Investimentos

Que ativos compõem um PPR?

Os Planos Poupança Reforma não são todos iguais e o tipo de ativos que os compõem influenciam o risco do investimento.

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Que ativos compõem um PPR?

Os Planos Poupança Reforma não são todos iguais e o tipo de ativos que os compõem influenciam o risco do investimento.

Os Planos Poupança Reforma (PPR) são produtos procurados por muitas pessoas que querem fazer crescer o seu dinheiro para o futuro. Ao mesmo tempo, permitem poupar no presente, graças aos benefícios fiscais que lhes estão associados.

No entanto, tal como qualquer investimento, os PPR não estão isentos de risco. Isto é sobretudo evidente nos fundos PPR, uma vez que são um tipo de produto que não garante o capital investido.

Para compreender o nível de risco, é importante perceber como é que os PPR são compostos, em que tipo de ativos é investido o dinheiro e qual o peso de cada um deles.

Como são compostos os Planos Poupança Reforma?

De acordo com a legislação, o património dos Planos Poupança Reforma deve ser composto por valores mobiliários (como ações, obrigações e títulos de participação), participações em instituições de investimento coletivo (tais como unidades de participação em fundos de investimento) e ativos monetários (como dívida de curto prazo e depósitos bancários).

Além disso, os fundos de pensões e os fundos autónomos de uma modalidade de seguro do ramo «Vida» podem também investir em terrenos, edifícios e créditos de empréstimos hipotecários.

Estão ainda definidos limites quanto ao peso que cada tipologia de ativos pode ter no património do fundo. Os ativos monetários, por exemplo, não podem representar mais de 20% do fundo e o investimento em valores mobiliários que não sejam negociados em bolsas ou mercados regulamentados pela União Europeia ou por Estados membros da OCDE não pode ser superior a 10%.

Até 2018, as ações não podiam ter um peso superior a 45%, mas este limite foi entretanto retirado, o que permite uma maior exposição ao mercado acionista. Ao mesmo tempo que aumenta o risco de alguns PPR, este tipo de investimento ajuda a obter retornos potencialmente mais elevados.

Quais são os PPR mais arriscados?

Quanto maior for a exposição a ações, mais alto o nível de risco do PPR. Além disso, os mercados onde se investe (desenvolvidos ou emergentes) também têm influencia. Existem soluções para todos os tipos de investidor: dos mais conservadores (que preferem investimentos mais cautelosos apesar dos retornos mais modestos) aos mais agressivos (que têm uma maior tolerância ao risco).

Por exemplo, o Fundo de Pensões PPR SGF Doutor Finanças tem uma classe de risco de 5 em 7, o que significa que tem um potencial de remuneração elevada. Isto porque, em condições estáveis de mercado, terá um investimento de 78,4% em ações, 9,8% em obrigações, 9,8% em matérias-primas e 2% em monetário, tais como depósitos à ordem e a prazo.

Existem no mercado outros produtos com menor exposição acionista, classe de risco mais baixa e, portanto, mais aptos para investidores com mais aversão ao risco. São, no entanto, potencialmente menos rentáveis. Pode ainda encontrar Planos Poupança Reforma que permitem mudar de estratégia ao longo do tempo ou que ajustam os investimentos automaticamente de acordo com a idade do subscritor.

Até porque quando mais perto estiver da idade da reforma, mais seguros devem ser os seus investimentos.

Leia ainda: Qual é o seu perfil de investidor?

Que riscos financeiros estão associados?

Entre os riscos financeiros associados ao investimento num PPR ou noutro produto encontram-se:

  • Risco de capital: risco de perder o dinheiro investido;
  • Risco de crédito: risco de o emitente não conseguir reembolsar os subscritores devido a falência ou insolvência;
  • Risco de liquidez: risco de ter de esperar ou incorrer em perdas para converter um ativo em dinheiro;
  • Risco cambial: causado por eventuais movimentos adversos nas taxas de câmbio;
  • Risco de taxa de juro: possíveis impactos negativos na rentabilidade por movimentos adversos nas taxas de juro;
  • Risco de mercado: o valor de mercado de um ativo ou instrumento financeiro pode ter um impacto negativo por movimentos adversos nos mercados financeiros;
  • Risco regulamentar e fiscal: se houver alterações na legislação fiscal (como uma atualização das taxas tributárias), a rentabilidade será afetada;
  • Risco de sustentabilidade: risco de que um acontecimento de natureza ambiental, social ou de governação tenha impacto no valor do investimento.

Assim, é importante que analise as várias opções disponíveis no mercado. Só assim tem a certeza de estar a investir num produto que vai ao encontro dos seus objetivos e que se enquadra no seu perfil de investidor.

Por exemplo, se tiver um perfil mais conservador ou estiver mais perto da idade da reforma, é mais recomendável olhar para um PPR cujo património seja maioritariamente constituído por títulos de rendimento fixo.

Leia ainda: Guia sobre PPR: Chega de dúvidas sobre Planos Poupança Reforma

A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.

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