Contas bancárias

Como explicar aos jovens os riscos financeiros (e não só) da internet 

A internet trouxe consigo várias ameaças e riscos. Por isso, é determinante sensibilizar os jovens para os cuidados a ter.

Contas bancárias

Como explicar aos jovens os riscos financeiros (e não só) da internet 

A internet trouxe consigo várias ameaças e riscos. Por isso, é determinante sensibilizar os jovens para os cuidados a ter.

É inegável que a internet trouxe inúmeras vantagens às nossas vida . Hoje em dia, é possível realizar as mais variadas tarefas sem sairmos de casa, como por exemplo, operações bancárias ou compras, mas também pesquisar todo o tipo de informação e trabalhar. Importa, contudo, não esquecer o revés da moeda.

Ou seja, o mundo digital abriu também a porta a ameaças, às quais temos de estar atentos. Por isso, é essencial sensibilizar os jovens para os riscos financeiro (e não só) da internet. Neste artigo, reunimos algumas dicas para ajudá-lo nesta "missão".

Antes de mais, é importante ter consciência que para ter sucesso, além de poder monitorizar as atividades dos jovens nas plataformas digitais, deve também falar abertamente e de forma empática com eles sobre este tema.

Operações bancárias

É importante que comece, desde cedo, a sensibilizar os jovens para os cuidados que devem ter quando no futuro tiverem de realizar operações bancárias online. Se possível, permita que estejam presentes quando tiver de efetuar alguma operação online e explique-lhes, claramente, os cuidados que devem adotar, nomeadamente:

  • Criar passwords robustas, com letras maiúsculas, minúsculas, números e caracteres especiais. Não divulgar as passwords a ninguém, nem escreve-las no computador ou telemóvel;
  • Evitar realizar operações bancárias quando estiverem conectados à internet através de redes wi-fi públicas;
  • Desconfiar de e-mails que recebam supostamente de entidades bancárias com pedidos "estranhos", como por exemplo a pedir para confirmar a password. Caso isso aconteça, devem contactar a entidade bancária através dos contactos oficiais para confirmar o pedido;
  • Não clicar em links ou abrir ficheiros de e-mails ou mensagem que lhes pareçam "estranhos". Se a comunicação tiver erros ortográficos, gramaticais, de pontuação ou traduções desajustadas por exemplo, é um sinal de alerta;
  • Não entrar no site do banco através de nenhum link que seja enviado por e-mail ou mensagem. Devem entrar através do navegador na internet;
  • Manter o antivírus do computador atualizado.

Leia ainda: Cibercrimes: O que são? Saiba como prevenir e proteger-se

Compras online

As compras na internet são também alvo frequente de burlas pela internet. Alerte os jovens para a possibilidade de virema ser vítimas de fraude e dê-lhes exemplos de cuidados a ter, nomeadamente:

  • Fazer compras sempre em sites fidedignos. Se não conhecerem a marca, devem pesquisar na internet mais dados, como por exemplo a morada. Se não encontrarem esses dados, devem desconfiar. É igualmente importante procurar as opiniões de outros utilizadores;
  • Optar por pagar por referência bancária ou por cartões virtuais. Por exemplo a aplicação MB WAY permite que se gere cartões virtuais, desta forma, não necessitam de colocar os dados dos cartões reais;
  • Guardar todos os comprovativos da transação;
  • Se comprarem produtos em plataformas de vendas online devem evitar pagar antecipadamente. Se marcarem um encontro presencial com o vendedor, é preferível faze-lo num local público.
  • Verificar as condições de devolução.
foto ilustrativa do cibercrime com uma imagem escura, só com umas mãos num teclado do computador enquanto se visualizam estruturas informáticas no ecran

Redes sociais

As redes sociais tornaram-se fundamentais na vida dos jovens, contudo, devem estar atentos aos riscos a que estão expostos. Além de monitorizar de perto a sua atividade nas redes socias, caso ainda não seja, pondere tornar-se amigo ou seguidor. Ou seja, fazer parte da sua rede de contactos nas redes. Assim, não deixe de sensibilizá-los para alguns cuidados que podem fazer a diferença, como por exemplo:

  • Não devem de forma alguma colocar dados pessoais nas redes sociais (morada, contacto telefónico, entre outros);
  • Devem colocar o perfil como privado. Desta forma, apenas os seguidores ou os amigos conseguem ver as suas publicações;
  • Não aceitarem pedidos de amizade de desconhecidos;
  • Terem bastante atenção com o que publicam, pois "uma vez na internet para sempre na internet". Devem evitar publicar fotografias que identifiquem a sua residência ou informarem quando estão de férias;
  • Não devem facultar dados pessoais ou fotografias a desconhecidos que iniciem conversa através de uma rede social.

Leia ainda: Redes sociais: Consegue identificar os perigos? Tome precauções

Outras formas de monitorizar a atividade dos jovens nas plataformas digitais

Tão importante como aconselhar os jovens a seguir determinados comportamentos, é dar-lhes o exemplo. De nada vale dizer que não devem partilhar determinado tipo de informação nas redes sociais quando, na realidade, o faz. Seja coerente.

Contudo, além do aconselhamento, pode adotar algumas medidas que podem ajudar a diminuir o risco nas plataformas digitais, tais como:

  • Utilizar as funções de controlo parental;
  • Verificar com alguma frequência o histórico dos sites visitados pelos jovens;
  • Limitar o horário de acesso à internet;
  • Ter o computador ou os computadores numa divisão da casa que seja acedida por todos, por exemplo a sala.

Cyberbulling

Qualquer pessoa pode ser vítima de cyberbulling, contudo, os jovens tendem a ser os mais afetados. O cyberbulling consiste em agredir, intimidar, ameaçar, chantagear e perseguir alguém através de uma plataforma digital.

Muitas vezes, por vergonha ou medo de represálias, os jovens têm dificuldade em partilhar com os adultos o que estão a passar. Desta forma, é de extrema importância que esteja atento ao comportamento dos jovens. Os sinais de aleta podem passar, por um aumento da ansiedade, da irritabilidade, mudanças de humor, dificuldades em dormir, perda de apetite e isolamento social.

Caso isto aconteça, deve tentar perceber de imediato junto dos jovens o que pode estar a contribuir para estas alterações de comportamento. Deve apoiá-los e encorajá-los a denunciar a situação junto das autoridades competentes.

Este fenómeno tem consequências psicológicas, nomeadamente, ansiedade, depressão e, em casos extremos, podem levar mesmo ao suicídio. Assim, é aconselhável que encaminhe a vítima de cyberbulling para apoio psicológico.

E se os jovens forem vítimas de burla?

Mesmo com a adoção de todos os cuidados, qualquer pessoa pode ser vítima de uma burla pela internet. No caso dos jovens é necessário que tenham abertura e confiança para contar o que aconteceu e quanto mais cedo isso acontecer melhor. Daí que seja tão importante criar empatia e confiança. Não os faça sentir culpados e ajude-os a resolver a situação.

O primeiro passo é tentar recolher o máximo de provas, se existirem. Caso se trate de uma burla bancária, contacte de imediato o banco. Por fim, devem apresentar queixa junto de um órgão de polícia criminal (GNR, PSP ou Policia Judiciária).

Leia ainda: 7 hábitos para identificar fraudes por e-mail e proteger os seus dados

A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.

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