Crédito

Crédito ao Consumo

Obter um crédito ao consumo para um bem/serviço é um mau negócio, mas há uns piores que outros. Conheça alguns cuidados a ter antes de fazer um crédito.

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Crédito ao Consumo

Obter um crédito ao consumo para um bem/serviço é um mau negócio, mas há uns piores que outros. Conheça alguns cuidados a ter antes de fazer um crédito.

Existem alturas da nossa vida em que, por um ou outro motivo, queremos algo para o qual não temos liquidez (leia-se dinheiro) suficiente, pelo que obtemos um crédito. Regra geral obter crédito para consumir um bem/serviço é um mau negócio, mas há uns piores que outros.

Pedro Pais é o fundador do financaspessoais.pt e do forumfinancas.pt. O Pedro é um dos maiores promotores de literacia financeira em Portugal contribuindo com centenas de artigos, ferramentas e simuladores que ajudam as pessoas a poupar, a investir ou a decifrar os mistérios da fiscalidade.

Bem-vindo ao Mundo do crédito ao consumo: Cofidis, Mediatis, Credibom e afins. O milagre do dinheiro e a desgraça de muitos.

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Que lhe parece pagar €1400 de juros para um crédito de €5000, isto em dois anos? Ou então pagar €3700 de juros para o mesmo crédito em 58 meses? Ou seja, pagar uma taxa de juro anual efectiva que ronda os 30% (relembro que um bom depósito a prazo tem uma taxa líquida perto dos 3%)!

Se não fui suficientemente claro, a mensagem é:

A não ser que a sua vida dependa disso, não se meta num crédito deste género.

Os créditos ao consumo rápidos, oferecidos por empresas como as acima mencionadas, são um grave incentivo ao espírito consumista e despesista. Infelizmente a única mensagem que é efectivamente passada é o baixo valor da prestação mensal, mas um simples cálculo (como acima exemplificado), demonstra que os juros assumem uma proporção gigantesca do valor do crédito e facilmente podem danificar um orçamento familiar.

É importante que as pessoas entendam que os créditos existem como estímulo da economia mas, essencialmente, como uma enorme fonte de receitas das sociedades financeiras.

Já viu a quantidade de publicidade que é feita a estes produtos, na TV, Rádios, Jornais e Revistas e mesmo na Internet? Se calhar é porque realmente o lucro gerado é muito significativo - e caso não tenha atenção, esse lucro pode ser obtido à sua custa.

Tudo bem, mas eu preciso MESMO do dinheiro.

Precisa mesmo? Pense bem, talvez não precise mesmo... Ir de férias, comprar um vestido novo ou a última televisão talvez não seja precisar MESMO do dinheiro.

Mas se já pensou bem (pense de novo), analise calmamente outras opções, potencialmente bem mais vantajosas. Por exemplo:

  • Crédito pessoal através do seu Banco - Pode dar-lhe mais trabalho, mas certamente será mais barato
  • Crédito nas próprias lojas/entidades - Podem ter acordos que lhe sejam mais favoráveis ou mesmo taxas de juro próximas de 0%

E se numa dessas outras opções lhe recusarem o crédito? Talvez lhe estejam a fazer um favor. Se uma sociedade especialista em finanças pensa que não terá capacidade para suportar esse encargo adicional, não acha que é capaz de ter razão?

Principal critério de escolha

Se já se decidiu em obter um crédito, lembre-se sempre que o seu factor fulcral de escolha deve ser Taxa Anual Efectiva (TAE ou TAEG) e, acredite, uma TAE perto dos 30% é um péssimo negócio.

A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.

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  • #crédito ao consumo,
  • #crédito pessoal
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17 comentários em “Crédito ao Consumo
  1. Olá Pedro
    Em Fevereiro de 2008 enviei-lhe um mail a dar conta de uma situação financeira de uma amiga minha onde lhe pedi alguns conselhos e lhe disse tb que já lhe tinha emprestado dinheiro e não sabia quando ou mesmo se o chegaria a ver. O Pedro respondeu-me e bem, que quando se empresta dinheiro a amigos às vezes se perdem os dois. Concordo, só que desta vez, o bendito
    dinheiro chegou ao fim de quase dois anos, MAS CHEGOU, com grande alívio meu pois não era assim tão pouco. Boa tarde e obrigada

  2. @Adélia,

    Quanto ao pagamento que tem de fazer à instituição de crédito penso que não haja nada a fazer, tem de o assumir como se tivesse pago a pronto (ou seja, o dinheiro já tinha “ido”).

    Contudo, uma vez que a escola entrou em falência antes de lhe fornecer o curso, é possível que possa tornar-se credora da mesma. Infelizmente o processo não deve ser nada simples. Se for um valor pouco significativo o melhor é falar com a DECO ou Instituto do Consumidor, se for um valor mais elevado talvez valha a pena falar directamente com um advogado.

  3. Boa tarde. Tenho um grave problema para resolver, talvez possa ajudar-me. Contratei com uma escola um curso de informática que fiquei a pagar em 18 prestações através de uma instituição de crédito. Sucede que a escola faliu e não deu o curso até ao final, pelo que estou a pagar por um curso que não frequentei até ao fim. Poderei fazer alguma coisa?

    Obrigado e parabéns pelo blog, tem informações muito úteis!

  4. Lurdes, será que a sua amiga não tem mesmo forma de poupar dinheiro? Existem muitos custos que são supérfluos e que podem ser eliminados. Pode custar um pouco, mas tem de ser.

    Alguns exemplos:
    – Almoços fora
    – Cafés
    – Cinema

    Para terminar, costuma dizer-se que não se deve emprestar aos amigos, arrisca-mo-nos a perder ambos.

  5. Acho formidável o artigo só que há pessoas a quem o seu banco nega tudo e mais alguma coisa e a necessidade é premente. Estou a falar de uma amiga minha que tem montes de “bocadinhos” a pagar todos os meses e precisa de mais. Já lhe emprestei bastante e ainda não vi nada nam sei quando vou ver e é por ela que estou aqui. Não sei como a hei-de ajudar a não ser por estes “gulosos”. O que me aconselha?
    Agradecida

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