midcap” (entre “large cap” e “small cap”) e as “microcap” (abaixo de “small cap”).

Na bolsa portuguesa a linha dos mil milhões de euros de valor de mercado é, informalmente, vista como a separação entre as small caps e as outras. Já a EDP, com uma capitalização bolsista em redor de 20 mil milhões de euros, pode ser vista como uma das poucas “blue chip” nacionais.

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TINA

Os mercados também são férteis em acrónimos que resultam de expressões em inglês. O TINA (“there is no alternative”) foi muito utilizado nos últimos anos, para justificar a valorização das ações devido à inexistência de alternativas, uma vez que as taxas de juro estiveram em níveis muito reduzidos para atrair capital para os investimentos de risco mais reduzido.

O efeito TINA mostra que, tendo em conta os elevados níveis de liquidez (injetados pelos bancos centrais) e o baixo preço do dinheiro, os investidores foram “empurrados” para as ações, motivando a sua valorização. Este acrónimo não nasceu nos mercados, tendo sido originalmente citado por Margaret Thatcher na década de 80, quando a primeira-ministra britânica defendia que não existia alternativa ao capitalismo e à globalização.

FOMO

Este é outro acrónimo também muito em voga no pós-pandemia. Com os mercados acionistas numa espiral de valorização fulgurante, muitos investidores “apanharam o comboio” devido ao “medo de ficarem de fora” e não por razões fundamentais. A sigla FOMO é também utilizada para descrever as práticas dos utilizadores que passam horas seguidas nas redes sociais por medo de perderam algo.

O TINA e o FOMO são movimentos que podem resultar em valorizações excessivas nos preços dos ativos, por não resultarem em estratégias que assentem em análises objetivas.

O mercado de capitais está recheado de expressões em inglês. Qualquer pessoa que pondere investir deve perceber o que significam, porque muitas vezes estes termos têm influência na evolução dos ativos e/ou explicam o seu comportamento. Mais uma vez, quando pensamos investir devemos munirmos da maior informação possível. Dominar a linguagem dos mercados é um passo para podermos tomar melhores decisões financeiras.

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Nasceu em 1977, sendo jornalista desde 1999. Iniciou a carreira no Jornal de Negócios, onde esteve mais de 20 anos, ocupando várias funções, sempre com foco no online. Atualmente é jornalista independente, assina a newsletter diária de mercados Morning Call e colabora de forma regular com o ECO. Formado em Gestão no ISEG, tem especial interesse por tudo o que está relacionado com os mercados financeiros.

A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.

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