Finanças pessoais

6 decisões financeiras que podem sair caras

A toma de decisões financeiras é uma realidade com a qual somos diariamente confrontados, seja em maior ou menor escala.

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6 decisões financeiras que podem sair caras

A toma de decisões financeiras é uma realidade com a qual somos diariamente confrontados, seja em maior ou menor escala.

Todos os dias tomamos decisões financeiras. É incontornável. Seja em compras do dia a dia, escolha de um carro ou abertura de uma conta. No entanto, existem decisões que podem comprometer ou prejudicar situações futuras e, assim, devem ser tomadas com bastante ponderação.

Neste artigo, abordamos algumas decisões que podem comprometer a sua estabilidade financeira no futuro.

Ceder à compra por impulso

No que diz respeito a decisões financeiras, as compras por impulso são uma das mais comuns. Comprar por impulso pode parecer inofensivo, no entanto, quando é feito de forma descontrolada pode ter consequências graves. As compras, em si, não precisam de ser de um montante avultado. Podem começar com coisas simples, como por exemplo, uma peça de roupa, depois uma peça de decoração e por aí fora.

Neste contexto, deixamos-lhe um desafio: sempre que estiver para comprar algo por impulso, e não por necessidade, não compre e coloque esse dinheiro de lado. Ao fim de um ano, verifique quanto dinheiro juntou por ter resistido a essas compras. Vai ver que se vai surpreender.

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Investir dinheiro que lhe faz falta

Investir é uma decisão que requer bastante ponderação. Primeiro, quando pensamos em investir temos de estar dispostos a esperar até recuperar esse dinheiro. Os investimentos são tão mais proveitosos, quanto mais tempo os deixarmos evoluir. Assim, tem de garantir que está disposto a esperar o tempo necessário.

Em segundo lugar, tem de garantir que o dinheiro que vai investir não lhe faz falta. Faça este exercício: do dinheiro que tem disponível, qual a quantia que, caso perdesse, não iria afetar a sua estabilidade financeira? Este deve ser o pensamento por detrás da sua decisão. Para investir, deve usar dinheiro que "pode perder" e não dinheiro que possa vir a fazer-lhe falta.

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Pagamentos a crédito em "excesso"

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Sempre que utilizamos dinheiro que não é nosso, existe um maior risco de desiquilibrar as nossas finanças. No que diz respeito a pagamentos a crédito, não é exceção. Atualmente, o pagamento com cartões de crédito é bastante comum e o acesso a estes é também relativamente fácil. No entanto, não nos devemos esquecer que dinheiro a crédito, significa que esse dinheiro não é nosso, e que terá de ser retornado.

Da mesma forma, devemos ter sempre em consideração os juros associados. Se utilizar o seu cartão de crédito, e pagar a 100% no mês seguinte, não existe problema. O valor a pagar corresponde ao valor utilizado. No entanto, existem outras modalidades de pagamento, nomeadamente as parceladas. Isso significa que vai pagar a partir do mês seguinte o valor utilizado em parcelas. Qual o problema deste método? Os juros envolvidos. Neste caso, vai acabar a pagar mais do que aquilo que, efetivamente, gastou. O pagamento parcelado, pode parecer prático, no entanto, financeiramente é menos interessante.

Quando utilizado em demasia, pagamentos a crédito podem transformar-se em dívidas que podem pôr em causa a sua situação financeira.

Se tem mais do que dois créditos - além do empréstimo da casa - a consolidação pode ser uma solução para conseguir reduzir os seus encargos mensais. Através do crédito consolidado pode juntar todos os seus créditos num só, com melhores condições e uma única prestação mais baixa. Este produto financeiro vai permitir liquidar algumas dívidas e poupar até 60% do valor total das suas mensalidades.

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Pessoa a colocar moedas num porquinho mealheiro com uma calculadora ilustrando a confirmação do valor dos resgates dos PPR sem penalizações

Retirar dinheiro do seu PPR antes do tempo

Um plano de poupança reforma (PPR) é um produto financeiro que visa ajudá-lo a preparar a sua reforma. Seja com contribuições mensais ou depósitos voluntários, a ideia é ter o seu dinheiro de lado e fazê-lo render para que possa usufruir dele quando chegar a altura de se aposentar. Legalmente, este dinheiro pode ser levantado em qualquer altura, inclusive antes da reforma. No entanto, deve estar preparado para as penalizações que daí advêm.

Existem situações que permitem levantar dinheiro de um PPR sem penalizações, como desemprego de longa duração, incapacidade permanente, entre outros. No entanto, caso não preeencha nenhum destes requisitos e decida levantar dinheiro do seu PPR vai sofrer penalizações. Essas penalizações passam pela devolução dos benefícios fiscais que tinha recebido, assim como, uma penalização de 10% por cada ano. Além disso, pode ainda ter algumas penalizações contratuais.

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Comprar acima das suas possibilidades

Outra decisão que pode comprometer a sua estabilidade financeira passa por comprar acima das suas possibilidades. Embora todas as compras sejam importantes, as que podem pesar mais são a habitação e os automóveis.

Quando vai tomar a decisão de comprar casa ou carro, deve ter, sempre, em consideração as suas possibilidades. O facto de ir usufruir de um crédito para o fazer, não significa que deve exceder-se. Por exemplo, se vai comprar carro, deve estabelecer um orçamento máximo e cingir-se a esse valor. O pensamento base devem ser as suas possibilidades e não o carro em si. Um carro mais caro tende a ter uma manutenção mais dispendiosa. As peças, o óleo, pequenos arranjos, tudo pode ser mais dispendioso.

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Colocar-se como fiador de alguém

Esta é uma daquelas decisões que deve ser bem ponderada. Ser fiador de alguém, significa ficar associado ao crédito dessa pessoa, ou seja, caso a pessoa em causa deixe de pagar, essa responsabilidade irá recair sobre si. Para poder ser fiador de outra pessoa é necessário que cumpra certos requisitos. Não é qualquer que pessoa que pode ser escolhida para este efeito.

No entanto, caso cumpra os requisitos e queira ser fiador de alguém deve, também, pensar no seu futuro financeiro. Em primeiro lugar, deve ter extrema atenção à pessoa de quem vai ficar fiador, pois se algo falhar as responsabilidades de pagamento recaiem sobre si. O mais comum é ser-se fiador de um filho ou de algum familiar próximo. No entanto, não se pode ser só fiador de familiares. Não deixe que o lado emocional tome a decisão por si.

Em segundo lugar, é importante que compreenda que ser fiador de alguém pode impedi-lo de pedir um crédito para si no futuro. A partir do momento em que está como fiador, o montante mensal desse crédito vai ser contabilizado na sua taxa de esforço. Assim, caso necessite de crédito, este poderá estar comprometido.

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