Todos os dias usamos equipamentos elétricos, telemóveis, computadores, secadores, torradeiras, lâmpadas. Mas o que acontece quando deixam de funcionar?

Grande parte destes aparelhos acaba esquecida numa gaveta. O problema é que, por trás do plástico e dos fios, escondem-se matérias-primas críticas: metais e elementos químicos raros, fundamentais para produzir novas tecnologias.

O lítio, o volfrâmio ou o estrôncio são apenas alguns exemplos de matérias necessárias para a produção de baterias, computadores e painéis solares, que existem em quantidades limitadas no nosso planeta. Quando não reciclamos, estamos a desperdiçar a oportunidade de recuperar estes materiais, cuja extração tem um impacto muito negativo no ambiente, além de ser muito cara.

Matérias-primas críticas: O que são e porque importam?

Chamam-se “críticas” porque são difíceis de substituir e obter, mas indispensáveis para o nosso dia-a-dia. Alguns exemplos são:

  • O lítio, essencial nas baterias dos carros elétricos e dos telemóveis;
  • O volfrâmio, usado em ferramentas e componentes elétricos que vibrem;
  • O estrôncio, importante na produção de vidro e cerâmicas especiais.

A boa notícia? Estes materiais podem ser recuperados se os equipamentos forem devidamente encaminhados para reciclagem. Assim, evita-se a extração de novos recursos e reduz-se a pressão sobre o ambiente.

O impacto na carteira e no planeta

Reciclar também é uma forma de valorizar o que já existe. Produzir um telemóvel novo consome energia, água e matérias-primas que têm de ser importadas. Quando os aparelhos são reciclados, parte desses materiais regressa ao ciclo produtivo e isso ajuda a reduzir custos de fabrico e a dependência de recursos externos.

Além disso, os resíduos elétricos contêm substâncias tóxicas, como mercúrio ou chumbo, que podem contaminar o solo e a água se não forem tratados corretamente. Por isso, entregar os equipamentos nos locais certos protege não só o ambiente, mas também a nossa saúde.

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O que fazer com os equipamentos antigos e que já não funcionam

Reciclar é simples e gratuito. Entregue os aparelhos elétricos num Ponto Electrão, numa loja de eletrodomésticos ou em campanhas locais de recolha.

Evite guardar equipamentos que já não usa. Se ainda funcionam, pode repará-los, doá-los ou até vendê-los; se não, recicle-os.

Verifique as campanhas ativas. Muitas vezes, é possível trocar equipamentos antigos por descontos na compra de novos, mais eficientes.

Cada gesto conta. Um pequeno aparelho reciclado hoje, pode ajudar a criar outro amanhã — sem esgotar os recursos do planeta.

Conclusão

O Dia Internacional dos Resíduos Elétricos, assinalado a 14 de outubro, lembra-nos que reciclar é muito mais do que uma obrigação ambiental. É um investimento no futuro.

No final deste mês, celebra-se a Semana Europeia de Prevenção de Resíduos. Até lá, serão desenvolvidas várias iniciativas de sensibilização e prevenção sobre a correta utilização de equipamentos elétricos.

As matérias-primas críticas estão escondidas nas gavetas de todos nós. Basta entregá-las no sítio certo para transformá-las novamente em valor. Porque, afinal, é crítico reciclar equipamentos elétricos.

Encontre aqui o sítio certo onde deve deixar os seus equipamentos elétricos.

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A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.

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