A não ser que seja um gato, este artigo não lhe faz mal…

A curiosidade é algo muito associado às crianças, mas perdê-la pode fazer de nós piores pessoas e piores profissionais.

A curiosidade é uma caraterística humana notável, que tem o poder de nos levar a explorar o desconhecido, descobrir novas possibilidades e expandir os nossos horizontes. É uma qualidade que associamos frequentemente às crianças, mas que, à medida que envelhecemos, tende a diminuir.

Neste artigo, vamos aprofundar a natureza da curiosidade, porque é que se desvanece à medida que amadurecemos e porque continua a ser extremamente relevante para as nossas vidas.

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O que é a curiosidade?

A curiosidade é aquela centelha inata, que nos compele a fazer perguntas, procurar conhecimento e compreender o mundo à nossa volta. É o que leva uma criança a interrogar-se sobre as estrelas, o que existe no fundo do oceano ou porque é que o céu é azul. É a força por detrás de inúmeras descobertas e invenções inovadoras ao longo da história, desde a primeira fogueira até ao mais recente smartphone.

À medida que vamos crescendo, muitos factores externos conspiram para diminuir a nossa curiosidade. As estruturas rígidas da educação, com os seus testes padronizados e currículos fixos, dão muitas vezes prioridade à memorização mecânica, em vez da investigação e exploração. O medo do fracasso, a pressão dos colegas e as normas sociais, também não são a maior motivação para fazer perguntas ou seguir caminhos não convencionais.

Um estudo publicado na revista "Psychological Science", em 2009, concluiu que as crianças fazem, em média, 100 perguntas por dia, enquanto os adultos ficam pelas 5. Este declínio deve-se muito mais a fatores externos, que internos.

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A importância da curiosidade nas nossas vidas

A curiosidade não é apenas uma caraterística encantadora, é uma força vital no crescimento pessoal e no desenvolvimento da sociedade. Quando somos curiosos, tornamo-nos mais criativos, melhoramos a nossa capacidade de adaptação e de resolução de desafios. A curiosidade incentiva-nos a explorar diferentes perspectivas, promovendo a empatia e a abertura de espírito.

Algumas das figuras mais influentes da história provam isso mesmo. A curiosidade incessante de Albert Einstein sobre o universo conduziu à sua teoria da relatividade. A curiosidade de Leonardo da Vinci sobre anatomia e voo, resultou em descobertas e invenções revolucionárias. As suas contribuições para a ciência e a arte foram impulsionadas pela sua curiosidade insaciável.

Vários estudos analisaram a curiosidade e o seu impacto no comportamento humano. Além do mais óbvio, que passa pela relação com a aprendizagem, foi identificada proximidade com a motivação, criatividade, resolução de problemas e até com o bem-estar geral.

Os indivíduos curiosos registam, frequentemente, níveis mais elevados de satisfação com a vida e de felicidade. Os motivos passam por maior comprometimento, emoções positivas, menos stress e ansiedade, adaptabilidade, laços sociais, resiliência e até saúde mental.

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Alimentar a curiosidade na idade adulta

Felizmente, não estamos destinados a perder a nossa curiosidade à medida que vamos crescendo. Há medidas práticas que podemos tomar, para reavivar esta qualidade essencial. Ler, viajar e hobbies são excelentes formas de alimentar a curiosidade.

Abrace a arte de fazer perguntas, mesmo que estas pareçam simples ou pouco convencionais. Rodeie-se de pessoas que encorajam esta característica e o inspiram a explorar. A tecnologia e a Internet oferecem oportunidades sem precedentes para satisfazer a nossa curiosidade.

Com um mundo de informação na ponta dos dedos, podemos saciar a nossa sede de conhecimento com apenas alguns cliques. Podcasts, documentários e formação, tornam mais fácil do que nunca explorar novos tópicos e obter novas perspectivas.

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Conclusão

A curiosidade não é uma relíquia de infância, mas uma companheira para toda a vida, que pode enriquecer as nossas vidas de inúmeras formas. É uma força que nos impele a procurar conhecimento e a fomentar a criatividade. Dê asas à sua curiosidade!

Sérgio Cardoso nasceu em Matosinhos, em 1979. Licenciado em Gestão pela Faculdade de Economia do Porto, frequentou The Lisbon MBA, que concluiu em UCLA. Fez grande parte da carreira profissional em media e entretenimento. Atualmente, é Chief Academic Officer no Doutor Finanças, sendo responsável pela Academia do especialista em finanças pessoais, dinamizando toda a área de formação. É ainda consultor, dedicando-se a ajudar empresas nas várias áreas da gestão, o que lhe permite acumular experiências que transmite aos alunos da licenciatura de Gestão, da UCP, onde é professor assistente.

A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.

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