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Começar a investir: Passo-a-passo e os cuidados a ter

Quer investir, mas não sabe por onde começar? Veja que etapas deve seguir para entrar no universo dos mercados financeiros.

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Começar a investir: Passo-a-passo e os cuidados a ter

Quer investir, mas não sabe por onde começar? Veja que etapas deve seguir para entrar no universo dos mercados financeiros.

Se está a pensar em começar a investir o seu dinheiro, a primeira coisa que precisa de saber é vai necessitar de um intermediário financeiro, como um banco, corretora ou plataforma digital para ter acesso aos diferentes “produtos” em que pode investir o seu dinheiro.

Apesar de complexos, os mercados financeiros não são um bicho de sete cabeças e nunca, como hoje, foi tão simples investir, com soluções para todas as carteiras, facilmente acessíveis através de qualquer computador ou smartphone.

Se as vantagens são inúmeras, também os riscos, pelo que deve cumprir um conjunto de etapas antes de “entrar de cabeça” no mercado de capitais. Veja neste artigo o passo a passo para se iniciar no mundo dos investimentos e que cuidados deve ter.

Estabeleça objetivos

O primeiro passo, e mais importante, é definir metas. Porque estou a investir o meu dinheiro? Quais são os meus objetivos? Só com uma ideia clara do propósito será capaz de estabelecer um plano adequado às suas necessidades. Quer investir para ter maior folga financeira quando chegar à idade da reforma? Ou quer pagar a universidade do seu filho daqui a uns anos? Ou até comprar uma casa maior brevemente?

Para cada um dos casos existe uma forma melhor – e pior – de investir – pelo que definir metas é prioritário. Se cada objetivo tem um prazo de realização diferente, os investimentos a realizar devem estar de acordo com esse horizonte temporal. Empenhe algum tempo nesta tarefa porque nunca será tempo perdido.

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Selecione os ativos a investir

Estabelecidos os objetivos, é hora de “medir” o seu nível de tolerância ao risco para adequar as suas escolhas não só ao horizonte temporal, mas também ao seu perfil de investidor – ou seja, o quanto está disposto a arriscar em troca de um retorno mais elevado.

Encaixando-se num perfil moderado ou agressivo, poderá ter uma parte considerável da sua carteira aplicada em ações, por exemplo. São ativos que o deixam sujeito a perdas de capital, mas que, em contrapartida, lhe podem garantir o melhor retorno no longo prazo. Pelo contrário, se tem um perfil conservador, com baixa tolerância ao risco, esta classe de ativos não é a mais recomendável para si.

Informe-se sobre os tipos de produtos, o seu histórico de desempenho, e a relação entre risco e retorno potencial. E, muito importante: nunca invista em produtos que não conhece ou que não entende. Alguns instrumentos financeiros são altamente complexos podendo gerar perdas de capital superiores ao montante investido (nos casos em que permitem posições alavancadas). Lembre-se sempre que investir “às cegas” é a primeira má decisão que pode tomar em relação ao seu dinheiro.

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produção fotográfica ilustra o tema inflação, investimentos, poupança com um fundo azul e três pequenas pilhas de moedas, em crescendoi, com uma lupa encostada

Escolha um intermediário financeiro

O próximo passo é escolher o intermediário financeiro que será a ponte entre si e os mercados. É através dele – seja uma corretora ou um banco – que fará os seus investimentos, em troca, naturalmente, de um preço pelo serviço.

Em primeiro lugar, deve analisar a oferta de produtos, o nível de acompanhamento do cliente e o preçário. Compare os custos de negociação, guarda de títulos, manutenção de conta, câmbio e comissões relativas à receção de dividendos. Tenha em atenção que “comissões zero” não significa uma gestão gratuita da sua carteira. Alguns intermediários poderão isentar de comissões a compra e venda de títulos, mas cobrar, por exemplo, custos de câmbio ou comissões sobre o pagamento de dividendos, fazendo com que as operações não sejam, para o cliente, a “custo zero”.

Da mesma forma, avalie o nível do serviço que pretende do seu intermediário financeiro. Enquanto num banco de investimento poderá ter a facilidade de pedir informações ou esclarecer dúvidas com o seu gestor, por telefone ou presencialmente, numa corretora online o serviço personalizado terá mais limitações.

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Teste a plataforma de negociação

Depois de escolher o intermediário financeiro, deverá cumprir os passos necessários para a abertura de conta. Passará, depois, a ter acesso a uma plataforma de negociação online, onde poderá dar as suas ordens de compra e venda e gerir, de forma autónoma, a sua carteira.

A maioria dos intermediários oferece a possibilidade de criar uma conta demo para testar a plataforma. Aproveite esta conta de simulação para se familiarizar com o funcionamento dos mercados e do próprio software para reduzir a possibilidade de errar quando estiver a operar na sua conta real. Ali, o dinheiro é fictício e não corre qualquer risco.

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Comece a investir

Quando se sentir confiante, avance finalmente com os seus investimentos, certificando-se que tem todas as informações de que necessita sobre a plataforma, os instrumentos e os preços. Só deverá investir dinheiro que não precisa para os seus gastos e que não perspetive que poderá necessitar para qualquer despesa de emergência. Daí a importância de constituir, primeiro, um fundo de emergência, sem risco e facilmente acessível, para poder fazer face a um gasto inesperado sem comprometer o seu orçamento. Só o restante deverá ser aplicado nos mercados, e dividido por produtos com diferentes níveis de risco.

Parte da carteira deverá estar aplicada em produtos menos arriscados e, por isso, com menor retorno, e outra parte – dependendo do seu perfil – em instrumentos que lhe poderão gerar um maior rendimento, sujeitando-o também a um maior nível de risco. Quanto mais diversificada a carteira (em termos de ativos, setores e geografias) mais protegido estará.

Igualmente importante é começar devagar. Se não tem experiência no mundo dos investimentos, comece por aplicar pequenas quantias, e vá reforçando ao longo do tempo. É fundamental que acompanhe com regularidade a evolução da sua carteira, se mantenha informado sobre a evolução da economia e dos mercados financeiros e, se necessário, que ajuste o seu portefólio.

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A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.

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