Para as famílias portuguesas, o subsídio de Natal é visto como um rendimento extra que pode ajudar a resolver algumas questões pendentes. Ou seja, pode ser a oportunidade de pagar uma dívida, uma reparação ou de avançar com uma obra em casa. Assim, cada família dá-lhe o destino que entende e de acordo com as suas necessidades.
Em seguida, deixamos algumas sugestões de como pode aplicar este dinheiro extra, visando o equilíbrio do seu orçamento familiar e até, se for possível, multiplicar o seu dinheiro.
Já sabe como vai gerir o seu subsídio de Natal este ano?
Existem, de facto, várias alternativas para gastar o subsídio de Natal. Nenhuma é melhor que outra, pois tudo depende da situação financeira de cada família e do que cada um valoriza.
Amortizar dívidas
Uma opção a considerar é pagar dívidas, especialmente as que têm um maior peso no orçamento familiar e que implicam o pagamento de juros elevados. Falamos por exemplo em:
- Crédito à habitação;
- Cartão de crédito.
Assim, se tem um cartão de crédito com valores em dívida, lembre-se que estes implicam o pagamento de taxas de juro elevadas.
Por outro lado, se tiver um crédito à habitação, e com a esta quantia conseguir juntar ainda mais poupanças, pondere amortizar. Ao abater o valor em dívida, estará a diminuir os juros a pagar. Recordamos que, com as novas medidas de apoio do Governo, já não se paga a comissão de amortização. Esta dívida tende a acompanhar grande parte das famílias portuguesas até à sua reforma, logo, quanto mais cedo se libertar, mais cedo poderá canalizar o seu dinheiro para outras necessidades ou até para investimentos.
Subsídio de Natal como reforço do fundo de emergência
O fundo de emergência não é mais do que uma quantia que devemos ter de reserva para fazer face a algum imprevisto. Isto é, situações imprevistas e complicadas como ter ou passar por
- Problemas de saúde;
- Despedimento laboral;
- Um furto ou incêndio;
- Ou até um acidente pessoal.
Este tipo de situações, normalmente, acarretam despesas extra. Assim, é da máxima importância termos uma “almofada financeira” de forma a evitar recorrer a crédito pessoal.
O aconselhável é guardar uma quantia equivalente a seis a 12 meses do valor das despesas mensais. Por exemplo, se as suas despesas mensais forem de 1.000 euros, então deve criar um fundo de emergência num valor entre os seis e os 12.000 euros.
Se é trabalhador independente, tendo em conta a incerteza dos seus rendimentos, é aconselhável ter um fundo de emergência que seja suficiente para cobrir um ano inteiro de despesas.
Abrir conta poupança com um "determinado" objetivo
Ao receber o subsídio de Natal deve também ponderar abrir uma conta poupança específica, ou seja, uma conta que se destina exclusivamente à concretização de um objetivo. Por exemplo:
- fazer uma obra em casa;
- fazer aquela viagem de sonho;
- dar entrada para uma casa ou carro;
- pagar a universidade ao seu filho;
- fazer um tratamento médico ou estético;
- etc.
Investir o subsídio de Natal em instrumentos de poupança
Com o subsídio, pode ainda fazer um depósito a prazo ou investir em certificados de aforro. Ambos vão permitir rentabilizar este dinheiro.
Note, existem no mercado várias opções para investir o seu dinheiro, mas deve estar bem informado sobre o que melhor serve o seu caso, de forma a escolher soluções que respondem ao seu perfil de investidor (mais, ou menos, conservador: com maior, ou menos, risco). A decisão deve, assim, ter em conta a sua margem para aguardar o retorno e a expectativa que se gera ao investir em soluções mais seguras, como estas, mas que oferecem ganhos mais pequenos.
Pode ainda criar uma conta poupança para os seus filhos. Dessa forma, não só guarda o dinheiro como ainda os ajuda no futuro.
Por outro lado, se para si o subsídio de Natal é um valor extra e não precisa dele para fazer face às despesas correntes ou pagar dívidas que tenha pendentes, pondere planear a sua reforma com ele. Afinal de contas, esta poupança deve começar o quanto antes. Existem alguns produtos em que pode aplicar e rentabilizar o seu dinheiro para quando chegar à reforma já ter uma boa almofada financeira. O mais comum é o PPR – Plano Poupança Reforma.
Antes de subscrever um destes produtos, informe-se bem sobre todas as condições, nomeadamente sobre:
- o nível de risco (com ou sem capital garantido);
- penalizações ao fazer o resgate antes do período mínimo previsto.
Caso se sinta à vontade com investimentos de risco, como as ações - um tipo de solução sem capital garantido e, por isso, podem resultar em perdas significativas -, pondere gerir o seu subsídio de Natal para mais um investimento desta natureza mais exigente.
Leia ainda: Reforma antecipada: Quais as penalizações e como pedir?
Guardar para despesas fixas que pesam no orçamento familiar
Outras das nossas sugestões passa por reservar o seu dinheiro para o pagamento de despesas fixas que pesam no seu orçamento familiar. Falamos, por exemplo, dos seguros (carro, casa, mota, outros); e impostos (IMI, IUC, entre outros);
Todos temos um mês mais complicado porque se juntam despesas incontornáveis e, para estas, também pode aproveitar o subsídio de Natal.
Investir o subsídio de Natal em formação
Já diz o ditado popular: "o saber não ocupa lugar". Assim, é da máxima importância investir no conhecimento. Quando investimos na formação, estamos a abrir um mundo de possibilidades, a começar pelo nosso desenvolvimento pessoal e não só. Por exemplo, ao apostar na sua formação está a adquirir competências para um novo cargo no trabalho e, potencialmente, está aumentas as suas hipóteses de ganhar mais dinheiro.
Outras sugestões de gestão do seu subsídio de Natal
O subsídio de Natal também pode ser usado para ajudar nas despesas extra da celebração da quadra festiva. Assim, pode aplicar parte do dinheiro na Ceia de Natal e nos presentes. Sem esquecer de comprar um presente para si.
Assim, se esta é uma época importante para si, dê-se a este "luxo". Se assim o decidir, faça uma lista das pessoas a quem quer oferecer algo e estipule um valor a gastar para cada uma. Mas, atenção, seja racional e evite exageros. Deixamos algumas dicas para que não sobrecarregue a sua carteira:
- Evite ir às compras em horários e locais concorridos – dessa forma, não fará compras à pressa e a probabilidade de comprar bem, é maior;
- Pesquise antes de sair de casa para ter a certeza de que os artigos que pretende estão disponíveis, assim como o valor aproximado dos mesmos;
- Se fizer compras online tente comprar presentes para diversas pessoas, poupando assim nos portes de envio.
A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.
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