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A avaliação bancária da habitação em Portugal continua a fixar novos máximos históricos. Em novembro, o valor a que os bancos avaliam as casas no âmbito de processos de crédito habitação atingiu os 2.060 euros por metro quadrado, o que representa uma subida de 35 euros face a outubro (1,7%).

A Região Autónoma dos Açores apresentou o aumento mais expressivo face ao mês anterior (3,8%), sendo que não foram observadas descidas em nenhuma região, segundo os dados revelados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Em comparação com o mesmo mês do ano passado, a avaliação bancária cresceu 18,4%, o maior aumento homólogo desde julho, mês em que o crescimento foi de 18,7%. Nesta comparação, também não foi observado qualquer recuo, e a subida mais acentuada aconteceu na Península de Setúbal (26,9%).

Apartamentos com aumento de quase 23%

Em novembro, o valor mediano de avaliação bancária dos apartamentos foi 2.389 euros por metro quadrado, o que traduz um crescimento de 22,9% face a novembro do ano passado.

A Península de Setúbal apresentou o crescimento homólogo mais expressivo (29,3%), mas foi na Grande Lisboa que os valores foram mais elevados, atingindo os 3.143 euros por metro quadrado. No topo da lista, segue-se o Algarve (2.772 euros/m2), e no polo oposto o Centro (1.532 euros/m2) e o Alentejo (1.543 euros/m2).

O valor mediano dos apartamentos T1 subiu 47 euros, para 3.123 euros/m2, os T2 aumentaram 40 euros para 2.465 euros/m2 e os T3 37 euros para 2.047 euros/m2. No seu conjunto, estas tipologias representaram 92,7% das avaliações de apartamentos realizadas no período em análise.

Em relação ao mês anterior, o valor de avaliação subiu 1,9% em novembro, tendo a Região Autónoma dos Açores registado o maior aumento (3,1%) e o Alentejo a descida mais acentuada (-0,3%).

Oeste e Vale do Tejo com crescimento mais elevado no valor das moradias

Os dados do INE mostram que o valor mediano da avaliação bancária das moradias cresceu 13,6%, em novembro, face ao mesmo período do ano passado, para 1.500 euros.

À semelhança do que acontece com os apartamentos, também com as moradias os valores mais elevados observam-se na Grande Lisboa (2.750 euros/m2) e no Algarve (2 563 euros/m2), e os valores mais baixos no Centro e Alentejo (1.109 euros/m2 e 1.183 euros/m2, respetivamente). Já a subida homóloga mais expressiva ocorreu no Oeste e Vale do Tejo (21,2%).

Comparativamente com o mês anterior, o valor de avaliação subiu 1,9%, tendo-se destacado o Alentejo como a região com o crescimento mais elevado (3,2%).

O valor mediano das moradias T2 aumentou 33 euros, para 1.495 euros/m2, o das T3 subiu 22 euros para 1.464 euros/m2 e o das T4 cresceu 17 euros, para 1.577 euros/m2. No seu conjunto, estas tipologias representaram 88,1% das avaliações de moradias realizadas no período em análise.

“De acordo com o Índice do valor mediano de avaliação bancária, em novembro de 2025, a Grande Lisboa, o Algarve e a Península de Setúbal apresentaram valores de avaliação superiores à mediana do país em 50,0%, 31,6%, 21,0%, respetivamente. Alto Tâmega e Barroso, Alto Alentejo e Terras de Trás-os-Montes foram as regiões que apresentaram valores mais baixos em relação à mediana do país (-52,2%, -52,0% e -50,6%, respetivamente)”, acrescenta o INE.

A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.

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