Finanças pessoais

Investimentos: Diversificação é a palavra-chave

Se pensa em investir, conheça a regra de ouro da diversificação e saiba como pode garanti-la no seu portefólio.

Finanças pessoais

Investimentos: Diversificação é a palavra-chave

Se pensa em investir, conheça a regra de ouro da diversificação e saiba como pode garanti-la no seu portefólio.

A diversificação é uma palavra-chave no que respeita ao investimento, resumindo o velho ditado que aconselha a "não colocar os ovos todos na mesma cesta".

Assim, a diversificação consiste na realização de investimentos em tipos de ativos distintos, assim como setores e geografias, procurando limitar a exposição a um risco específico. A diversificação também permite diminuir a volatilidade (oscilações abruptas do valor do portefólio) e o risco associado a qualquer um dos ativos existentes em carteira.

Procura também a preservação do valor do portefólio, por vezes abdicando de rentabilidades superiores, mas também de desvalorizações superiores face ao nível de risco que consegue acomodar.

Em qualquer caso, antes de tomar uma decisão de investimento, deve garantir que conhece bem o seu perfil de risco, o ativo onde vai investir e, caso aplicável, consultar a documentação de comercialização do produto em questão, de modo a assegurar que vai ao encontro das suas expectativas de retorno potencial comparativamente ao potencial risco de perda de capital.

Perfil do investidor

A diversificação pode ser atingida através da repartição de capital por diversas classes de ativos, setores e geografias, em função do perfil de risco do investidor. Por norma, os intermediários financeiros devem avaliar o perfil de risco do cliente investidor, antes de recomendar qualquer produto de investimento.

O perfil do investidor é influenciado por uma série de fatores:

  • Nível de aversão ao risco;
  • Disponibilidade para uma aplicação de curto, médio e/ou longo prazo e;
  • Nível e oscilação da rendibilidade esperada resultantes das escolhas anteriores.

Neste ponto, é importante que o leitor seja "honesto consigo mesmo", pois o seu perfil vai ditar as caraterísticas gerais do seu portefólio, nomeadamente no que toca à seleção de ativos e respetivas percentagens, influenciando assim o nível de diversificação adequado.

Leia ainda: Qual é o seu perfil de investidor?

Classes de ativos

A diversificação pode ser atingida através da repartição de capital por diversas classes de ativos, com maior ou menor risco, como ações, obrigações, matérias-primas, divisas, entre outros.

Podemos considerar que um investidor conservador apenas investe em produtos com capital garantido, nomeadamente depósitos a prazo, certificados de aforro/Tesouro e seguros de capitalização.

Um investidor de perfil moderado admite perda parcial de capital na expectativa de obter retornos superiores. Para tal, a diversificação assume um papel fundamental, pois é possível conjugar ativos de diferentes classes, com expectativas de retorno distintas.

Um investidor de perfil dinâmico, admite perda total de capital na expectativa de obter retornos superiores face aos portefólios tipo dos restantes perfis de investidores. Como tal, privilegia uma maior parte do seu portefólio em ativos de elevada volatilidade, como ações.

Leia ainda: 12 regras de ouro para investir em bolsa

Setores e geografia

Os tipos de ativos e respetivas percentagens de alocação correspondem à primeira camada da diversificação. No que toca a ações, por exemplo, existem duas camadas adicionais de diversificação que importa considerar: setores e geografia.

No que respeita aos setores, podemos distinguir 10 categorias principais:

  • Tecnologias da informação: desenvolvem, implementam ou constroem bens ou serviços tecnológicos;
  • Saúde: farmacêuticas, desenvolvimento de bens e serviços de saúde;
  • Financeiros: bancos, seguradoras e entidades de crédito;
  • Consumo discricionário: empresas de produção e venda de bens não essenciais (normalmente de "luxo");
  • Serviços de comunicação: empresas de fornecimento de comunicações, internet, entretenimento;
  • Indústria: é um sector muito amplo e inclui transporte, produção, construção, engenharia;
  • Bens de consumo: empresas que fornecem bens essenciais, nomeadamente de alimentação e higiene;
  • Energia: produção e distribuição de produtos combustíveis;
  • Utilidades: fornecimento e distribuição de gás, eletricidade e água;
  • Materiais: produção e fornecimento de matérias-primas;

Por norma, quanto maior o número de setores abrangidos, maior a diversificação.

Existem produtos financeiros que correspondem a cabazes de ações de um determinado setor, bem como produtos compostos por ações de diversos setores, garantindo assim um incremento na diversificação.

O mesmo se aplica à geografia, sendo possível adquirir ações de empresas de um país específico ou de um conjunto de países.

Em resumo, quanto mais diversificada for a carteira, mais protegido estará o investidor, uma vez que o desempenho geral do seu portefólio não estará demasiado dependente de nenhum ativo em particular. As potenciais perdas num ativo poderão ser compensadas pelos ganhos dos restantes, não colocando em causa todo o investimento.

Leia ainda: Começar a investir: Passo-a-passo e os cuidados a ter

A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.

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